13. Prove ao contrário

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[Harry]

- Cala a boca, Harry! – Louis me interrompeu e quando dei por mim, senti seus lábios nos meus.

De início eu fiquei em choque, mas milésimos de segundos depois ao sentir aqueles lábios que eu tanto gostava sobre os meus, a ficha caiu do que realmente estava acontecendo. Por impulso, e também tirando uma força que eu não sabia que tinha, empurrei o Louis e ele me fitou incrédulo.

- Você acha que é só me agarrar que vai resolver as coisas? – perguntei, minha voz estava estranhamente calma.

Louis não disse nada, apenas me encarava – ainda incrédulo pelo modo como eu o afastei de mim.

- Louis, você nunca vai me ter. – eu disse e ele me encarou sério, agora – Não vai porque você não sabe como conquistar uma pessoa. – suspirei, sem desviar dos seus olhos azuis.

- Mas eu quero você. – ele disse, firme.

E eu ri.

Na verdade, eu gargalhei.

- Não, você não me quer de verdade – sorri debochado – Você só me quer porque eu disse não pra você. – continuei com o deboche.

- Não é bem assim... – Louis tentou se explicar.

- Não tente me convencer – o interrompi – Olha, Louis... – bufei – Vamos parar por aqui, ok? Eu não quero mais me irritar com você. Então, vamos fazer o seguinte: cada um continua a sua vida como se nada tivesse acontecido. – sugeri – Você continua sendo o jogador popular que gosta de pegar todos e todas sem ligar para os sentimentos de ninguém, e eu continuo com a minha vida.

- Harry, eu tenho sentimentos! – Louis disse, meio que chateado.

- Oh, sério? – ri de novo – Louis, por favor, me esquece.

Eu disse saí daquele gazebo tremendo. Porque apesar de ter dito aquilo para o Louis, eu o queria tanto... Chegava a doer. Mas eu não podia me deixar levar, não mesmo. Eu só queria que o Louis visse que ele não podia sempre ter aquilo que queria, talvez ele mudasse, talvez não, mas eu não queria mais me machucar.

Acho que não dei nem cinco passos de distância daquele lugar quando senti uma mão me virar pelo braço e uma boca sobre a minha – de novo. Não era necessário eu dizer que tinha me agarrado – novamente.

Só que dessa vez, eu acabei cedendo. Entreabri meus lábios e deixei a língua dele encontrar com a minha. Mesmo que o meu cérebro ficasse berrando: “perigo! Perigo! Solte-se dele! Perigo!”, o meu coração batia aceleradamente e me mandava mandar tudo para o inferno e retribuir aquele beijo.

Nossas línguas brigavam por domínio e obviamente a dele ganhou aquela batalha, minhas mãos estavam em seu pescoço apertando levemente a sua nuca enquanto as mãos dele estavam na minha cintura, apertando também. Apenas nos soltamos por falta de ar e Louis continuou na ponta dos pés com a sua testa colada a minha. Nós roçamos os nossos narizes e eu podia sentir a sua respiração quente contra a minha boca, dando-me vontade de beijá-lo mais uma vez.

- Como você diz que quer me esquecer quando me deixa te beijar assim? – ele me indagou, com a voz rouca.

Eu fiquei sem resposta e abri meus olhos, encarando a imensidão azul a minha frente.

- Cala a boca – resmunguei e ele riu.

- Eu realmente quero você, Harry – ele disse, sério – Sinto muito mesmo por tudo que aconteceu antes e eu não suporto a ideia de te ver com outra pessoa que não seja eu.

- Louis... – bufei – Eu já te disse que você só está assim porque não suporta a ideia de eu ter te dito “não”.

- Não é por isso! – ele retrucou.

I Want You [AU Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora