"Eu vos declaro marido e mulher"
Alfonso Herrera mal podia esperar para ter sua mulher nos braços durantes os próximos dois meses em sua lua de mel... Mas tudo oque podia se lembrar daquela trágica noite foi do som dos pneus rasgando o asfalto e...
A festa foi linda, Anahí e Alfonso iam passar o fim de semana em Aspen, não tinha como se afastarem por muito tempo os meninos ainda eram muito pequenos e dependentes deles, depois de mil recomendações e de quase desistir da viagem Anahí e Alfonso seguiram para pegar a estrada ela já tinha trocado o vestido por algo mais confortável Alfonso dirigiria até lá, eles estavam em um clima de amor e sedução durante o trajeto.
—Sabia que você fica linda de esposa— brincou.
—Você não fica nada mal de marido— devolveu acariciando a perna dele.
—Não provoca o que você não vai poder resolver agora Any— segurou a mão dela.
—Você corta o barato.
—Vamos ter todo o tempo do mundo quando chegarmos em Aspen.
—Devíamos ter aceitado o jatinho que os seus pais ofereceram.
—Analisando por esse ângulo talvez, mas eu gosto da privacidade de estar apenas nós dois aqui— sorriu— eu te amo tanto Anahí.
—Eu também te amo, eu estava pensando, agora que eu estou terminando a minha residência, nós podemos nos mudar, eu pensei em irmos para uma cidade mais afastada, sair dessa agitação das grandes metrópoles, algo no Texas ou Ohio, você vai ter um bom emprego eu posso trabalhar em um hospital local e os meninos vão ter mais espaço e segurança.
—Você tem razão, a firma tem sedes nesses estados eu posso pedir transferência, quando voltarmos resolvemos tudo— a ideia agradava ele, os filhos crescendo fora daquela atmosfera pesada da cidade grande.
—Eu queria muito que estivessemos perto de chegar, porque eu não consigo pensar em outra coisa que não seja fazer amor com meu marido até o amanhecer.
—Anahí... Quando eu puder colocar minhas mãos em você, vai se arrepender de me provocar no volante.
—Estou esperando— gargalhou alto no carro com o olhar que ele lhe lançou.
E de repente Alfonso ouvir algum carro derrapar na pista molhada e antes que ele pudesse prever ou evitar o que aconteceria o som de tentativas frustradas de frear o carro foi substituído pelo som alto do choque entre dois veículos, o barulho horrível de metal sendo retorcido, Alfonso sentiu a cabeça se chocar seguidas vezes contra o vidro lateral após o carro capotar 3 vezes, o carro ainda rolou um barranco caindo em uma vala na beira da estrada, Alfonso tateou sentindo o corpo doer o sangue jorrar do lado esquerdo do rosto onde havia batido o rosto no vidro que se quebrou, mas percebeu que o lado que foi atingido pelo outro veículo foi o de Anahí.
—Any— virou o rosto com muita doer— Any— chamou, mas ela estava desacordada, estava coberta de machucados, tinha o osso do joelho e do braço expostos o rosto tinha várias escoriações, e estava ficando inchado rapidamente, Alfonso tentou se soltar ainda gritando pela esposa— Any acorda, amor, acorda, por favor Any, não me deixa Any, você não pode me deixar Any— mas ao tentar se soltar a sentiu uma dor tremenda na cabeça.
Desesperado buscou a mão da esposa que pendia no ar, o carro havia parado com eles de cabeça para baixo, Alfonso segurou a mão dela rezando para Deus que tudo ficaria bem, pedia que o senhor fosse justo que não lhe tirasse o amor de sua vida, não era hora, não ainda, eles tinham dois filhos.
—Por que meu Deus? Não ela, por que não eu?— Se desesperava— Any, por favor não me deixa, lembra do Dan do Lorenzo, eu não vou conseguir sem você, eu não sou forte sem você. ANY POR FAVOR!
O som de ambulâncias foi ficando forte, Alfonso lutava para ficar consciente, e buscava o pulso de Anahí sempre, estava fraco, mas ainda estava ali lutando para sobreviver, Alfonso não aguentou muito a dor o levou da consciência, tendo como último pensamento a esposa e os filhos no seu aniversário.
Horas depois...
—Senhor Herrera— uma voz o chamou— pode nos ouvir?— Perguntou— O senhor está no Hospital Geral de Traumas, eu sou a Doutora Leonor, o senhor sofreu um acidente de carro, se puder entender faça algum gesto— com muita dor Alfonso piscou— muito bem, o senhor teve as duas pernas fraturadas e 4 costelas também, vamos ter que operar o senhor, já entramos em contato com a sua família e eles estão a caminho.
—An..An...Any— tentou falar.
—Quem senhor?
—Mi..mi...nha mu...lher— tudo doía seu corpo todo parecia que ia explodir tamanha a dor, mas só pensava em Anahí.
—Ela está sendo atendida, o estado dela é mais crítico, porém já conseguiram estabilizar, ela também será operada, o maior problema é o traumatismo craniano, mas estamos fazendo o possível, agora peço que o senhor não faça nenhum esforço, vamos aplicar uma dose de morfina para aliviar a dor— antes mesmo de a médica aplicar a medicação Alfonso perdeu a consciência e pressão começou a cair— estamos perdendo ele, aplica 10mg de adrenalina e 5 de atropina vamos entubar.
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Alfonso foi levado para a sala de cirurgia às pressas enquanto Anahí foi levada para uma bateria de exames antes de entrar para ser operada, os convidados ainda estavam na festa quando receberam a notícia do que aconteceu todos se mobilizaram para ajudar a cuidar dos meninos, Claire e Aleph entraram em choque, Marichello precisou ser hospitalizada ao saber do estado de Anahí, Ruth desmaiou e teve que ser dopada.
Ninguém estava preparado para o que aconteceu, ninguém nunca estaria...
