Baekhyun POV
— Ahn... Como sabe eu cresci em um orfanato. Eu fui para lá quando tinha sete anos, meus pais morreram em um acidente de avião, como eu não tinha família próxima eu fui parar em um orfanato. Lá eu conheci meu irmão, ele é um pouco mais novo que eu, um ano na verdade. Aquele lugar era horrível Channie, você não faz ideia. – As lágrimas começaram a rolar por minha face e senti seus braços me apertarem mais contra si. – Aquelas pessoas nos batiam ou colocavam de castigo por qualquer coisa, ele era tão pequeno, tão frágil, mesmo eu também sendo pequeno eu precisava cuidar dele, eu já o amava. E então era sempre sim, nós éramos um pelo outro, desde que estivéssemos juntos nada de ruim poderia acontecer, e foi assim até meus quatorze para quinze anos. Foi quando eu descobri que gostava de meninos. Eu estava escondido em um armário com outro garoto e nós estávamos trocando alguns beijos, e bom, sabe... estava quase rolando, mas então um dos “cuidadores” pegou a gente e nos deu a maior bronca. — suspirei.
— Eu achei que era só aquilo que ele não fosse fazer mais nada além disso, mas eu estava bem enganado. Durante a noite ele entrou no quarto em que eu dormia e me tirou de lá dizendo para que ficasse quieto, me levou para uma sala afastada e disse que ia mostrar como os meninos faziam. Foi a pior coisa que já me aconteceu, e aquilo foi a gota d’água pra mim. Eu nunca contei a meu irmão o que aconteceu, eu só disse que precisávamos ir embora, e aproveitamos a saída da escola para fugir, dei um jeito de nos transferir para outra escola, aluguei um quartinho e arrumei um emprego em uma cafeteria. Ele trabalhava em uma biblioteca para que pudéssemos pagar o aluguel e comprar comida, ele deixava eu guardar o dinheiro que sobrava para que pudesse fazer minha faculdade um dia. Mas com o tempo tudo foi aumentando os preços e parecia que meu salário diminuía. Uma noite quando eu estava fazendo hora extra um homem entrou na cafeteria fazendo vários elogios, me prometendo mundos e fundos caso eu trabalhasse para ele. Foi assim que eu conheci o Luhan, ele também morava em Seul, ele já trabalhava para esse cara há uns dois anos. E bem, o trabalho... eu tive que me... vender. Eu consegui o dinheiro para nos manter, mas da pior forma.
Parei um pouco para respirar com calma, secando minhas lágrimas e entrelaçando meus dedos aos de Chanyeol, e ao contrário do que eu pensei que ele faria, Chanyeol apenas me acariciava, agora brincando com meus dedos que estavam junto aos seus.
— Eu e Luhan ficamos muito amigos, ele também queria fazer faculdade de design, e bom, começamos a nos ajudar nos estudos e três anos depois conseguimos uma bolsa para estudar aqui. Eu tinha um bom dinheiro guardado então nem pensei duas vezes, mas não poderia trazer meu pequeno comigo, eu deixei metade do que eu tinha com ele e disse logo voltaria, que nós moraríamos em um lindo apartamento com nossos amigos. Na época ele estava muito apaixonado por um garoto da sua escola, e eu lhe disse que eles se casariam e a gente seria uma família feliz.
— Mas alguns meses – dois – depois que vim para cá, eu não sei o que aconteceu, seu telefone ficou fora de área e nós nunca mais conseguimos nos falar. E às vezes eu penso que algo ruim pode ter acontecido, às vezes me culpo por ter ido embora e tê-lo deixado. Eu não queria o abandonar, achava que esse seria o melhor para nós dois. Se eu tivesse uma faculdade teria mais oportunidades e nunca mais passaríamos necessidades. Mas agora ficar sem saber onde e como ele está me corrói. – minhas lágrimas escorriam sem parar, os meus soluços eram altos. E ao contrário do que eu pensei, Chanyeol não se afastou de mim, em nenhum momento, pelo contrário, ele me mantinha mais perto, fazia carinho e agora... Chorava também?!
“One, two, three, one, two three, drink
1,2,3 1,2,3 beba
…
Thrower back till I lose count
Bebo todas, até perder a conta
…
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Destiny
Fanfiction[BaekYeol/ ChanBaek] Segunda-feira estou embarcando para Londres. Um lugar onde não conheço ninguém, não sei os costumes e nem sei como vai ser me adaptar. Mas o mais difícil é deixar meus amigos, meus planos. Mas agora, seguir em frente não é ma...