❋ 7ºCapítulo❋

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Música opcional:

Torn-Natalie imbruglia (ou a versão dos One Direction)

(…)

Acabei de chegar a casa e as minhas lágrimas tinham secado. Não esperava encontrar alguém em casa, por isso nem procurei por alguém.

  Não gosto do Harry nem nada que se pareça, mas sem duvida que não fiquei indiferente ao Harry que estava comigo ontem. Ele foi o rapaz que conseguiu a maior proximidade física de mim que eu alguma vez permiti, após o que eu passei.

  Custou ouvir aquilo, mas neste momento quero é ver o meu irmão. Decidi ir ao hospital, mesmo sabendo do aviso que Harry me fez ontem.

Saí de casa outra vez e apanhei um táxi. O caminho até ao hospital durou cerca de 15 minutos, mas finalmente ia vê-lo. Entrei e segui logo para a rececionista.

-Desculpe, eu queria informações sobre o número do quarto de um paciente que deu entrada ontem aqui.

-E como se chama o paciente? – perguntou amavelmente.

-Ashton Jones, senhora. Sou irmã dele.

  Após ter procurado nos registos respondeu que ele se encontrava no quarto 323. Odiava hospitais, o ambiente aqui era péssimo, por isso tentei chegar rápido ao meu destino.

-323, aqui está- Sussurrei para mim própria.

  Encontrei Ash ligado a fios, deitado numa cama, com os olhos fechados. Estaria ele consciente? Um corrido de lágrimas voltou a escorrer-me pela cara, custava tanto vê-lo assim.

- Oh meu deus Ash, o que foste tu fazer?- falei, mesmo sabendo que não obteria resposta.

  Agarrei a sua mão e deitei a minha cabeça em cima da mesma. Saber que ele sempre me protegeu, e quando ele precisou de mim eu não pude fazer nada. Sinto me horrível.

(…)

Uma semana tinha passado desde que fui ao hospital ver o Ash. Desde então soube que ele já tinha acordado e que em breve estaria de volta a casa. Tal como Harry prometeu, apesar de ainda não saber o que Ash teve.

  Também não voltei a falar com o Harry desde a nossa discussão. Evitei-o ao máximo na escola, e deu resultado pois não me deparei com ele muitas vezes.

  Estava agora a entrar para a sala com Hannah e com Dave (que agora não se largam). Íamos ter Biologia, graças a deus. Senti alguém agarrar-me no braço o que fez com que eu me afastasse da porta. Encontrava-me agora encostada a uma parede no meio do corredor vazio.

Não podia acreditar.

-Que tu queres agora? Não tens um cigarro para fumar ou umas gajas para te divertires? A mamalhuda da Bianca não te ocupa o tempo todo?- Ataquei mal vi aquela figura de olhos verdes.

-Tem cuidado como falas, já te avisei. E eu e a Bianca não passamos o tempo a fuder, só para tua informação.- atirou num tom ameaçador. A sua escolha de palavras arrepiou-me.

-Não tenho medo de ti, és nojento, preferia que não existisses- respondi quase num grito. Disse quase tudo o que queria e o que não queria.

  As suas mãos batem com os punhos fechados contra a parede, ficando com elas em ambos os lados da minha cabeça. Eu menti ao dizer que não tinha medo dele.

-Eu avisei-te para não veres o teu irmão porra! – Podia ver a raiva no seu olhar e o sangue que as mãos dele libertavam após o brusco embate na parede.

  Ele estava magoado e no fundo eu sabia que ele merecia ainda pior. Reparei também nas pequenas cicatrizes do seus braços e mãos. Claro que ele já havia lutado muitas vezes, era evidente, mas arrepiava-me toda só de pensar que ele se aleijou, ou pior, em como teriam ficado os que teriam lutado contra ele.

  Coloquei a minha mão sobre o seu punho direito ainda fechado contra a parede, pois era o que estava em pior estado. Com a minha mão quebrei o contacto da dele com a parede, e ele não ripostou nem exerceu qualquer tipo de força.

- Devias tratar disso Harry. Já basta o que os outros nos magoam, não precisamos de nos magoar a nós próprios- Falei calmamente, quase inaudível, mas foi o suficiente para ele perceber.

Ele olhava-me confuso, e a sua raiva já tinha dissipado quase toda.

-Cuida de ti Scar, não dos outros. Mais tarde ou mais cedo todos os que tu confias te vão magoar, não deposites demasiada confiança em ninguém- Ripostou, sendo calmo.

  Retirou a sua mão da minha calmamente e foi-se embora, deixando-me ainda encostada à parede, com sangue dele na minha mão.

   Ele é má pessoa, mas o que ele me disse agora fez-me apenas pensar que ele estaria sozinho, mesmo tendo “amigos”, e que talvez, mas só talvez ele tivesse sofrido para se tornar no que é agora.

Mas este sem duvida que é o meu lado agradável a falar, ele não deixará de ser um monstro.

  Eu também sofri muito, mas não serei como ele. Nunca.

Boa Dia *-* Ontem não foi possivel publicar porque estava haver uma falha qualquer aqui no wattpad, mas bem aqui esta.

Continuem a ler porque em breve vai haver um mega capitulo, com surpresas. Não percam nada, porque segredos começam aparecer e a ser desvendados 

Beijinhoo <3 Obrigada

Breathe Me 1ªTemporada | H.sOnde histórias criam vida. Descubra agora