ANTES DA TEMPESTADE

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ISLA TAYLOR


— Você o quê? — eu exclamei, chacoalhando Sophie pelos ombros, que estava quieta desde o começo daquela conversa.

— Isso mesmo que você ouviu— Victoria concordou com a cabeça.

— Mas não foi culpa dela! — Perrie veio em defesa da amiga. — Ela estava muito bêbada!

— Todas nós estávamos, mas só a Sophie abriu a boca! — eu rebati. — Como foi que isso aconteceu?

Sophie me olhou triste e por um momento eu não tive mais raiva dela. Mas só por um momento. Porque depois eu me lembrei do que ela havia feito e a raiva voltou com tudo.

— Eu estava com o Danny. Nós estávamos ficando— ela começou, falando lentamente como se estivesse se lembrando da noite anterior. — E eu estava bebendo um pouco demais. Então ele disse que precisava ir ao banheiro, e eu fiquei esperando na mesa... daí, do nada, apareceu a porra do John e começou a me encher o saco para dançar e ficou beijando o meu pescoço, e eu não tinha forças para empurrá-lo, e o Danny não chegava, e...

— Tá — eu a cortei. — E o que isso tem a ver com a merda que você jogou no ventilador?

— Posso terminar? — ela perguntou, parecendo irritada.

Assenti com a cabeça e ela continuou a falar.

— Então. Aí eu pedi para ele parar e ele parou. Mas então ficou me enchendo o saco, perguntando porque nós estávamos andando com os perdedores. No começo eu não respondi nada, mas aí ele voltou a beijar o meu pescoço, e o Danny não chegava, e eu comecei a ficar nervosa e...

— E...? — perguntei impaciente.

— E as palavras jorraram da minha boca! — ela exclamou.

— Que palavras, exatamente, Sophie? — eu quis saber, sentindo o meu coração bater na garganta.

— "Nós estamos andando com os perdedores porque eu descobri que eles são os donos do Conte Seu Babado e agora eles tem que fazer tudo que a gente manda, agora para de me encher o saco, John" — ela repetiu exatamente o que tinha dito para o garoto mais popular e influente do colégio.


TOM FLETCHER


O dia começou relativamente bem.

Acordei no meu quarto com a cabeça enfiada no travesseiro, e um fio de baba descia pela minha boca. Eu usava apenas boxers e o cheiro do perfume de Isla ainda estava na minha pele.

Levantei-me ao ouvir uma música alta sair do quarto de Harry e decidi me juntar a ele. A porra do Harry sempre acordava duas horas antes de todo mundo.

—Tá feliz, dude? — perguntei, entrando sem pedir autorização e me jogando na cama. — A noite foi boa?

— Foi— Harry admitiu, saindo de frente do computador e se jogando ao meu lado. — Eu quase fiquei com a Perrie.

— Por que quase? — perguntei, estranhando.

Harry sempre fora o mais pegador e o mais rápido no gatilho dentre nós; enrolar todo aquele tempo para investir em Perrie estava sendo atípico.

— Porque... ah, cara, sei lá. Eu não quero pegar ela de qualquer jeito, em qualquer lugar, como eu sempre fiz com as outras... — Harry desabafou.

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