Um mês se passou e as coisas para Luiz em relação à Mariana só pioravam.
Nesse tempo, ocorreram várias ligações dele para ela e em todas, ele foi atendido pelo pior lado de Mariana. Ela estava sendo grossa e o ofendia em todas as oportunidades que tinha.
Luiz já se sentia desanimado, vivia cabisbaixo pelos cantos e a única pessoa que lhe arrancava um sorriso ou outro, era Chris. O garoto se tornou seu porto seguro e seu maior confidente.
Naquela manhã de terça-feira, ele foi acordado pelo despertador do celular de Chris o avisando que era hora de levantar para ir à escola. Apesar de nunca ter tido nenhum tipo de ensino, o menino estava se saindo bem e se mostrando bastante inteligente, coisa que não surpreendeu Luiz.
Depois de deixar Chris na escola, seguiu para a agência. Ao analisar a agenda do dia entregue por Mirian, viu que tinha muitos ensaios programados para aquele dia, inclusive um de Mariana para uma marca de sapatos.
Para muita gente, seria uma oportunidade incrível para Luiz falar com ela já que a mesma não poderia sair do local de trabalho, mas para ele, era apenas mais um fora. Sabia que ela não iria falar com ele e que se falasse, sairiam apenas grosserias de sua boca. Sabia disso porque já havia tentado.
Sua cabeça estava explodindo e se tinha algo que o fazia se sentir melhor, era café. Saiu de sua sala para pedir à Mirian que buscasse uma xícara de café para ele mas ela não se encontrava em sua mesa. Provavelmente estava resolvendo algo ou de namorico pelos cantos com Renan. A solução era ele mesmo buscar o tal café.
A lanchonete da empresa era pequena mas com a decoração sofisticada. Tudo servido de graça aos funcionários.
Luiz pediu seu café à garçonete que praticamente o comia com os olhos. Assim que recebeu seu pedido, virou a xícara rapidamente sem se importar com a temperatura da bebida.
Logo Renan veio reclamar que estava uma bagunça porque um dos fotógrafos havia avisado em cima da hora que não poderia vir ao ensaio para o qual tinha sido designado. Para ocupar a cabeça, Luiz decidiu fazer as fotos ele mesmo e deixar o melhor amigo no comando nesse tempo.
Foi revigorante voltar a fazer fotos, não tão quanto seria se fosse de casamentos ou natureza mas ele amava ser fotógrafo e por causa das responsabilidades de ser empresário, tinha tempo que não fazia um trabalho.
Luiz achava que os momentos se eternizam nas fotos assim como nas lembranças. Ele escolheu esse trabalho pela satisfação de eternizar e capturar a felicidade.
- Pronto Renan, problema resolvido. - Disse entrando na sala do gerente.
- Ufa. Você me livrou de um baita caos. Mas agora você tem outra obrigação.
- O que foi agora?
- Os figurinos para as fotos de divulgação da agência precisam ser escolhidos e como eu sei que você gosta de cuidar dessa parte pessoalmente...
- Ah, claro.
- E como é de sua preferência, a modelo que passou no teste vai te ajudar a escolher.
- E quem passou?
- Deixe-me ver. - Disse procurando em uma pilha de papéis. - Não sei onde coloquei esse maldito papel.
- Não tem problema. Eu descubro lá.
- Okay então. A modelo já está escolhendo.
- Vou lá antes que ela faça alguma burrada.
Luiz se dirigiu até a sala de figurinos, mas não avistou a modelo, então decidiu ir selecionando as roupas até que ela resolvesse dar o ar da graça. Inspecionando as araras, achou um vestido que seria perfeito, mas ao puxar, sentir que alguém havia puxado do outro lado também.
- Ei, eu estou tentando pegar esse vestido. - A moça deu a volta na arara e o encarou. - Ah, não. Você está me perseguindo de novo?
- Eu não. Estou trabalhando.
- E o que o chefinho faz procurando vestidos? Por acaso vai vestir algum?
- Não. Eu gosto de selecionar os figurinos junto com a modelo que vai participar da divulgação.
- Espera! Essa sou eu.
- Então eu sinto muito Mariana, mas você vai ter que me aturar um tempinho.
- Ossos do ofício. Mas não ouse tentar nada.
Passado alguns minutos, já tinham selecionado uma quantidade considerável de roupas para verem qual ficava melhor. Durante todo o tempo, Mariana dava um jeito de alfinetar Luiz com ironias e comentários ruins.
- Quem foi que te ensinou moda? Um gorila? Isso nunca vai ficar bonito.
- JÁ CHEGA MARIANA!- Luiz se exaltou mas abaixou o tom ao perceber que estava falando alto demais. - Eu não aguento mais ser pisado por você. Cansei.
- Grosso!
- Eu? E você é o que? Delicada como um coice de mula.
- Eu uso a minha educação com quem merece.
- E quem merece? O Diego?
- Sim! Ele não mente sobre quem é.
- Eu não menti sobre quem sou. Fui totalmente eu. Apenas não disse meu primeiro nome e também não disse que já te conhecia.
- Falso! Você é um falso!
- Metida!
- Falsiane!
- Enjoada!
- Mentiroso!
- Patricinha!
Enquanto trocavam insultos, se aproximavam cada vez mais para intimidar o outro. Mas o que era uma troca de insultos, virou uma troca de beijos ardentes. Foi iniciativa mútua. Só pararam quando a falta de ar era grande.
- Amo o jeito que você me beija. - Luiz disse ainda ofegante.
- Eu não te beijei. Você me beijou.
- Vamos combinar que foi começado pelos dois.
- Foi você e ponto final. E que isso não volte a se repetir. Não se deve beijar uma mulher sem a permissão dela.
- Não me pareceu que você tinha algo contra ou que não estava permitindo. - Ele sorriu de lado.
- Ora, cale a boca seu... seu... seu... CAFAJESTE. - Mariana saiu batendo os pés.
- Olha eu de novo na estaca zero. - Luiz suspirou.
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VOLTEEEEEEEI!!!!Estamos quase ou até mesmo já estamos na reta final de Romântico Anônimo.
Depende muito de até onde minha criatividade vai me levar.
Queria dizer que esse casal já está me enlouquecendo. SE CASEM!!! #Mariz
Espero que gostem. Até o próximo capítulo.
Beijinhos e brigadeiros.
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Romântico Anônimo (Concluído)
RomanceBaseado na música Romântico Anônimo - Marcos e Belluti Luiz Otavio Medeiros sempre foi apaixonado por uma menina que conheceu na infância. Agora ele fará de tudo para conquista-lá. Mariana Santter no fundamental, teve tudo o que uma garota sonha: po...