Estou procurando essas pedras mágicas faz horas, e nada. Dentro e fora da mansão, no jardim, dentre as flores da senhorita Mabel, nada. Os gêmeos estão até agora discutindo, não vou criticar nem reclamar que gostaria de uma ajudinha...eles estão tensos demais, tenho medo de reclamar e eles me fuzilarem com os olhares frios que apenas eles sabem fazer, ou pior que isso. Já criaram várias hipóteses, mas nada faz com que as malditas pedras mágicas dos gêmeos venham a tona. A Jovem Dama acha que perderam as pedras dentro da mansão ou fora dela, mas apenas pelos limites dos portões e muros da mansão, não aceita a possibilidade de terem perdido fora de casa, como na escola, shopping, parque, ou outros ligares que frequentaram durante a semana, após seus aniversários. Já o Mestre Dipper, pensa o oposto, acha que perderam fora da mansão, pois se não, eu já teria encontrado, e ele tem razão. Já procurei por todos os lugares que se possa imaginar, todos os cômodos da casa, não deixei passar nada, até usei alguns feitiços e poderes para ver se não deixei passar por algum lugar, mas não os acho de maneira alguma. Mas a Jovem Dama, Mabel, é teimosa.
-Vai ver que roubaram! - Escuto a Jovem Dama gritar de dentro da sala.
Canso de procurar, então, encosto um pouco na janela em que pode-se ouvir os prantos de Mabel, para poder ouvir melhor.
-É uma possibilidade, mas teríamos que interrogar todos, simplesmente todos que estavam no mesmo lugar e dia em que passamos com as pedras. - Ouço Dipper responder, calmo, como sempre, mas desesperado por dentro, assim como Mabel.
Entendo a preocupação dos dois, se você tivesse uma pedra mágica com parte dos poderes de um demônio ou outro ser poderoso, não iria querer perder, nem que alguém achasse ou roubasse de você. Muito menos se esta pessoa que colocou as mãos em algo que lhe pertence for alguém inadequado para usa-lo, você iria estar tão quanto, ou até mais desesperado que Mabel, não?
-Não, Dipper! Já falei! Não podemos ter perdido fora daqui, você sabe que deixamos eles bem camuflados quando saímos com eles para fora! - Mabel diz - Tem que ser alguém...daqui de dentro.
No momento que ela diz isso, sinto um medo percorrer ao meu corpo, como se ao dizer esta frase, ela olhasse fixamente através da janela, como se soubesse que eu estivesse ouvindo. Um silêncio agonizante percorre a sala em que os dois conversavam. Ouço a porta se abrir.
-Will. - Dipper me chama.
Engulo o seco, prevendo o que acontecerá quando passar pela porta da sala, vou até ele.
-Pode parar de procurar.
-S-Sim...M-M-Mestre. - Entro na sala, sem conseguir olhar para Mabel, com medo.Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa que fosse, vejo Mabel pegar em minha gravata borboleta e puxar-me para baixo até sua altura e obrigar-me a olha-la nos olhos.
-Onde está?! - Ela grita.
Por um segundo olho para Dipper, esperando encontra-lo divertindo-se com a atitude e desespero da irmã, mas nem ele pareceu prever o que ela faria, como se estranhasse, ele começara a entender.
-Mabel, o que está fazendo? Acha mesmo que... - Dipper é interrompido.
-Acho! E se tem alguém que pode pegá-los é ele! - Responde voltando o olhar intimidados para mim - Vou perguntar mais uma vez...onde...está...?
-M-Madame, eu juro que se e-eu soubesse...e-eu os entregaria...eu não roubei nada! J-Juro... - Falo tremendo.Sinto meus olhos arderem, querendo chorar de medo, pensando no que Mabel faria comigo se eu não os entregassem logo, mas estava dizendo a verdade. Por um momento, acho que Dipper viu isso, segurou o braço da irmã para que parasse de me enforcar com a minha própria gravata.
-Mabel, se fosse, ele teria dito. - Dipper me defende.
-Não comece com suas brincadeiras para defender seu namoradinho, Dipper! Isso é sério! - Repreende a garota.
-Me dê uma razão para que ele tivesse roubado as pedras.
-Ah! Você quer uma razão plausível? Posso dizer uma muito bem feita e com sentido. Ele poderia ter pego nossas pedras para que assim, pudesse pegar seus poderes que à nelas de volta, ficar mais forte e se vingar de nós pelo que fizemos a ele antes, ou pior! Fazer o mesmo que fizemos com ele, quando você não tinha começado a fazer aquele joguinho para brincar com ele! - Mabel fala, fala bem falado.
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monstro inocente CONCLUÍDA
Terrorqueria saber o porquê do meu coração bater tão forte por você. Porque justo você? O garoto que ama me ver sofrer, sangrar, gritar, chorar. Nem eu consigo entender, mais há algo por trás do muro de pedra e gelo que cobre o seu coração, e eu vou desc...