Capítulo 8

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Sentia o perfume suave de lavanda que vinha de Mabel

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Sentia o perfume suave de lavanda que vinha de Mabel. Ela estava em meus braços e nós dançávamos nos embalando ao som da música calma que tocava. Já havia dançado com várias das garotas, mas agora estava com ela. Finalmente.

Suspirei a puxando para mais perto, fazendo com que Mabel apoiasse o queixo em meu ombro. Aproveitei para discretamente roçar o nariz em seu pescoço, inspirando mais de seu cheiro gostoso e vendo sua pele se arrepiar.

— Já disse que você está maravilhosa? — Sussurrei.

— Acho que não com essas palavras. — Comentou me fazendo sorrir.

— Então me desculpe. — Me distanciei um pouco para encarar seus olhos — Você está maravilhosa Mabel. — Elogiei com certa intensidade na voz.

Era a mais pura verdade, Mabel estava maravilhosa. Ela era linda sempre, mas hoje estava excepcionalmente de tirar o fôlego.

— Você também está... Lindo. — Voltou a apoiar o queixo em meu ombro.

Continuamos nos movendo em silêncio. Apenas o som das nossas respirações e corações batendo em sincronia.

— Então, já escolheu? — Perguntou baixo.

— Acho que sim. — Confessei suspirando, entendendo que ela se referia as duas eliminadas.

— Hm. — Murmurou.

— Não pense sobre isso, você sabe que não corre risco nenhum. — A tranquilizei.

Mabel era minha última opção de eliminação, isso estava mais do que claro.

— Você me deixa confusa quando fala assim. – Confessou.

— Confusa por quê? — Questionei a olhando.

— É que... — Começou a falar, mas parou abruptamente.

Segui seu olhar e franzi a testa. Parei de nos embalar ao ver dois guardas falando com meus pais. Isso não seria estranho, não se não tivesse percebido o olhar assustado de minha mãe.

— Aconteceu algo. — Mabel comentou assim que os guardas saíram novamente a passos rápidos.

Logo após isso, discretamente cortinas grossas desceram tampando as enormes janelas do salão, impossibilitando assim a visão do jardim e qualquer coisa do lado de fora. Em seguida as enormes portas do salão foram fechadas prendendo todos ali dentro. Sabia que eram procedimentos de segurança, mas contra o que?

— Vou ver o que é. — Avisei beijando sua testa e indo em direção aos meus pais.

Caminhei com passos rápidos até eles. Meu pai se levantava e suspirou assim que me viu, já minha mãe torcia as mãos nervosamente no colo.

— O que está havendo? — Perguntei.

— Estamos sendo atacados. — Sussurrou olhando discretamente em volta, mas ninguém nos ouvia.

Príncipe : Um destino - Uma escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora