Capítulo 55

286 29 2
                                    

Entro no quarto e respiro aliviada. O que aquele cara era? Deito na cama e, estava tão casada, que durmo de imediato

Acordo com o barulho do mar. Saio para a sacada e sento em uma das cadeiras para admirar a paisagem. Sinto que estava sendo observa, e quando olho pro lado vejo o garoto da foto. Agora percebi que ele é o mesmo que quase me atropelou.

"Além de atropelar os outros as pessoas daqui também tem mania de ficar observando escondido?"

"Se eu estivesse escondido você não me veria. Estou no meu espaço, na minha sacada"

"Cedo demais pra me estressar" repito baixo para mim mesma e saio

Troco de roupa, pego minha bolsa, e vou em direção ao restaurante para tomar café. Hoje minha filha está chutando muito, e estou sentindo dor.

"O que você deseja?" Alguém pergunta chegando por trás de mim e me surpreendi ao ver que era o garoto

"Você é o que? Está em todos os lugares!" Pergunto assustada

"Dono da pousada" ele diz me encarando firme "Começamos com o pé esquerdo, mas vamos deixar isso pra lá"

Ele abre um sorriso sem graça e eu permaneço séria. Não esboço um sentimento se quer em meu rosto.

"Como pedido de desculpa por quase ter te atropelado pode pedir o que quiser, por conta da casa" ele diz sorrindo

"Me recuso" falo rapidamente "Eu desculpo, mas não é necessário isso"

"Faço questão" ele diz sorrindo tímido

Seu sorriso era mais lindo do que visto por foto. Seus olhos carregavam um mistério que eu adoraria descobrir. Os olhos dele me lembrou os do meu pai, e seu sorriso me lembrou o Antony.

"Como pedido de desculpa então eu posso ao menos te acompanhar no café?" Ele pergunta sorrindo

"Será um prazer" falo sorrindo

Faço meu pedido e logo chega. O garoto se senta a minha frente e me encara sorrindo, logo ele estava olhando para a minha barriga. Era nítido que ele estava curioso com alguma coisa.

"Pode perguntar" falo rindo

"O que?" Ele pergunta envergonhado

"Pode perguntar o que você quer saber, eu respondo"

"É ... Você ... Tem alguém? Tipo ..."

"Sou mãe solteira" falo rindo "Não precisa ficar tão desconcertado para falar disso, não vejo problemas. Meu filho não tem pai"

"Morreu?" Ele pergunta assustado

"Pra mim sim, ele morreu" falo sorrindo triste, sinto lagrimas vindo em meus olhos mas as seguro

"O que você está fazendo aqui? Veio a passeio?"

"Vim para ficar" falo sem encara-lo "Pretendo morar aqui"

"Aqui?" Ele pergunta confuso "Você?"

"Por que? Não pode não?"

"Não é isso ..." Ele diz rindo "É que você é ... Um pouco ... Parece que você é patricinha e aqui as coisas não são tão a sua cara"

"As aparências enganam" falo séria enquanto a encaro, admirando seu sorriso

"Desculpa se fui indelicado, não fique chateada"

"Já me acostumei com as pessoa me julgando, não me importo mais"

"Eu posso apresentar as coisas pra você aqui, caso você ainda não conheça" ele diz sorrindo "Essa ilha é enorme e linda, você irá se encantar a cada lugar visitado"

"Já estou encantada" falo sorrindo "Posso fazer uma pergunta?"

"Claro, o que quiser"

"Quem ficou naquele quarto na qual eu estou antes de mim?"

"Não me lembro" ele diz encarando o chão "Não me lembro"

"Tem certeza?" Pergunto séria

"Tenho" ele diz sério "Por que a pergunta?"

"Curiosidade"

Amigo dele, Inimigo meu [Parte III]Onde histórias criam vida. Descubra agora