2. surpresa

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Eu ainda encarava Onika de boca aberta e sem reação, a pequena garotinha agora tinha nome e idade, mas eu não fazia ideia de como ela poderia ser ligada a mim.

— como assim diz que ela é minha filha?- indaguei.

Nick releu o papel mais uma vez e confirmou.

— sim, aqui diz que ela nasceu dia 15 de maio de 2015, e fala na carta que você é o pai da Carolina.- ela me devolve o papel.

Olho as letras confuso e esfrego as mãos no rosto bufando.

— não, isso não esta certo..não pode ser possível...- começo a andar de um lado para o outro.

— bom, eu tenho uma aula no Bronks agora, não posso demorar.

— espera, você vai me deixar aqui sozinho com ela? Eu tenho que trabalhar Nick!- entro em desespero.

— eu não posso fazer nada Diego, também trabalho sabia? E além do mais a filha é sua, ninguém mandou fazer...agora cuida!- ela me da as costas e eu corro atrás dela desesperado.

A segui ate o elevador implorando mais uma chance.

— Nick pelo amor de Deus, eu não posso ficar com essa menina.. Tenho meu projeto pra terminar e ja estou atrasado.

— e eu tenho meus alunos esperando no Bronks!- ela retruca.

— por favor.. Só hoje! Fica com ela, e a  tarde eu vejo oque posso fazer pra achar a mãe dela.- pedi.

Ela jogou a cabeça pra trás e bufou.

— ta, mas que droga! Traga ela aqui.. Eu ja estou de saída.

Voltei correndo para o apartamento e o encontrei vazio, de repente uma onda elétrica percorre todo o meu corpo me deixando em choque.
Olhei para todos os lados, e não a encontrei.

— ah ótimo, ja perdi a garota!- exclamei.

Nick apareceu na porta outra vez e falou.

— vai trazer ela ou não?

— se eu conseguisse achar a pestinha.

Nós ouvimos um barulho de algo caindo na água, e eu corro escada a cima desesperado.

— a banheira!- berrei.

Nick me seguiu e nós fomos direto para o banheiro, lá demos de cara com a danadinha ao lado da banheira com cara de arteira.
Eu olho para a banheira e vejo meu notebook afundando na espuma da água.
Bati a mão na cabeça e Onika começou a rir.

— definitivamente essa garota é sua filha... ela só faz merda.- riu alto.

— me ajuda caramba! Eu não posso deixar meu notebook aqui!

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— me ajuda caramba! Eu não posso deixar meu notebook aqui!

Tirei o aparelho de dentro da água e ela sorriu batendo palmas.

Um pai para CarolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora