❋ 35º Capítulo ❋

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P.O.V Harry

-Harry querido vai fazer as malas que já esta a ficar tarde para vocês – A voz pouco audível e velha da minha avó soou desde a cozinha até á sala onde eu me encontrava. Hoje é o quinto dia em que eu estou em Holmes Chapel e amanhã bem cedo saímos de volta para Londres.

Foi bom voltar a ver a minha família, mas era uma merda não estar com a Scarlett estes dias todos. Se ela ao menos pudesse ouvir os meus pensamentos iria sorrir por saber que afinal não é tão idiota ela ficar cheia de saudades dos nossos toques, das nossas bocas e dos nossos sabores, pois saberia que eu inesperadamente sinto o mesmo que ela. Agradeço aos deuses por saber que ninguém consegue ouvir os meus pensamentos, toda a minha credibilidade ficava a ser duvidosa e o respeito que obrigo os outros a ter por mim igualmente.

Quero voltar o mais rápido para Londres, já não conseguia passar mais a merda de um dia aqui neste lugar.

Desde o primeiro dia em que saí de Londres que pareço o caralho de uma gaja. Nunca na vida tinha ficado em casa em vez de ir a uma discoteca, e quando finalmente ganhava juízo e ia para uma discoteca era como se já não fizesse sentido lá estar. As gajas atiravam-se a mim e mandavam-me olhares, há um mês atrás era apenas de uma simples troca de olhares que eu precisava para a meter na minha cama e a foder com toda a força e vontade que eu tivesse, mas ultimamente a única coisa que tenho feito é ignorado. Já não era a perversidade exagerada que me fazia ficar duro, já não eram os toques provocadores. A insegurança, inocência e a simplicidade são as únicas coisas que me tem posto duro desde umas semanas atrás, e sei que por mais que tente já não há volta a dar. Tudo correu como eu não queria que corresse e isso está a matar-me e a destruir-me no bom e no mau sentido.

Não sei como é que ela ainda não fugiu de mim. Todas as que se aproximavam era por eu dar aquele ar de Bad Boy e o que elas queriam era ser fodidas, mas a Scar quer ser amada e quer que tudo seja como é suposto ser, e eu não entendo como é que ela querendo o que eu não lhe posso dar ainda não fugiu de mim. Ela faz me sentir um cabrão por todas as merdas que eu faço.

Mesmo depois de eu ter lido a carta que ela mandou e ter sido o caralho de um cobarde e nem sequer lhe ter ligado depois do que ela disse, mesmo depois de sofrer por causa da incerteza ela continua a desculpar-me, e ela é uma otária por isso. Por me continuar a desculpar, mesmo que eu saiba agora que não sabia o que fazer se ela não me perdoasse.

A carta, ela finalmente contou-me tudo o que eu precisava de saber para me sentir outra vez no controlo de tudo e nunca pensei que ela ao revelar o seu segredo me fizesse sentir como se fosse um muro prestes a desabar ao menor abanão. O que eu pensava que me ia voltar a trazer o controlo sobre tudo apenas me fez sentir que nunca na vida tive tudo tão descontrolado.

Fashback  on#

Eram duas da manhã quando a minha irmã Gemma bate á porta do quarto onde eu costumo dormir quando venho a Holmes Chapel para a casa dos meus avós. Juro que se ela não tiver um bom motivo para interromper o meu banho vou me passar.

-O que queres Gemma?

-Chegou uma carta para ti, de Londres – Mal ela disse Londres eu sai do chuveiro e enrolei uma toalha em volta da minha cintura saindo da casa de banho.

-Passa para cá – Tirei lhe a carta das mãos e vi o selo da carta, sim era de Londres, mas quem é que me ia mandar uma carta?

-Sim? –Perguntei quando senti a Gemma ainda á minha beira a olhar para mim.

-De quem é?

-Põe-te a andar –Disse de uma forma a que não parecesse rude e ela acabou por sair.

Breathe Me 1ªTemporada | H.sOnde histórias criam vida. Descubra agora