Capítulo 12

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Depois de muito pensar, Luiz decidiu agir mais como o Otávio e conquistar Mariana. Para então, contar que era o romântico anônimo.

Faria tudo com gestos simples. Não queria assustar a garota com investidas perigosas e perdê-la mais uma vez não era uma possibilidade.

O plano era mandar presentes durante meses em todos os finais de semana até Mariana perceber o padrão e depois simplesmente parar. Queria ver se ela sentiria falta.

Seriam presentes significativos, mas não monetariamente e sim, envolvidos com sentimentos. Assim como Luiz é.

Trabalhar na agência já havia virado algo mecânico pra ele, mas sabia que ainda amava o que fazia. Só estava focado em algo que envolve mais amor.

A insegurança de dias atrás ainda se fazia presente nos pensamentos do rapaz. As dúvidas que o rondavam eram infinitas.

"E se ela se apaixonar pelo romântico anônimo e não gostar de quem ele é?"

"E se ela ficasse brava ao descobri que eu sou o Luiz da infância?"

Ele não conseguia encontrar uma posição confortável em seu sofá. Sentia como se milhares de pregos o perfurassem.

Tentava pensar em algo que fosse significativo e simples e que deixaria Mariana impressionada e com as estruturas abaladas, mas nada vinha à sua mente.

Resolveu ligar para Mirian e ver qual conselho ela tinha.

- Alô!! Você sabe que horas são Luiz?

- Uma hora da tarde.

- Uma hora da tarde de um sábado. Você não dorme não?

- Já dormi. Mas estou precisando muito da sua ajuda Mi.

- Sendo assim, faço um esforço. Diga.

- Eu quero dicas sobre o que dar para a Mari.

- Só podia ser!

- Não enche! Então, tem que ser algo simples e significativo.

- Pode ir parando. Não precisa ser simples. Essa já é velha, ela vai perceber na hora.

- O que eu faço então?

- Um colar de ouro branco que lembra pureza. Vai ser uma referência bem escondida à infância.

- Mirian, você é genial.

- Albert Einstein revirou no túmulo de inveja, meu querido.

-//-

Mariana terminava de lavar a louça quando ouvir alguém bater à porta.

- Posso ajudar? - ela disse ao abrir a porta e se deparar com um menino que aparentava ter uns 8 anos e estava muito sujo.

- Oi moça. Você é a Mariana?

- Sou sim.

- Um moço pediu pra te entregar.- mostrou uma caixa preta com detalhes em dourado.

- Que moço?

- Ele disse que não é "pra eu" saber.

- Ah, claro - ela riu baixo pela inocência do garoto - Qual o seu nome?

- Christopher.

- Oi Chris. Onde você mora?

- Ah moça, eu moro em todo canto.

Romântico Anônimo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora