επιφανεια: O Mito de Erebus

10. Anesíquia e Frices

Os semideuses presentes na arena compartilhavam um silêncio absoluto aguardando as palavras de Hoffman.

Porém, entre os campistas, o treinador Briggs surgiu com seus chifres encaracolados como os de um carneiro, a barbicha na ponta do queixo, e sua armadura de bronze sob o peitoral.

— Klein Hoffman, já faz um bom tempo — A voz rouca do sátiro se destacou na multidão.

O filho de Zeus se surpreendeu ao vê-lo.

— Como vai, treinador? — o cumprimentou.

— O mesmo de sempre — resmungou em resposta.

O sátiro se aproximou sendo acompanhado pelos olhares de todos presentes.

— Quando o treinador chegou? Eu não o tinha visto... — disse Victor, acompanhado por Roy. Ambos haviam alcançado as garotas e assistiam a cena atentos.

— Agora a pouco eu acho...

— Faz muito tempo desde a última vez que treinou nessa arena — o sátiro disse com um ar ardiloso — Veio reviver os bons tempos?

Hoffman soltou uma risada baixa e discreta.

— Para informar algo aos campistas, somente — respondeu.

— Mas, é uma boa oportunidade para demonstrar como evoluiu nesses últimos anos.

O treinador, mesmo disfarçadamente, parecia ansioso para vê-lo lutar mais uma vez.

— Pelo visto, o senhor realmente não mudou nada. Vim apenas para dar algumas instruções.

— Está bem, você venceu — o sátiro resmungou. — Mas, e essa espada nova? Parece bem diferente da que carregava antes.

Tess notou finalmente um objeto nas costas de Hoffman, estava coberto por uma espécie de banhia de couro, contudo era possível avistar o cabo de metal escuro e longo (bem mais que o normal), refinado e de desing incomum. A garota o observou curiosa a arma que aparentava ser enorme.

O filho de Zeus sorriu com o comentário do Sr. Briggs.

— Você está certo — ele murmurou levando as duas mãos às costas e agarrando o cabo da arma. — Não faz muito tempo que consegui minha nova espada, Astrapí.

Dito isso, em um puxão forte e firme a espada abandonou a bainha se revelando à todos. Um grande murmúrio de espanto encheu a arena.

Tess arregalou os olhos observando a arma perplexa.

— É gigante — murmurou.

A espada era exorbitantemente longa, aparentando ter em volta de 1,7 metros de comprimento. Era literalmente maior que ela.
Além de longa, a lâmina parecia ser bastante pesada, pois Hoffman a empunhava com as duas mãos. Seu metal era vermelho e brilhante como bronze celestial.

— Zweihänder?! — Victor exclamou pasmo.

— O quê? Você conhece esse tipo de espada? — Roy perguntou.

— Sim, mas eu só a vejo nos video games — ele cochichou.

O treinador assoviou admirado com a arma.

Logo, o alemão repousou a ponta da lâmina longa no chão. Klein Hoffman era grande e alto, sua postura se encaixava perfeitamente com o porte da espada. Era como se ela fosse feita para ele.

— Astrapí é uma espada de modelo alemão, chamada zweihänder — ele explicou — Significa, duas mãos. Devido ao seu grande porte, é manuseada pelas duas mãos daquele que a empunha. É bastante pesada, e é necessário muita preparação física para manuseá-la perfeitamente.