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Faz algum tempo que me sinto mais calma, mais leve, sem o peso de ter que aguentar ver Will e Dipper juntos, acho que aceitei esse fato, posso conviver com isso. Mas...em compensação...não consigo sentir mais nada por ninguém, quer dizer, não levando isso para o lado dramático e dizendo que só porque não fui correspondida por alguém, eu nunca mais irei amar outra pessoa, apenas não estou interessada em ninguém no momento, é algo normal...na verdade, sem ser pelo meu irmão, eu nunca senti nada demais por ninguém, tecnicamente...eu nunca senti amor de verdade pelo Dipper, apenas ocorreram algumas coisas desagradáveis comigo em minha vida, acabei me segurando em meu irmão, ele me ajudou bastante a superar-me, acho que isso fez eu criar uma certa intimidade maior por ele, o que me fez confundir amor e irmão com amor que ele sente pelo Cipher...

A jovem dama pensa para si mesma enquanto observa e admira dois belos pares de saltos altos que à em uma vitrine, está pensando em qual deles comprar, mas com toda a condição que tem, ela não só pode comprar dois pares de sapatos, como até uma vitrine inteira apenas para ela, mas não sabe ela o por quê de não estar com vontade de levar os dois, acordou indisposta hoje, sem querer fazer nada a não ser dormir o dia inteiro, não sabe ela que a vida irá pregar uma peça que mal imaginava ela acontecer, algo que poderia mudar sua vida, para melhor ou para pior, não se sabe.

Enquanto Mabel passa alguns minutos que parecem não ter fim escolhendo entre qual par de sapato levar, Dipper está em uma outra loja não muito longe dali, escolhendo um traje para vestir-se em uma ocasião especial que ele e a irmã preparam para não muito tempo de espera, os gêmeos completariam dezessete anos próxima semana, e queriam uma festa perfeita, por isso tanta demora da jovem dama para escolher um calçado. Will o acompanha, em silêncio, sua falta do que falar é apenas porque este admira a tamanha beleza de seu mestre enquanto anda atrás deste, não entende como alguém pode ter tanta beleza assim.

-Will? Estou falando com você. - Diz o garoto, já impaciente
-S-Sim mestre? P-Perdão... - Responde o demônio, estava tão concentrado em admirá-lo que nem percebeu o que se passava a sua volta.
-Estava distraído com algo? - Pergunta.

O maior tem receio, vergonha de responder, apenas se encolhe em resposta.

-Esqueça, perguntei qual você acha melhor. - Repete ele, mostrando dois conjuntos de roupas aparentemente caros e bem feitos, um branco, com tecido delicado e fino, com rendas e pequenos mas belos desenhos pelo traje, enquanto o segundo era azul, meio celeste, em compensação era chamativamente brilhante, não tanto, mas dava para se notar não de muito longe.

Will o admira, imagina seu mestre vestido com os dois trajes, mas logo cria defeitos nas roupas escolhidas pelo garoto que poderiam colocar em risco uma parte inadequada na hora da festa.

-B-Bem...à p-pontos nas vestimentas q-que estão com...alguns defeitos... - Diz tímido, entrelaçando os próprios dedos.
-E que pontos seriam esses? - Pergunta dando um pequeno sorriso, interessado.
-...B-Bom...a roupa branca tem o tec-cido muito fino...p-poderia rasgar com q-qualquer movimento brusco e rápido que o s-senhor fizesse...a-além de ser muito claro, se alguma bebida ou comida...derramasse em cima do m-mestre iria manchar f-facilmente... - Responde - Enquanto a a-azul, tem o tecido m-mais resistente além de ser mais e-escuro em casos de acidentes...p-porém... - Sente remorso de continuar a frase de explicação.
-Porém...? - Dipper espera uma continuação - Vamos, eu não mordo...quer dizer, não agora. - Abre um sorriso um tanto suspeito ao terminar a frase.

Will sente não só as bochechas como o rosto inteiro arder com o que foi dito pelo seu mestre, o que ele quis dizer com isso? Era a pergunta que se passava pela cabeça do Cipher, mas já deve-se saber a resposta.

-N-Não é-é para ofender m-mas...acho que o senhor não ficaria...muito bem com essa roupa...m-mestre - Responde o azulado
-Acha que eu ficaria ridículo ao vestir isso? - Pergunta Dipper, apenas para ver a reação que o demônio teria ao ouvir estas palavras.
-Não! - Responde.

monstro inocente CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora