Namoro?

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Ele me abraçou e escondeu seu rostinho na curva do meu pescoço. Às vezes ele parece tanto com uma criança pequena e inocente, eu sempre tenho vontade de protegê-lo, como se meus braços pudessem ser uma fortaleza para seu corpo diminuto.

— Yeollie, teus poemas são lindos. E eles me deixam sem palavras. Sabe, tem vezes que acho que não te mereço, que vou acordar e você vai ter se dado conta que consegue alguém melhor. E eu tento evitar esses pensamentos porque... – seus olhinhos estavam meio úmidos e ele me olhava de uma forma tão fofa, aquelas bochechas coradinhas eram tão lindas. Arquei uma sobrancelha como quem diz “por que...?” – Porque eu... E-eu te amo Yeollie.

Ele rapidamente se escondeu de novo, é como se ele achasse que eu não fosse gostar de ouvir tais palavras, mas meu coração deu um salto, e acho que esse seria marcado como o dia mais feliz da minha vida que depois seria seguido do nosso casamento. Porque sim, eu penso em me casa e ter uma família com ele. Nos adotaremos três filhos lindos que eu até já tenho ideia para os nomes e talvez uma menina também, eu quero crianças correndo pela casa, um quintal cheio de flores e fazer um almoço com meus amigos todos ao meu lado naquela casa de campo, onde será o meu descanso depois do de um dia exaustivo no meu consultório.

— Yeollie...?

— Hm? Desculpe Baek, eu fiquei imaginando toda a nossa vida juntos. – ri – Eu também te amo muito, pequeno. É estranho dizer isso e ter a certeza que esse sentimento não vai embora mesmo eu te conhecendo há pouco tempo. Mas é como se tivéssemos estado uma vida juntos e eu já soubesse desvendar todos os seus segredos.

E depois dessas palavras eu o beijei, e sentir seus lábios com os meus não tinha explicação racional. Eu amava o gosto, a textura, tudo. Eu... Ele era meu, não tinha o que eu não gostasse, até mesmo seus defeitos eram lindos para mim, eram parte dele e isso que era importante.

{•••}

Luhan POV

Eu estava sentado a mais de duas horas na frente do computador tentando fazer um trabalho que tinha que entregar na segunda-feira, era pra ser algo fácil, eu tinha que fazer um planejamento para uma casa para ver se passo no teste da empresa. Acontece que nada é fácil quando Oh Sehun resolve invadir seus pensamentos e fazer morada.

Eu estava pensando no convite que o Baek fez, de a gente ir morar com eles. É uma ideia maravilhosa, era os planos que nós tínhamos desde que nos conhecemos, mas eu tinha medo de morar com Sehun. Era como começar um namoro, o que quer dizer que com o tempo ele descobria meus segredos, com o tempo ele conheceria cada detalhe meu, saberia cada sorriso e cada olhar, assim como eu saberia os seus.

E eu não sei se estou pronto para isso, seria uma incerteza. Sehun é muito novo, ele é muito inteligente de fato, conseguiu pular duas séries e entrar na faculdade antes, mas ainda sim era muito novo. Ele tem um futuro pela frente, um dia ele pode simplesmente acordar e ir embora atrás de outro desejo, para ele seria muito fácil, quem ficaria com o coração partido por ter se entregado por inteiro seria eu.

Em meio aos meus diversos pensamentos ouvi alguém bater na porta. Daria graças a Deus por alguém ter me feito parar com a autocomiseração, se esse alguém não fosse o motivo dos meus mil pensamentos.

Sehun entrou no meu quarto, sentou-se na cama e ficou me olhando em aqueles olhinhos de criança que quer um doce e não tem coragem de pedir.

Eu fui andando até ele e sentei em seu colo, de frente para si. Meus joelhos estavam apoiados do colchão macio.

— O que foi?

— É que... Eu tava penando naquilo que o Channie disse, sobre... a gente morar com eles. Eu queria saber se... se...

— Eu gostaria de ir?

Ele apenas assentiu com a cabeça, ele estava tão fofo, não resisti e enchi aquele rostinho de beijos, até chegar aos seus lábios e os tomar com vontade.

