Capítulo 14

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Chegamos no hospital e eu já estava em um quarto apenas esperando a enfermeira para fazer um curativo. Tinha estilhaços na minha perna mas assim que cheguei tiraram. Tive que levar pontos no braço e estou com um machucado na perna direita.

"Você viu todos olhando para nós e sorrindo? Não entendi nada" falo enquanto os encaro

"Eu também observei isso" Thomas diz após alguns segundos

"Vamos no Google" ela diz já pegando o celular "Ah, acham que eu e Thomas voltamos e hoje somos uma família feliz. Que merda"

"Sério?" Pergunto rindo

"Tiraram fotos nossas lá no aeroporto"

Um segurança entra no quarto dizendo que meus pais não poderiam ficar aqui e eu reclamo. Detesto hospitais. Mesmo com minha reclamação e minha ameaça de jogar o abajur na cara dele, ele disse que não teria jeito. Fiquei sozinha naquele quarto.

Após muito tempo de espera, nada da enfermeira chegar. Saio do quarto e vou até a sala ao lado. Havia várias pessoas tomando uma espécie de medicamente pela veia. Pessoas com câncer. Elas conversavam alegres, as mais velhas faziam tricô e as crianças pintavam um desenho do frozen.

"Enfermeira nova?" Uma garoto diz chegando atrás de mim e me fazendo levar um susto "Não quis te assustar" ele diz indo em direção à sua cadeira

"Não sou enfermeira" falo firme, ainda um pouco assustada

"Eu sei, Melissa Thompson" ele diz rindo

"Te conheço?"

"Não, mas eu te reconheci" ele diz rindo da minha cara de espanto "Acabou de passar um matéria sobre você e sua mãe na tv"

"Ah, tá" falo sem graça "A famosa é ela e eu acabo aparecendo também"

"A fama corre em suas veias, garota" ele diz rindo "Sua avó, seus padrinhos, sua mãe ..."

"A fama corre em minhas veias e eu corro da fama" falo rindo

"Senhorita Melissa, vá para o quarto imediatamente por favor, não pode ficar aqui" o mesmo segurança carrasco diz bruto

"Qual seu nome?" Pergunto ao garoto ignorando o segurança

"Senhorita Melissa, retire-se já" ele diz segurando meu braço levemente e parando em minha frente, me impedindo de ver o garoto que antes eu conversava

"Grosso!" Grito e faço uma careta

Vou para o quarto contra a minha vontade e novamente fico lá esperando a enfermeira que dessa vez não demorou tanto. Eu já estava liberado e já podia ir embora, graças à Deus.

"Licença" falo chegando na recepção "Poderia me falar o nome do garoto que estava sentado naquela poltrona ali?"

"Não podemos revelar dados de nosso pacientes"

"Eu só quero o nome dele, nada demais. É porque não conseguimos terminar de conversar"

"Não podemos dar o nome de nossos pacientes" ela novamente repete. Eu viro as costas e já estava saindo meio decepcionada por não ter conseguido o nome do menino que eu conversei "Mas ele está aqui todas as segunda, quarta e sexta" ela diz sorrindo

"Obrigada" agradeço sorrindo

"Ele veio aqui na recepção pedindo algum número de telefone seu, mas não podemos dar dados de nossos pacientes" ela diz sorrindo

"Nos vemos quarta-feira, Sophie" falo
lendo seu nome no crachá "E mais uma vez, obrigada"

Amigo dele, Inimigo meu [Parte III]Onde histórias criam vida. Descubra agora