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Eu ainda encarava Onika de boca aberta e sem reação, a pequena garotinha agora tinha nome e idade, mas eu não fazia ideia de como ela poderia ser ligada a mim.
— como assim diz que ela é minha filha?- indaguei.
Nick releu o papel mais uma vez e confirmou.
— sim, aqui diz que ela nasceu dia 15 de maio de 2015, e fala na carta que você é o pai da Carolina.- ela me devolve o papel.
Olho as letras confuso e esfrego as mãos no rosto bufando.
— não, isso não esta certo..não pode ser possível...- começo a andar de um lado para o outro.
— bom, eu tenho uma aula no Bronks agora, não posso demorar.
— espera, você vai me deixar aqui sozinho com ela? Eu tenho que trabalhar Nick!- entro em desespero.
— eu não posso fazer nada Diego, também trabalho sabia? E além do mais a filha é sua, ninguém mandou fazer...agora cuida!- ela me da as costas e eu corro atrás dela desesperado.
A segui ate o elevador implorando mais uma chance.
— Nick pelo amor de Deus, eu não posso ficar com essa menina.. Tenho meu projeto pra terminar e ja estou atrasado.
— e eu tenho meus alunos esperando no Bronks!- ela retruca.
— por favor.. Só hoje! Fica com ela, e a tarde eu vejo oque posso fazer pra achar a mãe dela.- pedi.
Ela jogou a cabeça pra trás e bufou.
— ta, mas que droga! Traga ela aqui.. Eu ja estou de saída.
Voltei correndo para o apartamento e o encontrei vazio, de repente uma onda elétrica percorre todo o meu corpo me deixando em choque.
Olhei para todos os lados, e não a encontrei.— ah ótimo, ja perdi a garota!- exclamei.
Nick apareceu na porta outra vez e falou.
— vai trazer ela ou não?
— se eu conseguisse achar a pestinha.
Nós ouvimos um barulho de algo caindo na água, e eu corro escada a cima desesperado.
— a banheira!- berrei.
Nick me seguiu e nós fomos direto para o banheiro, lá demos de cara com a danadinha ao lado da banheira com cara de arteira.
Eu olho para a banheira e vejo meu notebook afundando na espuma da água.
Bati a mão na cabeça e Onika começou a rir.— definitivamente essa garota é sua filha... ela só faz merda.- riu alto.
— me ajuda caramba! Eu não posso deixar meu notebook aqui!
Tirei o aparelho de dentro da água e ela sorriu batendo palmas.
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Um pai para Carolina
General FictionUma festa de despedida, uma noite de amor embriagado e uma responsabilidade que ele terá que levar para o resto da vida. Diego não fazia ideia do que estaria por vir ao tomar a atitude errada num momento decisivo. Oque ele não imaginava é que o frut...