Alfonso
Foram os melhores 6 meses na minha vida, ela esteve ao meu lado e eu ao dela em cada minuto que era permitido, estava tão linda como nunca vi desde que a conheci, sua pele brilhava, seus cabelos estavam mais sedosos, ela sempre estava de bom humor mesmo quando estava reclamando de dor nas costas e do inchaço nas pernas.
Ela sempre tinha um sorriso iluminado o que me fazia muito feliz também. A primeira vez que a vi fazer algo que não ser alegre durante os últimos 6 meses desde que me deu a notícia maravilhosa de que eu seria pai foi quando no 8 mês de gestação enquanto dormíamos eu acordei com ela gritando meu nome, meus dois anjinhos iriam chegar ao mundo, Dante e Lorenzo, me levantei ajudando com calma a ir até o banheiro tomar banho, liguei para nossa família que nos encontraria na maternidade.
—Amor doi muito— ela reclamou enquanto voltávamos ao quarto devagar.
—Calma, já vai passar, qual o intervalo?
—8 minutos.
— parei Vão nos encontrar no hospital, deixa eu terminar de me vestir— beijei a testa dela e a deixei sentada enquanto trocava o samba-canção por uma calça e colocava a primeira blusa que achei, calcei um par de sapatos, e peguei as bolsas dos bebês e a dela que estavam no quarto já pronto deles.
Enquanto tirava o carro da garagem eu pensei nela e em tudo que planejamos nesse tempo, voltei e a ajudei colocando ela sentada no banco do passageiro, corri e dei a volta me colocando no banco do motorista, enquanto dirigia eu me perguntava com quem eles pareceria, teriam os olhos azuis ou verdes? Os cabelos eram pretos ou castanhos? Teriam a personalidade doce e meiga dela? Ou seriam sério e concentrados como eu? Não faço a mínima ideia de como será, mas quanto mais eu imagino mais feliz eu fico. Chegamos no hospital onde Any trabalhava e Meg estava à nossa espera, Any ligou para ela no caminho até lá.
—Olá mamãe, como estamos em tempo?— Meg perguntou a Any.
—No caminho estava em um intervalo de 4 minutos, mas agora já estamos em um minuto.
—Certo, Anahí deixa eu ver essa dilatação— se posicionou entre as pernas da minha noiva verificando— vamos lá papais chegou a hora.
—Aleluia— disse eu agradecendo por não aguentar ver a situação de Ang.
O parto foi rápido e bem tranquilo apesar de serem gêmeos, os dois nasceram lindos e saudáveis, Dante tinha 2,5 kg e Lorenzo 2,7 kg ambos eram branquinhos com uma boa quantidade de cabelos pretos, ainda não se podia ver os olhos mas não deixavam de serem lindos, eu filmei o parto mesmo com protestos de Anahí e chorei emocionado quando peguei os meus filhos no colo sendo filmado agora pelo enfermeiro, entreguei eles a Anahí que chorou comigo aqueles eram os maiores presentes de nossas vidas.
—Oi bebês da mamãe— ela beijou a cabecinha de cada um sorrindo entre lágrimas— eu e o Papai esperamos muito por vocês e estamos muito feliz que agora estão aqui, prometemos que vamos cuidar de vocês e amá-los incondicionalmente acima de tudo, não sabemos como vai ser, mas juro que vamos dar o nosso melhor para que um dia vocês tenham muito orgulho do papai e da mamãe.
A enfermeira tirou uma foto nossa, a primeira da nossa família completa. Any chorou quando eles foram levados para serem examinados e tomarem banho, para irem para o berçário. Eu saí e fiquei surpreso ao ver que todos os nossos amigos e nossos pais já estavam ali, os pais da minha noiva já estavam a caminho antes por que nos fariam uma surpresa mas eles quem foram surpreendidos pelos netos que chegaram.
Narração
Horas mais tarde….
Anahí acordou um pouco grogue, tinha a sensação de estar acabada, mas a primeira coisa que lhe veio à cabeça foram os rostinhos de Dan e Enzo, os cabelos e boca do pai o nariz e queixo seus. Não conseguia imaginar nada mais perfeito que uma mistura de Alfonso e sua. Falando em seu noivo ela se deu conta de que uma mão segurava a sua, Alfonso dormia todo torto na poltrona de acompanhante segurando sua mão firme, ela sorriu de canto com a imagem dele desalinhado.
—Alfonso— chamou tocando o rosto dele— amor acorda— balançou de leve o ombro dele se curvando, mas voltando rapidamente ao sentir a fisgada lá em baixo devido aos pontos.
—Oi— ele acordou desorientado— tudo bem? Tá sentindo alguma coisa? — perguntou preocupado
—Eu estou bem, mas ficaria melhor se trouxesse nossos filhos— fez bico.
—A enfermeira disse que logo eles viriam era só você acordar, vou avisar a eles já volto— deu um selinho nela saindo.
Anahí não parava quieta, arrumou os cabelos tentou se ajustar ao máximo, quando o noivo voltou avisando que eles logo lhe trariam os bebês ela abriu um enorme sorriso, comeu o que a enfermeira trouxesse de boa vontade apesar do gosto ser horrível, mas não demorou quando terminou ao ouvir o som de alguém batendo na porta e a enfermeira entrar levando os dois meninos em berços hospitalares de acrílico, Alfonso se adiantou pegando Lorenzo enquanto a enfermeira orientou Any a amamentar Dante, ela sorriu quando o pequeno pegou seu seio e logo com a ajuda de travesseiros ela amamentava os dois sorrindo Alfonso fotografou a cena sem ela perceber, quando ela terminou, Meg autorizou as visitas, primeiro recebemos nossos pais, Ruth e Mari não largaram os pequenos, apesar de Enrique e Alfonso o pai do meu noivo tentarem pegar os dois, Mari chorou dizendo que parecia que foi ontem que ela teve sua garotinha mas que agora ela era a mãe.
Depois que os quatro se foram, os amigos entraram em massa até mesmo Meg, como prometido a médica seria madrinha do pequeno Lorenzo junto com seu marido e amigo deles Josh, enquanto Maite seria madrinha de Dante. Quando todos foram embora ficaram apenas Anahí, Alfonso e os filhos os dois babaram os pequenos muito, até que algo lindo aconteceu os dois abriram os olhos ao mesmo tempo, Anahí se derreteu ao ver a cópia dos olhos do noivo nos filhos. Aquele era o momento mais perfeito e maravilhoso da vida de ambos.
—Eu te amo— ela disse sorrindo para ele.
—Eu também te amo— beijou ela.E por hora isso bastava.
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Honra
Romance"Eu vos declaro marido e mulher" Alfonso Herrera mal podia esperar para ter sua mulher nos braços durantes os próximos dois meses em sua lua de mel... Mas tudo oque podia se lembrar daquela trágica noite foi do som dos pneus rasgando o asfalto e...