Cuidados

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— Baek?

Não houve resposta, mas eu sabia que era ele. Suas mãos firmes viraram meu corpo para que ficasse com as costas no colchão. Ele subiu em cima de mim, rebolava em cima do meu membro distribuindo beijos pelo meu pescoço.

Eu sabia que ele havia bebido, podia sentir o cheiro de álcool, então apesar de querer muito não poderia fazer nada, se ele quisesse ficar comigo teria que ser em plena consciência de seus atos.

— Bae... acho que você bebeu um pouco, é melhor parar com isso.

— Eununtobebidochannieee... – falou todo embolado, porque sim, ele estava bêbado.

O problema é que eu não sou de ferro, não conseguia tirá-lo do meu colo enquanto aquela bundinha gostosa estava rebolando sobre meu pau, que estava coberto só pela calça fina do pijama.

Ele levantou minha blusa e começou a distribuir beijo por todo meu peito descendo as carícias aos poucos, até que chegou ao cós da minha calça, eu senti um leve “peso” sobre meu membro – ainda coberto – achei que ele estava brincando ou algo assim, mas não, ele havia dormido – ou desmaiado – sobre meu pênis – agora muito duro. Ótimo! Isso só acontece comigo. Eu não consigo acreditar. Comecei a rir descontroladamente, a piada que vida estava fazendo comigo era realmente boa. Quando eu acho que vou ficar com um carinha que to afim, ele dorme depois de me excitar.

O tirei de cima de mim. Ele estava com uma roupa muito desconfortável para dormir, então coloquei seu pijama – me segurando para não apertar aquelas coxas – e o deixei dormindo na minha cama mesmo. Enquanto eu, bom... fui me aliviar no banheiro mais uma vez por conta daquele baixinho.

••• •••

Quando voltei tive pena de tirá-lo da minha cama, ele dormia tão bonitinho. Assim que deitei ao seu lado suas mãos agarram minha camisa como se tivesse medo de me perder.

Às vezes ele soltava leves murmúrios, como se estivesse sonhando com algo, nesses momentos ele me trazia para ainda mais perto, o que me fez dormir abraçado a ele.

{•••}

— Channie? – acordei com sua voz manhosa me chamando, ainda dormíamos da mesma forma de ontem à noite, sua mão agarrando minha camisa.

— Que foi neném? – Neném? NENÉM? Mas que merda eu falei? O que deu em mim? Ele não pareceu notar, ou se importar, ainda bem.

— O que está fazendo na minha cama? – percebi que seus olhos ainda estavam fechados enquanto falava.

— Eu não estou na sua cama Bae, você que está​ na minha.

— O que eu estou fazendo aqui? – sua voz saiu um pouco temerosa – Estou com a mesma roupa que fui para festa?

— Não. E você está na minha cama porque chegou me agarrando ontem à noite, mas não, não fizemos nada. Eu troquei a sua roupa depois que pegou no sono fazendo... melhor esquecer essa parte.

— Ai. Meu. Deus. Eu te molestei? Deus eu preciso parar de beber. — disse passando a mão em seu rosto de forma envergonhada.

— É eu também acho que deveria parar de beber. Falar nisso, porque bebe tanto?

— Eu até te contaria, mas é uma história longa e eu to morrendo de dor de cabeça. — fez um bico fofo.

— Vamos fazer assim, te dou um remédio para dor de cabeça, compro nosso café da manhã e quando eu voltar você conta você história. Pode ser?

— Uhum.

Baekhyun POV

Channie se levantou da cama, só no momento que senti falta do calor do seu corpo que me dei conta de que estava agarrado a ele.

Ele me entregou um comprido e um copo de água. Eu bebi e depois me deitei ainda de olhos fechados, poucos minutos depois ouvi a porta do quarto abrindo e fechando.

Eu sei que o Channie é um cara legal, a gente é amigo e moramos juntos a mais de um mês, talvez eu até tenha uma quedinha por ele – às vezes tenho sonhos eróticos com ele e... – foco, eu não sei se deveria contar minha história para ele, eu passei por muitas coisas para poder vir para Londres e seguir meu sonho, algumas dessas coisas ainda me fazem ter pesadelos a noite. Não me orgulho do meu passado, a única coisa de bom que mora nele é o meu “irmão”, o considero assim desde o tempo do orfanato, éramos inseparáveis, se pudéssemos ainda seríamos. Mas a vida às vezes faz coisas que não entendemos. Espero um dia encontrar meu irmãozinho de novo.

••• •••

Passei tanto tempo nas minhas divagações que nem notei quando Channie voltou para o quarto.

— Pequeno? Trouxe o café, vamos comer?

— Não quero Channie, to cansado. — me agarrei mais aos seus cobertores que tinham um cheiro tão gostoso.

— Mas tem que comer, então senta que eu dou o café para você.

Eu não pude resistir quando senti o cheiro, ele havia comprado cappuccino, torradas, panquecas com mel e algumas frutas picadas.

Sentei-me na cama, eu não queria parecer que estava fazendo manha, mas eu não resistia ao jeito que ele cuidava de mim, eu não era cuidado por alguém a muito tempo.

Chanyeol cortava pequenos pedaços de panqueca e me dava na boca, cuidava para mim não me queimar com o café, e vez ou outra me enganava fingindo que ia me dar um pedaço e comia.

Assim que terminamos o café ele me deitou novamente me embrulhando como se fosse um bebê, não sei de onde saiu toda essa delicadeza dele, mas eu estava amando.

Depois de jogar as embalagens do café fora ele voltou para cama, se deitando ao meu lado, começando a acariciar meu cabelo. Como se fossemos um imã, eu me ajeitei em seu peito novamente, e ficamos em silêncio, da mesma forma que estávamos hoje pela manhã.

••• •••

— Pequeno, nós tínhamos um acordo. Agora tem que me contar porque bebe tanto. – eu queria muito que ele tivesse esquecido, mas depois de todo o cuidado que teve comigo não achei mesmo que fosse.

— Eu não sei se consigo, Channie. É muito complicado, eu não sei como você vai ver as escolhas que fiz e – ele não deixou que eu terminasse, puxou-me queixo para que olhasse em seus olhos, nossos lábios estavam tão perto...

— Eu nunca vou julgar seu passado, pequeno. Se eu puder te ajudar, eu sempre vou estar aqui. Eu sei que eu posso parecer um louco por querer cuidar de você sendo que nos conhecemos a pouco mais de um mês, mas eu quero estar ao seu lado, tudo bem? — suas palavras faziam aquele arrepio estranho passar na minha espinha, como se desde sempre nós tivéssemos aquele tal fio vermelho em nossos dedos.

Eu só percebi que estava chorando quando as lágrimas corriam desesperadas molhando a blusa de Chanyeol, tudo que eu fiz foi me esconder em seu peito. Há quanto tempo não ouvia palavras assim? Há quanto tempo não sentia o calor de um abraço? Há muitos anos, e de certa forma, talvez eu nunca tivesse sentido.

— Se quiser podemos fazer assim, a cada dia nós dividimos um pouco da nossa vida, eu conto um pouco da minha e você também, até se sentir confortável de dizer o que machuca você. Pode ser?

Apenas assenti. Minha cabeça continuou escondida em seu peito, e ali permaneci, me afogando em seu cheiro que me acalmava, me sentido seguro naquele calor gostoso, até pegar no sono.

{•••}

Sehun POV

Acordei sentindo um peso em cima de mim.

Luhan estava sentado sobre meu membro – ainda descoberto pela noite anterior – distribuindo beijos e chupões pelo meu pescoço.

— Bom dia, garotão. – falou ele sorrindo, suas reboladas ficando mais rápidas. Meu membro já estava completamente rijo, e não era uma ereção matinal.

— Eu pensei que não tivesse se recuperado ainda.

— Não, tô ótimo. A gente já pode começar tudo de novo... Pelo fim de semana todinho. – falou me dando um beijo completamente cheio desejo.

Não precisou que mais palavras fossem ditas, logo estávamos rolando na cama novamente entre gemidos e suspiros.

DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora