ABRUPTO DESPENHADEIRO

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À luz do luar, diante desta encosta soberana percebi que estou cansado!

Estafado de procurar...

Aprendi, nas amargas lições da vida, que não se pode desistir!

Deve-se olhar no espelho, enxergar na visão alucinada a esperança,

Deve-se amar o gozo de viver...

Diante da nebulosidade que ameaça minha felicidade,

Sacudo a paz interior em busca de uma donzela radiante!

Nesta solidão em que vivo, preencho o vazio que há em mim com miragens,

Arranco as vísceras do meu coração com a saudade que não me abandona!

Nos últimos dias, aprendi que terei de encontrá-la para ser feliz!

Lembro-me ainda hoje da exuberante imagem que avistei naquela rua,

Era algo estonteante que agredia meus olhos,

Uma luz divina que brilhava na negridão do entardecer...

Diante de um deslumbramento, me encantava com seu andar,

Perdia as emoções com seu sorriso estático,

O clarão da sua luz destampava a escuridão com maestria...

Depois daquele dia, o negrume da vida não me trouxe mais vertigens,

Não tive mais medo de caminhar rumo a felicidade...

Hoje, estou aprendendo a encontrar.... Estou em busca de um amor!

Não vejo um palmo a minha frente - somente um vasto buraco,

Mas hei de encontrar o firmamento...

Sei que quando seu cheiro sentir,

Um anjo irá me salvar do abrupto despenhadeiro!

Hoje, acredito que os gigantes hão de desaparecer,

A solidez, que tanto busco, há de ser encontrada...

Por fim, hoje vou a procura de audácia,

De sentimento que traga paz, alento para minha voracidade!

Vou a procura de pessoas fiéis, templos e altares verdadeiros,

Algo que perpetue minha tranquilidade...

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*O texto retrata um sentimento ímpar de necessidade, a dificuldade de encontrar alguém que suporte minha dor, minha solidão e meus anseios. Creio que ainda não encontrei esta pessoa, mas me resta pouco tempo...    

REVELAÇÕES: NADA SERÁ COMO ANTES...Onde histórias criam vida. Descubra agora