EU TE AMO

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TOM FLETCHER


Eu não achei que ignorá-las fosse ser tão difícil, mas dude, foi... foi pior do que eu imaginei! Ver Isla ali parada ao lado de Sophie – que parecia realmente arrasada – e não poder me explicar, dizer que era verdade o que eu quis dizer no outro dia, abraçá-la e mostrar para todo o mundo que era ela que eu queria foi muito foda.

— É só passar reto, dude — Dougie incentivou Danny, que estava com um péssimo humor, meio pálido. — Ela não te levou a sério e merece isso.

— Eu sabia desde o começo que isso ia dar merda... — ele murmurou, chutando o chão como uma criança mimada. — Mas por que ela tem que ser tão... gostosa?

— Elas sempre são — Harry disse sem tirar os olhos das pernas de Perrie, que estavam à mostra em uma saia xadrez.

— Força, Danny, hoje é um novo dia! — eu disse exageradamente, fazendo ele forçar um sorriso.

As três primeiras aulas se arrastaram dolorosamente, até que finalmente o sinal tocou e eu dei um pulo da cadeira, lembrando-me de onde estava. Harry já havia saído para o intervalo porque tinha que devolver algo para alguém e Danny e Dougie estavam na diretoria por quebrar o lixo da sala.

Previsível.

Andei pelos corredores, parando para cumprimentar alguns amigos e amigas. Saindo do emaranhado de pessoas no corredor, fui até a biblioteca, sem antes esbarrar em John.

John, que sabia do Conte Seu Babada.

Esse John.

— E aí, seu gay! — ele exclamou, dando-me um empurrão. — Algum babado hoje?

— Vai se foder, John — eu disse, peitando ele.

Nós éramos da mesma altura, mas ele definitivamente era mais forte.

— Eu vou me foder e foder a sua garota ao mesmo tempo — ele disse, apontando para Isla que passava com Sophie atrás de nós naquele exato momento. Eu fechei os olhos e respirei fundo. — O que foi, Fletcher, ficou bravo? Então ela é mesmo a sua garota? Não sei como alguém pode ficar com um perdedor como você... mas a Isla sempre fora meio burrinha, não é mesmo?

Então, com um lampejo de força e raiva, eu virei um soco no seu nariz, e John caiu para trás, apoiando-se nas mãos. À essa altura, todos em volta já estavam parados em um círculo e cochichavam. Isla estava lá, mas, ao invés de fofocar, olhava-me com preocupação.

— Vocês viram isso?! — John exclamou, levantando-se e sorrindo por cima do sangue que escorria do seu nariz. — O nosso Thomas aqui ficou bravo porque eu falei algumas verdades da sua amada Isla!

Os cochichos ficaram mais intensos e eu senti a mesma raiva que sentira alguns segundos antes me dominar. Respirei fundo mais uma vez.

— Cala a boca, John — sibilei, tentando não gritar aquilo.

Cala a boca, John! — ele repetiu, fazendo uma voz afeminada. — Queria saber qual seria a sua reação se eu contasse a todos os seus amigos que você...

— John! — Isla exclamou, cortando o que ele iria falar. Todos viraram os seus rostos para ela, que entrava no meio da roda de maneira firme. Olhei para Isla aliviado, mas ela me ignorou, e andou decidida em direção a ele. — Sério, porque você ainda perde o seu tempo?

John sorriu, o sangue parando de escorrer pela boca. Ela parou ao seu lado e foi envolvida pelos seus braços.

— Isso não vai ficar assim, Fletcher — ele disse, olhando-me com ódio, os braços apertando ao redor de Isla.

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