três contra um

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É engraçado ver o rumo em que as coisas estão tomando, um simples gesto como aquele pode deixar um demônio como aquele com cara de boboca, se iludindo à mil coisas que devem estar passando em sua cabeça agora, também pôde deixar a boboca da minha irmã furiosa, batendo os pés, com vontade de matar um, como ela está neste momento. Mabel está a minha frente andando de um lado para o outro, gritando e reclamando como se eu tivesse a traído, não sei o que ela tem nesse pouco cérebro dela, somos irmãos, ela não vai ser nada mais minha do que isso, ela vai ter que aceitar, mas parece que esta regra não se aplica a ela. Estou fingindo a escutar, Mabel é cabeça dura, qualquer coisa que eu disser em minha defesa, ela não vai ligar, se eu defender Will, só vai piora-la e eu só vou passar mais tempo aqui ouvindo as reclamações dela, melhor ficar calado e fingindo prestar atenção.

Enquanto Dipper finge ouvir a irmã, esta continua reclamando, andando pelo quarto impaciente e revoltada, chutando tudo o que entra pelo seu caminho, se descabelando, tem ódio do demônio que, na cabeça dela, tinha beijado o irmão, e não que este tinha apenas retribuído o que o gêmeo da morena tinha feito, Dipper não sabe que na cabeça de Mabel, Will tinha o beijado e não ele, não sabia, até ela dizer.

-Não já basta as idiotas daquelas garotas da rua, escola, ou onde quer que você vá?! Não basta aquela gorda imensa da Grenda e aquela magricela sem graça da Candy?!! Agora o Will quer tira-lo de mim! Quem ele pensa que é para encostar aquele rosto nojento dele em você??! Ninguém nunca teve a atrocidade e ousadia de fazer isto a você em minha presença ou menos em minhas costas! Eu era para ter feito isto primeiro com você e não aquele imundo do Will! - Falava e gritava rapidamente enquanto chicoteava uma das pernas de madeira branca de sua cama.

Assim que para por um segundo de falar, Dipper a olha, confuso, entendeu finalmente que ela havia pensado ao contrário, Mabel não percebe como ele olhou para ela, o que foi bom, iria se aproveitar desta situação, quer se divertir em saber e ver o que sua irmã é capaz de fazer quando está realmente com raiva.

-Já acabou, Mabel? - Pergunta voltando a olha-la friamente

A garota olha para ele, com esta pergunta só fez aumentar sua raiva.

-Acabar?! Eu nem comecei!! O Will vai ver só! Ele tem que aprender a não tocar nas coisas que não são dele! - Grita em resposta

Meu irmão pergunta como se o que eu estivesse falando fosse apenas um drama e escândalo! Ele por acaso gostou do que Will fez?...

Os pensamentos da morena foram respondidos coincidentemente pelo irmão.

-Sabe...até que ele não beija assim tão ruim. - Diz Dipper, para provocar sua irmã

Mabel, ao ouvir essas palavras saírem da própria boca de Dipper, paralisa, não sabe o que sentir, raiva ou tristeza, mesmo não demonstrando este segundo sentimento, para Dipper, o irmão sádico e cruel dela, falar algo assim, o caso deve ter sido sério, do mesmo jeito que também pode ser uma tentativa de provoca-la, mas pelo tom de voz hesitado que o garoto usou para comentar algo assim, mal se passa pela cabeça dela de que pode-se ser uma provocação, sente ciúmes, raiva, ódio pelo demônio que estaria conseguindo roubar Dipper de si.

-...O que você disse, Dipper? - Pergunta, sem acreditar no que tinha ouvido.

Ótimo...estou conseguindo irrita-la.

-Eu bem que gostaria de que ele fizesse uma segunda vez...o gosto dele é ótimo. - Fala soltando um sorriso psicótico.

Por estar de costas ao irmão, Mabel não consegue ver a expressão que o irmão faz enquanto fala, a imensa vontade de querer rir da cara da gêmea por acreditar no que ele fala. Mabel apenas escuta o que Dipper diz, se visse a cara que faz, teria suas dúvidas.

monstro inocente CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora