Baseado na música Romântico Anônimo - Marcos e Belluti
Luiz Otavio Medeiros sempre foi apaixonado por uma menina que conheceu na infância. Agora ele fará de tudo para conquista-lá.
Mariana Santter no fundamental, teve tudo o que uma garota sonha: po...
Ela achou que quem mandou aquele buquê, não mandaria mais nada.
Mas lá estava ela, sentada na sua cama em um fim de semana, segurando outro buquê.
Ou pelo menos, tentando segurar, já que esse era bem maior que o outro.
Era um buquê realmente lindo e colorido. Com certeza, quem havia mandado tem bom gosto.
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Ela encontrou um bilhete em meio as rosas que não tinha visto antes.
Eu queria me relevar, te abraçar e não te largar nunca mais. Mas tenho medo de você não gostar de mim e acho que ainda não é o momento certo. Garanto que ainda vamos ser um casal muito feliz.
Seu romântico anônimo.
Mariana virou o verso do pequeno cartão e viu escrito:
"Eu não preciso te olhar pra te ter em meu mundo, porque aonde quer que eu vá, você está tudo. Tudo que eu preciso. Te vivo"
Ela sabia que era a letra de uma música, mas aquilo mexeu com algo em seu coração.
Ficou apreensiva. Ela deveria ficar com medo dessas atitudes vindas de um estranho, mas estava se sentindo leve e feliz.
Se sentia amada de algum modo.
Começou a sentir, bem lá no fundo do seu coração, algo brotar.
Não podia nutrir sentimentos por alguém que não conhece e muito menos alguém que nem sabe quem é.
"É loucura" ela pensou, "só posso estar louca".
Não sabia como, mas algo a fazia sentir familiarizada com o tal romântico anônimo.
Isso quase a fez ligar para um psiquiatra e pedir de joelhos para que fosse internada numa clínica.
"Talvez não seja loucura, ele disse que queria uma segunda chance, então ele me conhece. Será Diego?"
Ela ficou aflita.
Não seria nada bom ter aquele homem de novo em sua vida.
Mas era quase impossível ser ele. O crápula estava do outro lado do mundo se achando como modelo.
Como uma pessoa que nem se sabe quem é, mexe tanto com alguém?
-//-
Não sabia se estava fazendo certo expondo tantos sentimentos em um cartãozinho, mas Luiz não aguentava mais esperar.
Ele ia se jogar de cabeça como havia dito. Poderia se machucar, poderia ser rejeitado, mas pelo menos ele poderia dizer que tentou.
Quando ele estava sozinho naquela casa grande e silenciosa, pensava demais.
Começava pensando em pizza e terminava pensando em um entregador com patins voadores e uma história que ele ia narrando baixinho como se estivesse conversando com alguém e participando do que ele inventava.
Decididamente ele precisava falar tudo logo com Mariana ou ia enlouquecer.
Devia ser castigo dos deuses por algo que tinha feito na vida passada.
Se apaixonar, pelo menos no caso dele, não estava sendo algo promissor.
Então, para não ficar louco de vez, Luiz colocou música e pela primeira vez, se rendeu a conhecida e temida "bad".
Sua playlist não contribuía. Passava de triste para desespero nível hard a cada música.
Como ele adquiriu essa playlist sem perceber?
Talvez porque antes as músicas não continham nada demais para ele.
- Eu desisto da vida - ele disse indo até a varanda e olhou a altura. - É... Desisto só por hoje.
Então, ele entrou para dentro, tomou um calmante e foi dormir.
