Capítulo Cinco

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   Como três dias passam voando?


   Essa é uma pergunta que eu não sei responder, mas essa é uma experiência que vivenciei em tempo real!

   Me recuperando daquilo que poderia ter acontecido passei além, de sábado e domingo em casa, segunda também.

   Hoje, terça-feira, decidi me levantar e ir à luta!

   Agora vestida e pronta para encarar uma Denise que, com toda certeza, vai querer me esganar por ter faltando ontem, me sinto uma mulher forte e independente novamente.

   Agradeço muito ainda a aquele cara, que eu não sabia o nome, me salvar de ter a minha mente destruída pelo evidente estrupo que aquele desgraçado teria cometido. A violação não só seria do meu corpo, como da minha mente, que quebrada, ficaria remoendo o pesadelo.

   Eu já ficava remoendo com o que havia acontecido!

   Olhando-me uma última vez no pequeno espelho do meu médio quarto, vejo refletido a jaqueta do homem de olhos azuis que me salvara.

   Olhar a jaqueta me lembra como ele tinha acabado literalmente com aquele nojento...

   Foco!

   Me repreende quando mais uma vez àquela noite se forma em minha cabeça.

   Pegando a minha bolsa em cima da minha cama de casal, que tomava praticamente todo o quarto de paredes claras, vou para sala logo notando o amontoado de coisas para lavar.

   Igor era um ótimo amigo, que tinha ficado comigo os dois dias do final de semana antes de ter que ir trabalhar na segunda, mas não tinha levantando para arrumar um pouco do meu minúsculo apartamento neste meio tempo. O que significava que eu teria uma ótima recepção quando voltasse para casa.

   Sair de casa pensando nisso fez com que eu me distraísse por qualquer coisa pelo caminho até o trabalho que, não ficava muito longe de onde morava. E mais uma vez senti um amor grande pelo meu minúsculo apartamento, pois ele sendo perto do meu trabalho, não me fazia enfrentar logo cedo o ônibus lotado.

   Assim que avistei a vidraça azulados do escritório vi que eu estava mais do que pronta para colocar a minha vida de volta no lugar!

   No momento que pisei dentro do saguão do prédio dei um sorriso de reconhecimento, como sempre dava, para o porteiro que ficava ali lendo o seu jornal e de vez em quando olhava para quem passava em direção ao elevador.

   Dentro do elevador vazio apertei no 10º andar, onde ficava o escritório alugado de Leandro, e onde eu trabalhava com apenas mais duas pessoas. Assim que o elevador parou e deu espaço para eu adentrar no andar notei logo de cara Denise, que encostada na mesa de recepção, tinha uma expressão emburrada no rosto.

   Merda, ela realmente começaria logo cedo!

   Andei até ela, mas meus olhos estavam em Cátia, a recepcionista bem mais legal e meiga que Denise.

—Olá, Cátia. —eu disse a coreana de cabelos escuros e lisos antes de desviar dos seus puxados olhos e os pôr em Denise. —Oi, Denise.

—Porque você não veio ontem?

   Claro, sem cumprimento.

   Quase revirei os olhos, mas desisti de tal ato na frente dela.

 —Assuntos meus. —eu virei os olhos para Cátia, indicando que contaria para ela depois. -Eu mandei uma mensagem para você falando que eu não viria.

Lutando pelo CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora