Chapter 9 - Do they have any informant inside the FBI?

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Dedico esse capítulo a fofa da pbsequeira que tá sempre comentando nos capítulos e por causa disso me incentiva a escrever mais. <3

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No dia seguinte, bastou o período da manhã para Malory perceber que decididamente cometera um grande erro ao concordar em ir ao parque de diversões com Justin. Não que não tivesse passado algumas horas mágicas, maravilhosas e extraordinariamente românticas. Não, de jeito nenhum. Haviam andado de roda-gigante de mãos dadas e houvera até um beijo lá no alto, por sobre as luzes todas faiscantes na parte oeste de Los Angeles. Ela conseguira inclusive esquecer temporariamente de seus problemas, quer dizer, até ter de voltar para casa e contar aos pais sobre a "biblioteca".

Não. A decisão fora a mais errada possível porque passara do completo anonimato a um estranho tipo de fama. Começara aperceber o quanto Justin era benquisto por todos. De repente, vários professores sabiam seu nome. Jovens que não conhecia passaram a sorrir-lhe nos corredores. Seth e outros bons amigos de Justin começaram a tratá-la como se fizesse parte da turma. A rede de boatos entre o corpo docente devia ter operado de modo muito parecido ao que vigorava entre os alunos, sobretudo por se tratar do filho querido de uma professora.

Era divertido, por um lado, ser mais do que uma nova aluna sem nome. Por outro, era assustador saber que metade do colégio seria capaz de reconhecê-la. Malory começou a perceber por que os pais insistiam tanto para que aprendesse a agir como se fosse invisível.

Mas muito por que os cumprimentos e sorrisos era aquela sensação que estava tendo, aquela sensação estranha e arrepiante de que vinha sendo observada.

Já sentira isso antes, muitas vezes. Mas por algum motivo, dessa vez a impressão era mais pronunciada. Sentia como se estivesse sendo vigiada de binóculos; como se cada nuança de seu rosto estivesse sendo estudada e julgada. Quatro horas tinham se passado e ainda não fora capaz de notar, nem sequer de relance, qualquer pessoa suspeita. Mas tinha certeza absoluta de que havia alguém ali.

Ao sentar-se em seu lugar costumeiro, na frente do restaurante da escola, Malory vistoriou todo mundo que estava almoçando. Podia ser que o cara do pneu furado do dia anterior tivesse mudado de aparência e estivesse se fazendo passar por professor..

- Ei!

Malory teve um sobressalto.

Justin sentou-se a seu lado.

- Terra para Maddy. Pode me ouvir? Estamos perdendo contato. - Em seguida enfiou a mão num saco de papel e tirou um pacote de salgadinhos.

Malory forçou um sorriso.

- Como vão as coisas? - Tinha uma ideia muito vaga de que ele estava ali a seu lado, falando havia bem um minuto, mas não conseguira ouvir uma palavra.

- Hum... - Ele a olhou com ar duvidoso. - Você ouviu o que eu acabei de falar?

Malory corou.

- Bom, fico satisfeito em ver que acha minha conversa tão empolgante - disse ele, sarcástico. - De qualquer maneira, como eu ia dizendo, tem um lugar onde eu quero muito que vá comigo, no sábado. É meio fora de mão, mas é, bom, meu lugar predileto. Você estaria a fim? - Ele olhou para ela ansioso.

- Claro. - Esperava que a resposta tivesse soado entusiasmada. Não queria que ele percebesse o quão perturbada estava de fato. Talvez lhe perguntasse se havia alguma coisa errada. De novo. Lutou para manter os olhos sobre aquele rosto bonito, mas eles não paravam de dardejar de lá para cá, como se tivessem uma vontade própria.

Justin riu.

- Não quer pelo menos saber onde fica?

- Como? Claro que sim. Lógico. - Malory ouviu-se dizendo essas palavras, mas seu cérebro estava cada vez mais distante. Onde a pessoa que a estava vigiando se posicionaria, para vê-la melhor? No telhado? Não, já tinha olhado umas vinte vezes para lá. Na quadra de basquete? Ridículo. Foi então que uma mancha preta chamou-lhe a atenção. Ali! Pela vidraça do refeitório viu, na parte de trás, um homem que não conhecia. Estava com um terno escuro.

The Secret of MaloryOnde histórias criam vida. Descubra agora