I Want You [AU Larry Stylinson]

15. Estranhamente feliz

[Louis]

Corri até ele e o mesmo me encarou, em confusão:

- Louis, o que você-

Eu não o deixei terminar, porque grudei meus lábios nos dele.

De início Harry não me acompanhou, nem tentou se afastar de mim. Mas depois de não sei quantos segundos ele se rendeu ao meu toque e passou os braços pelo pescoço, puxando a minha nuca e aprofundando o beijo.

Era um beijo diferente dos outros que eu já havia lhe roubado. Não tinha pressa alguma, era como se nós apenas estivéssemos aproveitando aquele tempo juntos. Sua boca se mexia em harmonia com a minha, nossas línguas ainda não haviam se tocado, mas logo eu pedi passagem e ele me permitiu.

Eu puxei seu corpo, colando-o ao meu e não fiquei chateado por ter que ficar na ponta dos pés para beijá-lo, porque de alguma forma aquilo era legal. Harry embrenhou seus dedos nos meus cabelos e eu não contive um gemido, apertando meus dedos em sua cintura fina.

Voltei a minha posição inicial e ele veio comigo, inclinando sua cabeça na minha direção, não deixando o beijo se partir, suas mãos saíram dos meus cabelos e vieram parar em meu rosto, no qual ele acariciou seus dedos longos em minhas bochechas enquanto minhas mãos passeavam carinhosamente pelas suas costas.

Era um beijo tão gostoso, daqueles que você não quer parar, mas infelizmente o ar se fez necessário e encerramos o beijo com selinhos lentos, como se não quiséssemos desgrudar um do outro. Sua testa se encostou a minha e eu pude sentir seu hálito quente juntamente com sua respiração ofegante sobre o meu rosto.

Eu ainda estava de olhos fechados e também estava ofegante, mas não contive um sorriso. Abri lentamente os olhos e o vi me encarar extremamente confuso, porém corado. Eu afaguei sua cintura e me afastei um pouquinho dele. Harry soltou meu rosto e também deu um passo para trás, olhando para os pés, não querendo me encarar devido à vergonha.

Eu quis rir, mas me segurei. Pigarreei a garganta e ele me olhou, mordendo os lábios e ainda corado. Se ele soubesse o quão excitadamente fofo ficava fazendo aquilo, não faria na minha frente. Eu tive que me controlar para não agarrá-lo de novo e suspirei.

- Me desculpe... – eu pedi, coçando a nuca e pedindo internamente que ele não me matasse, apesar de não estar nem um pouco arrependido de tê-lo beijado.

- Anh... – ele parecia meio perdido, mas conseguiu me responder – Não tem problema – disse baixinho, quase eu não consegui escutá-lo – Eu também quis.

Dessa vez eu não contive mesmo o sorriso, acho que eu devia estar com um sorriso bem largo, quase rasgando o rosto. Estranhamente aquela confissão dele me deixou extremamente feliz. Isso era sinal de que eu tinha feito – pela primeira vez – alguma coisa certa.

- Então... – eu hesitei, sem tirar o sorriso idiota da cara – Você não vai gritar comigo por querer te beijar de novo?

Harry me encarou, cerrando os olhos e crispando os lábios, não acreditando na minha cara de pau – ou como eu digo: sinceridade extrema –, mas acabou sorrindo timidamente.

- Não, eu não vou.

Eu acabei rindo, sentindo as minhas bochechas esquentarem. O que me fez sentir estranho, porque Louis Tomlinson não cora.

 - Ótimo, porque eu vou te beijar de novo.

Terminei de falar, voltando a me aproximar dele, ficando na ponta dos pés de novo e o beijei. Dessa vez, minhas mãos que ficaram em seu pescoço enquanto ele me puxava pela cintura, colando meu corpo no dele enquanto nos beijávamos intensamente.