Depois de muito pensar, Luiz decidiu agir mais como o Otávio e conquistar Mariana. Para então, contar que era o romântico anônimo.
Faria tudo com gestos simples. Não queria assustar a garota com investidas perigosas e perdê-la mais uma vez não era uma possibilidade.
O plano era mandar presentes durante meses em todos os finais de semana até Mariana perceber o padrão e depois simplesmente parar. Queria ver se ela sentiria falta.
Seriam presentes significativos, mas não monetariamente e sim, envolvidos com sentimentos. Assim como Luiz é.
Trabalhar na agência já havia virado algo mecânico pra ele, mas sabia que ainda amava o que fazia. Só estava focado em algo que envolve mais amor.
A insegurança de dias atrás ainda se fazia presente nos pensamentos do rapaz. As dúvidas que o rondavam eram infinitas.
"E se ela se apaixonar pelo romântico anônimo e não gostar de quem ele é?"
"E se ela ficasse brava ao descobri que eu sou o Luiz da infância?"
Ele não conseguia encontrar uma posição confortável em seu sofá. Sentia como se milhares de pregos o perfurassem.
Tentava pensar em algo que fosse significativo e simples e que deixaria Mariana impressionada e com as estruturas abaladas, mas nada vinha à sua mente.
Resolveu ligar para Mirian e ver qual conselho ela tinha.
- Alô!! Você sabe que horas são Luiz?
- Uma hora da tarde.
- Uma hora da tarde de um sábado. Você não dorme não?
- Já dormi. Mas estou precisando muito da sua ajuda Mi.
- Sendo assim, faço um esforço. Diga.
- Eu quero dicas sobre o que dar para a Mari.
- Só podia ser!
- Não enche! Então, tem que ser algo simples e significativo.
- Pode ir parando. Não precisa ser simples. Essa já é velha, ela vai perceber na hora.
- O que eu faço então?
- Um colar de ouro branco que lembra pureza. Vai ser uma referência bem escondida à infância.
- Mirian, você é genial.
- Albert Einstein revirou no túmulo de inveja, meu querido.
-//-
Mariana terminava de lavar a louça quando ouvir alguém bater à porta.
- Posso ajudar? - ela disse ao abrir a porta e se deparar com um menino que aparentava ter uns 8 anos e estava muito sujo.
- Oi moça. Você é a Mariana?
- Sou sim.
- Um moço pediu pra te entregar.- mostrou uma caixa preta com detalhes em dourado.
- Que moço?
- Ele disse que não é "pra eu" saber.
- Ah, claro - ela riu baixo pela inocência do garoto - Qual o seu nome?
- Christopher.
- Oi Chris. Onde você mora?
- Ah moça, eu moro em todo canto.
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Romântico Anônimo (Concluído)
RomanceBaseado na música Romântico Anônimo - Marcos e Belluti Luiz Otavio Medeiros sempre foi apaixonado por uma menina que conheceu na infância. Agora ele fará de tudo para conquista-lá. Mariana Santter no fundamental, teve tudo o que uma garota sonha: po...