10. parceiros

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Onika.

Avistei Jamal de longe parado perto da minha porta, e senti meu estômago embrulhar.
Tirando o dia em que nos esbarramos no ponto de ônibus, eu não o via a mais de dois anos quando terminamos e eu voltei a morar com meus pais.

Se bem que nós nem chegamos a morar juntos, eu só passava mais tempo na casa dele do que na minha.
E se fosse olhar por esse lado, então eu ja estaria morando com o Diego também.

Respirei fundo e subi os degraus parando na frente dele.
Ele ergueu o olhar pra mim e tirou o capuz sorrindo.

— oi.- ele se levanta para me dar um beijo no rosto.

Senti minha bochecha formigar.

— oi.

— quer sentar ou dar uma volta?

— aqui esta bom..- me sento ao lado dele.

Ele sentou novamente e limpou a garganta antes de falar.

— bom...eu queria te ver porque...- ele coça a cabeça sem saber como continuar.

Soltei um suspiro pesado e comecei a me arrepender de estar ali

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Soltei um suspiro pesado e comecei a me arrepender de estar ali.

— eu...- Jamal se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

Ele estava nervoso, e claramente parecia querer me dizer alguma coisa.
Tive que interrompe-lo e acabar logo com aquilo.

— desculpa Jamal..mas eu preciso ser direta e sincera com você. Eu não quero voltar.- me ponho de pé também.

Ele parou e me olhou surpreso, piscou de boca aberta e então respondeu.

— não é isso Nick..é que...- ele hesita.

Cruzei os braços e o encarei séria.

— porque disse que veio para a minha apresentação então?

Ele baixou o olhar e suspirou.

— eu só queria me despedir..

— despedir? Porque?- ergo uma sobrancelha.

Ele parecia inquieto, me olhou por um segundo e desviou o olhar.

— eu ....eu vou me casar.

Agora foi minha vez de piscar boquiaberta.

— você...nossa! Eu nem imaginava..- balbuciei.

— eu vou pra Orlando morar com a família dela, mas queria te ver antes..me despedir.

— tudo bem, mas porque insistiu para que fosse tão rápido? Você vai amanhã?

— não, falta uns dias ainda..

— então porque quis me ver?- indaguei.

Ele desviou o olhar de mim e jogou a cabeça pra trás suspirando alto.

Um pai para CarolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora