Capítulo 8 - Jovens e quase amados

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Ainda atônita, Amy não sabia o que fazer. Ela não sabia se caminhava,se esquecia, o modo com a garota disse aquilo fez Amy sentir um grande frio, e ela percebeu que

Havia algo misterioso naquela garota, e não seria algo bom.

Ela tinha certeza disso. Após voltar em si, Amy viu aquela grande e extensa escadaria, lembrou-se de sua casa e limpou a garganta. Com esforço, ela subiu o primeiro degrau e sim, o salto-alto piorava drasticamente, seus pés doíam e Amy tinha certeza que iria estar com galos.
 
O percurso era grande e tenso,além de suportar as dores em seus pés, deveria se preocupar em alguém estar vindo, pois como a garota disse, se a-encontrassem, Amy iria receber a primeira detenção.
 Depois de vários passos dados, ela sentiu, não sabia, mas tinha quase certeza que estava próximo á seu quarto, logo que chegara ao segundo andar do colégio, e os números nas portas eram entre  cinquenta e sessenta. De repente, uma mão agarrou seu pulso e ela estremeceu
"Poderia ser aquele garoto novamente?"
Mas então, olhos castanhos a confortaram, não era Brandon e sim, James. Ele usava um casaco preto e um cachecol estava envolto em seus pescoço, mostrou um sorriso afetivo para Amy que não se conteve e retribuiu.  Ela sentia algo inovador em seu corpo. Algo libertador.  Algo que não queria sentir, e por anos tentava evitar, ela temia estar gostando dele.
Ele a-fitou por alguns minutos e percebeu que Amy tremia

- Está com frio? - perguntou ele preucupado - espere.

Ele retirou seu casaco e colocou-o sobre seus ombros, Amy assentiu agradecida, afinal, ao dia o clima já é frio, e á noite, duplicava-se.

- Obrigada. - agradeçeu ela tímida.

- Me siga. - Avisou ele - temos que ser rápidos.

- Eu tenho que ir no meu quarto...

- Por favor. - implorou ele ansioso, e Amy não conseguia entender o porque dele estar daquele jeito

- Está bem - respondeu ela, e com o único resto de arrogância que sobrara, completou - afinal, não quero perder meu tempo com idiotas.

- Agradeço o elogio - sorriu ele brincalhão, mas logo ficou sério - agora vamos?

Ela assentiu e James seguiu, ela tentara dar uma passada em seu quarto, mas ele não deixou, disse que seria perigoso. Eles continuaram até chegar numa das escadas, próxima ao quarto de número 100. Ela se perguntou quem viveria ali,e teve certeza que essa pessoa seria corajosa.
 Haviam dois cordões, pelo que James dissera, a direita trazia uma mais simples, feita de cordas traçadas, e a esquerda, abriria degraus na parede com um mecanismo, ele opinou pela mais simples pois a outra poderia fazer ruídos.
 Ao longe, uma cortina de seda branca voava ao vento que entrava pela janela, e tal trouxe calafrios á Amy.
 
- Parece que está emperrada. - sussurrou James - Me ajude.

Bufando, Amy se aproximou e puxou o cordão, num solavanco, os degraus deslizaram pela parede, ambos presos na corda.

- Primeiro as damas. - James sorriu provocante

Amy suspirou e pôs o pé direito

- Boa opção! - comentou James sorridente "ele só sabe fazer brincadeiras?" Perguntou-se Amy.
 Um salão imenso deixou-a maravilhada, as estantes encostadas ás paredes completamente entupidas de livros, "quantos romances poderia ter ali?" Pensou Amy torcendo para ler todos, um pouco mais alto, a luz da lua entrava pelas muitas janelas ao redor, era tudo tão lindo e perfeito. O piso azulado tinha desenhos em branco, que ao serem iluminados pela luz lunar, refletiam como estrelas.

- Então? - perguntou James ajeitando sua roupa - O que acha?

Amy não tinha palavras para explicar quão belíssimo era aquele lugar, e uma grande vontade de ler fluía pelo seu sangue

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