Desde que nasci já sabia qual seria meu destino. Acho que era assim para quem nasce na realeza. Sou Lorenzo Alexander Thompson III, príncipe de Thompson e consequentemente futuro rei, mas isso só acontecerá depois que achar minha esposa e futura rai...
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Hoje fazia dois dias que estávamos na província de Etherside, que ficava mais a oeste de Thompson. Aqui os ataques haviam sido mais cruéis e nós recebemos uma ligação avisando de que os reis de outras províncias se reuniriam para que discutissem alguns métodos de segurança mais eficazes. Então completamente em cima da hora, eu e meu pai fizemos as malas e Marcos nos trouxe.
Há dois dias minha cabeça estava doendo e a única coisa que conseguia pensar era em minha cama. A imagem dela era extremamente convidativa.
Suspirei baixo piscando algumas vezes e me concentrei novamente na conversa. Nós estávamos na mesa de reuniões do escritório de rei Tróyan. Meu pai e os outros trabalhavam duro, pensando em novas técnicas de segurança.
— Todos os meus guardas estão a postos, não tenho mais quem recrutar, os recursos estão acabados. — Um dos reis confessou suspirando alto.
— Por enquanto é o que faremos. Redobrem a segurança das províncias, façam turnos mais longos e revezem entre os guardas. — Meu pai pediu e todos assentiram concordando — Nós pensaremos em algo mais concreto. Quem sabe iniciemos uma busca. Esperar pelo próximo ataque é muito arriscado.
— Você diz procurar os causadores? — Rei Tróyan perguntou.
— Porque não? Se nós os acharmos já prevenimos mais um ataque, ou dois, quem sabe quantos. — Respondeu e todos nós ficamos em silêncio, pensativos.
Mais tarde nos despedimos de todos e enfim voltamos a nossa província. Como dizem: Nada melhor do que a nossa casa. Meu pai estava quieto, com certeza trabalhando várias ideias em sua cabeça para solucionar esses ataques.
Quando nós chegamos a Thompson já era quase hora do almoço. Me despedi de Marcos e meu pai, subindo ao quarto. Coloquei a banheira para encher enquanto tirava a roupa. Quando já estava cheia coloquei alguns sais e entrei, relaxando.
Fechei os olhos e esvaziei a mente, ou pelo menos tentei, já que isso era um pouco impossível, ainda mais hoje que era o dia da primeira eliminação. Tinha uma ideia de quem iria para casa, na verdade, havia duas opções, mas até o momento final teria a decisão tomada.
Terminei o banho e sai do banheiro, indo até o closet. Vesti uma calça de moletom e camisa simples. Quando terminava de secar o cabelo ouvi uma batida na porta.
— Sim. — Olhei para a criada parada ao lado de fora, com uma bandeja nas mãos.
— Seu almoço alteza. — Avisou com certa timidez.
— Pode deixar na mesa da varanda. — Pedi e ela assentiu concordando, entrando no quarto.
Rapidamente arrumou tudo e voltou, se despedindo. Fechei a porta e segui até a varanda. Sentei e salivei as ver a comida. Esses dias fora da província me fez sentir falta até das refeições.
Depois de satisfeito fiquei mais alguns minutos ali, apreciando o calor do sol que batia contra meu rosto e aquecia o corpo. Quando já estava suficientemente quente, levantei e voltei ao quarto indo me deitar. Olhei para o teto, pensativo. Eram tantas coisas em minha cabeça que a sentia meio pesada. Os ataques, burocracias da província, as garotas, a eliminação, tudo isso estava pesando.