All I Want

Where it came from?

Um simples aperto de mão, fez toda minha forma de encarar aquele dia mudar completamente. Não porque eu estava sentimentalmente abalada pelo acontecido, mas porque me deixou insana e com pensamentos controversos. Por que alguem como ele se interessaria em me conhecer ou saber meu nome? Talvez ele estivesse sendo sarcastico e cruel ao me elogiar, ou ele realmente foi gentil e doce ao se apresentar a mim?

Me virei em direção a ele e tive um imediato contato com seu profundo olhar. Sem perceber, as palavras "Professora, posso ir ao banheiro?" sairam de minha boca e me virei encarando a mulher que me olhava desconfiada, e acenava com a cabeça.

Saí pela porta, e para meu alivio, assim que coloquei os pés para fora, pude ler a placa que indicava o banheiro.

Fiquei um tempo encarando minha imagem no espelho, sem pensar em nada. Como se estivesse em outra dimensão. Quando senti meu rosto queimar e uma imagem inusitada veio em minha mente: aquela boca, perfeitamente vermelha, que dava uma sensação de que ao ser provada, liberava pura adrenalina.

Me despedi daqueles pensamentos, passando a mão molhada sobre meu rosto. Tentei achar uma resposta lógica para o que acabara de acontecer, talvez fosse minha pouca, ou quase negativa experiência com o sexo oposto. Essa é uma explicação bem razoável para mim.

     Sai do banheiro e olhei para os dois lados do corredor, o barulho das salas que cobriam o espaço era atormentador. Dei pequenos passos até a minha sala, minha mente vazia se ocupou a contar os azuleijos que haviam no chão. Enfim ao chegar a meu destino, escutei a voz imponente e amedrontadora, minha professora, se exaltando pela minha demora.

Assim que ela acabou seu show de humilhação, sentei no meu lugar e senti que todos os olhares do local estavam em mim, inclusive o dele, que me trazia um sentimento de pertubação. Mesmo assim, continuei ignorando o fato de estar incomodada, e voltei a prestar a atenção na aula.