— Se tu quiser ir, sabendo que é como um namoro, eu vou contigo, eu quero. – nossas testas estavam coladas, meus lábios roçavam nos seus quase começando um novo beijo.

— Eu não quero que seja como um namoro.

— Não...?

— Não. – disse ele sorrindo. – Eu quero que seja um namoro. O que você acha?

Não respondi, nem acho que precisava, acho que os olhos dizem todas as verdades mesmo quando nossos lábios mentem, e os meus olhos diziam o que queria.

Comecei a beija-lo novamente, suas mãos seguravam minha cintura com firmeza, não pude evitar começar a rebolar sobre seu baixo ventre, eu não consegui evitar, meu corpo precisava do seu a todo instante.

— Isso é um sim?

Sorri pra ele e tirei sua blusa, seus lábios distribuíam beijos estalados pelo meu pescoço me fazendo rir.

Logo tirei a minha camisa e uni nossos lábios novamente, eu o queria naquele momento.

Sehun me virou na cama me deitando no colchão, tirou minha calça junto com a boxer e distribuiu beijos pelo meu corpo, ele deu uma sugada rápida no meu membro e se levantou.

— Sehun-aaah...

Ele tirou suas calças, não vestia roupa intima – sinto que ele chegou aqui com segundas, terceiras e quartas intenções – e subiu sobre mim novamente.

Nossos membros nus se friccionavam me fazendo gemer durante o beijo, ele mordia os meus lábios e sugava a minha língua. Sehun me trazia sensações que eu nem sabia como explicar, eu só sabia que gostava e que queria mais e mais.

O virei na cama ficando por cima, beijei seus lábios e fui descendo pelo queixo, pescoço, clavículas, peito, sugando cada pedacinho de pele por onde meus lábios passavam, deixando uma trilha avermelhada até seu membro, que chupei com muita vontade, como se nunca tivesse provado algo tão gostoso.

Sehun se contorcia na cama estocando a minha boca. Quando senti ele estava perto de gozar peguei o tubo de lubrificante ao lado da cama e dei para que ele me preparasse, ficando de bruços.

Seus dedos entraram em mim acertando meu ponto com precisão, eu gemia loucamente, garanto que quem passasse pela porta – ou até quem não passasse – poderia ouvir, mas eu não conseguia me conter, Sehun me deixa extasiado.

Não demorou para que eu sentisse seu membro entrando em mim, ele me estocava ora rápido, ora lento até demais, e eu gostava de como seu corpo completava o meu, de como eu sentia sua necessidade em me ter.

Sehun saiu de mim e me virou na cama, me fazendo ficar de frente para si, ele tomou meus lábios com fervor e voltou a se enterrar em mim de uma única vez, minhas pernas estavam envoltas em sua cintura e nossas mãos entrelaçadas sobre minha cabeça.

Eu não sabia o que era mais prazeroso, o seu jeito dominador de dizer o quanto me queria, a forma como ele me estocava ou o desejo com que me beija.

Eu só sabia que precisava de mais, eu queria mais, mesmo com ele dentro de mim não era suficiente.

Seus movimentos começaram a ficar mais rápidos, ele gemia rouco em meu ouvido e não demorou para que eu gozasse tamanha era a fricção no meu membro entre nossos corpos.

Sehun se movimentou mais uma, duas, três vezes e pude sentir seu liquido dentro de mim.

Nossas respirações estavam descompassadas. Ele rolou na cama ficando ao meu lado, minha cabeça estava na curva do seu pescoço, eu fazia um carinho ali com o nariz, me embriagando eu seu perfume.

Sehun entrelaçou nossos dedos novamente e ficou olhando nossas mãos que pareciam terem sido feitas para ficarem unidas.

— Posso ligar para o Channie e dizer que nos mudamos amanhã?

— Uhum.

Desentrelacei minha mão da sua e agarrei seu pescoço, passei minha perna esquerda por cima de seu corpo e continuei com a cabeça enterrada em seu pescoço.

Eu não precisava de mais nada, eu o tinha comigo, tinha seu calor, seu abraço, se cheiro e talvez até...  seu amor.

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