corações bons (parte 2)

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Mabel está no quintal regando suas plantas, faz 10 minutos que dei uma olhada pela janela do meu quarto, o que me impressiona, é que ela está com a idiota da Pacífica Northwest, algo incomum, já que elas estão sempre brigando, mas depois tiro proveito para irritar Mabel com isso, estou ocupado no momento.

Mabel acha que eu não percebi a confusão que se passa nela, está curiosa para saber o motivo de eu não ter tocado mais no assunto de sobre o que aconteceu aqui entre eu, ela, as amigas dela e Will, realmente não estou afim de falar sobre isso, não pelo fato de me incomodar, mas sim pelo fato de eu não ter paciência para explicar nada com detalhes para aquela pouco cérebro da minha irmã. Mas um dos motivos, é que aquela pequena brincadeira que pensei em fazer naquele demônio, acabou me desviando de meu objetivo e levando-me a outro, não sei como, mas acho que algo em mim me fez sentir algo no Cipher, algo que impediu-me de deixar que Mabel e suas amigas o tratassem como lixo, não me importo em aceitar meus sentimentos, apesar de sempre os deixarem as escondidas, apenas gostaria de saber o motivo.

Enquanto o jovem mestre caminhava em seus próprios pensamentos, o demônio, Will Cipher, o escutava, escondido, fazia semanas que não era autorizado a sair de seu quarto, preocupava-se em o que estaria acontecendo do lado de fora de seu cantinho, por isso, fez um feitiço em que pudesse escutar quando quisesse, os pensamentos da jovem dama e de seu mestre, claro, sem a autorização dos gêmeos, o que o fazia ficar tenso, como não tinha ordens para fazer isso, tinha medo do que os irmãos poderiam fazer a ele, então sempre que iria escutar algo vindo da mente dos morenos, tentava ao máximo ser silencioso, ouvindo as espreitas, como por exemplo, agora. Will estava envergonhado ao escutar os pensamentos de Dipper, ao mesmo tempo, contente, teria conseguido o coração do humano que sempre quis, porém, teria de dar um jeito para que sua vitória não fosse acabada, não queria que Dipper esquecesse os sentimentos que formou por ele, não agora. Will teria de se aproximar mais de seu mestre, o "provocar", seria uma missão quase impossível, pois o demônio era um tanto...inocente, sem experiência de como fazer algo do gênero, mas tinha algo em mente, e seu cúmplice seria seu irmão...Bill Cipher

Will bolava seu plano para não perder seu amado Dipper, e com descuido, o menor acabou percebendo o feitiço que o demônio estava usando para ouvir seus pensamentos, soltou um murmuro, reclamando, assim, chamando.

-Will. - Dipper chama o maior.

Imediatamente, o demônio aparece na frente de Dipper.

-C-Chamou...m-m-mestre? - Atende, tímido
-O que acha que estava fazendo? - Pergunta em um tom um pouco mais alto.
-P-P-Perdão? - Intimidasse ao ouvir a tonalidade autoritária na voz do menor.
-Não lembro-me de ter permitido você de invadir minha privacidade mental - O garoto repreende o demônio

Este, nada fala, está envergonhado, com medo do que Dipper poderá fazer a ele agora, abaixa a cabeça, com os olhos preparados para derramar lágrimas, Dipper vai até ele, colocando seu queixo entre suas mãos, o encarando. Will sente suas bochechas arderem, mas é repreendido por um tapa forte e rápido do mestre, este, aperta bem suas bochechas, ignorando totalmente a dor ardida que o demônio está dos dois lados do rosto.

-Por quanto tempo está escutando? - Pergunta o moreno, olhando fixamente para o Cipher - E fale a verdade - Exige
-T-Três dias...m-mestre... - Responde
-Quer dizer que você ouviu muita coisa - Fala, soltando imediatamente o rosto de Will brutalmente.
-P-Perdão, m-mestre, e-eu apenas...estava p-preocupado com o que estava acontecendo... - Will responde, com os ombros encolhidos.

Dipper demora um pouco para responder, mas sua resposta surpreendeu o demônio, que esperava mais um tapa, recebeu um...

-Tudo bem Will. - O garoto o perdoa.

O Cipher não acredita no que ouve, seria sua cabeça pregando peças em si?

-Desfaça o feitiço agora, e que isso não se repita - Ordena.
-S-Sim...senhor... - Diz Will.

O mestre sai do pequeno quarto do demônio, deixando-o sozinho novamente, este, está surpreso, Dipper tinha mesmo criado sentimentos por ele, talvez não tivesse um coração tão ruim quanto aparenta ter, capaz de amar algo ou alguém, isso conforta o Cipher.

Mas mesmo assim, teria que tomar providências para que Dipper não tivesse a audácia de abandona-lo..

monstro inocente CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora