Capítulo 14

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Duas semanas se passaram desde o dia do parque. Luiz e Mariana tinham começado uma amizade que estava indo muito bem.

Luiz queria dar um passo maior e chamar Mariana para um jantar, mas tinha medo de errar e escolher algo que ela não gostasse.

Precisava de alguém que bancasse o stalker. Não poderia pedir para Mirian, já que seria muito estranho a mulher abordar Mariana a perguntando sobre seu prato preferido ou suas alergias.

Com toda a certeza, precisava de alguém que não levantasse suspeitas ao fazer essas perguntas.

Logo, uma pessoa surgiu em sua mente. Luiz se levantou correndo de sua mesa e pediu ao office boy para levar uma carta ao seu ajudante.

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Em casa, Luiz esperava a visita ilustre ansiosamente. Já imaginava que ia fazer um buraco no chão de tanto andar em círculos.

Olhou no relógio pela décima vez e viu que ele estava atrasado dois longos minutos.

"Que absurdo!" , pensou ele.

Antes que Luiz pudesse pensar mais sobre o ultraje, ouviu a campainha e quase atropelou sua empregada com a pressa de abrir a porta.

- Deixa que eu abro Odete. - disse abrindo a porta.

- Olá querido amigo, vejo que estava com pressa de me ver - deu sua risadinha infantil.

- Olá Chris! Tenho uma missão pra você!

- Oba!! Sempre quis bancar o cupido!

- Mas eu não falei que tinha a ver com ela.

- Não falou mas está tatuado na sua testa - o menino foi adentrando a casa - uau - disse olhando tudo maravilhado - olha que casa linda e limpa. Quase consigo me ver nessa mesa. Para Christopher, seja profissional. Ah! Dane-se! - se jogou no sofá - Pode falar!

- Preciso que você descubra do que a Mariana gosta. Principalmente prato preferido.

- Isso vai ser moleza!

- E eu queria te dar isso - entregou um IPhone 7 ao menino.

- Uau! Que lindo! Mas como mexe nesse treco?

- Eu vou te ensinar. Me dá aqui.

Luiz passou uma hora ensinando ao menino todas as funções de um celular. Ficou abismado com a inteligência de Christopher.

- Então Chris, Já tem chip e te ensinei como usar o WhatsApp. Quando estiver com as informações, me manda por lá.

- Tudo bem. Mas o que eu digo para a Mari sobre o celular? Estou morando com ela agora.

- Pode dizer que fui eu que dei.

- Okay. Até mais.

- Tchau.

O menino caminhou até a porta e antes de sumir por ela disse:

- Gosto de você Luiz. Sei que será muito bom para a Mariana.

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"Acho que está na hora do mistério acabar, esteja no La Traviata no Savassi, às 8 se estiver curiosa. Estarei com uma camisa azul com escudo do Capitão América nas costas."

Luiz releu o cartão que iria junto com as flores, tinha decidido que estava na hora de se revelar. Esperava muito que ela aparecesse.

- Seja o que Deus quiser!

Luiz não confiaria aquele precioso bilhete a qualquer um. Por isso se disfarçou e ele mesmo fez a entrega, saindo logo em seguida para não ser pego.

As horas se passaram e Luiz estava muito nervoso por já ser 20:13 e Mariana não havia chegado. Se virou e bateu o pé no chão de forma impaciente enquanto encarava a fachada do La Traviata.

"Com certeza, ela não vai vir." pensou.

Mas a moça já estava atrás dele muito nervosa. Pois tinha avistado o seu romântico anônimo pelas camisa que ele disse que estaria usando.

- Olá, tu que é o romântico anônimo? - A moça disse com certa timidez.

- Sim Mariana - Luiz se virou devagar e a surpresa no rosto dela foi nítida.

- Otávio???

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Eu sei que eu disse que não ia demorar a postar e fiquei quase 2 meses. Mas juro que agora vou voltar... Tive apenas um pequeno bloqueio (coisa que eu nunca pensei que ia ter pois me considero uma pessoa criativa)

Logo logo tô de volta

Beijinhos e brigadeiros.

Romântico Anônimo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora