Capitulo 8 - Quem é o mentiroso?

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- Segura.

A Lara deu-me um chavena com chã para ao mãos e eu bebi depressa para tentar acalmar um poucos os nervos. 

- Estás bem? - ela perguntou acariciando-me a cara. Eu olhava para ela com os olhos arregalados enquanto o Liam e o Harry permaneciam exatamente iguais. 

Eram quase 2h da manhã e nós permaneciamos calados, parados, a olhar para um ponto fixo sem pensamentos na cabeça, sem quaisquer ideias na mente. 

- É impossível. - Liam foi o primeiro a pronunciar uma palavra. 

A minha mãe e a Lara estavam encostadas à mesa de jantar e também caladas, observavam-nos sem saber quase nada da história.

- Claro que é Liam. Simplesmente, nós enlouquecemos.

Liam levantou-se.

- Eu-uuu-u via-aaa tenho a certeza!

- Eu também. - falou o Harry calmamente.

- E eu... se calhar tivemos de uma alucinação. 

- Os três?!

Eu suspirei e virei-me para a janela, observando a noite que se instalara.

- Ou entaõ o diretor mentiu-nos. Não me perguntem porquê... mas alguma coisa nesta história não bate bem. Está tudo muito mal explicado. - disse Liam. Como ele tinha razão...

- E se tudo o que ela disse for verdade?! A Rachel. E se há alguém que anda a controlar tudo isto e só ela conseguiu fugir?! E se ela nunca morreu e simplesmente inventaram essa desculpa porque a experiência que fizeram com ela correu mal?! - quase gritando, falou o Harry e a minha mãe levantou-se revoltada.

- Que estás para aí a dizer?! Eu trabalho aqui à quase 25 anos! Vais me dizer que eu também sou um cientista psciopata que faz experiências com humanos?!!!!

- A Verónica também pode estar sob controlo...

- Não digas disparates Harry! Ninguém aqui contola ninguém! Nós somos simples médicos e eles simples doentes! Ao que parece, vocês também estão a tornar-se.... já andam a imaginar coisas e tudo...

- Nós vimo-la!

- Eu conheci a Rachel! Fui uma das médicas supervisoras dela! Ela esteve no hospital 5 anos e não aguentando a pressão matou-se! Numa noite ela simplesmente começou a bater com a cabeça nas paredes de tal forma que quando acordou toda a gente no hospital e uma enfermeira foi ver o que estava a acontecer lá dentro, encontrou-a com a cabeça em sangue o crânio fraturado! Ela nunca sobreviveria!

- Por que raio ela iria matar-se batendo com a cabeça na parede?! - gritou Harry.

- Porque não havia outros meios! Não há facas lá! Não há ponto altos de onde saltar! Não há nada afiado! Nem cordas, nem sitios onde se podia pendurá-las! Nem armas!

- E vai me dizer que esta foi a única vez que alguém se matou naquele amaldiçoado hospital!? - Harry riu-se, provocando-a cada vez mais.

- Não vou mentir. Já houve mais casos em que pessoas simplesmente tiravam a vida a si próprios ou tinham o sistema nervoso tão alterado que morriam de choque! 

- E algum médico?

- Oquê?

- Alguma médico... já matou alguém?

A minha mãe preparou-se para responder mas a meio parou. Harry continuava a sorri para ela, enquanto eu e o Liam continuavamos parados sem lhes ligar nenhuma. 

- Eu..eu....

- Oquê?! Vá diga a verdade! 

A minha mãe exitou mas respirando fundo, ganhou coragem.

- Uma vez. O paciente era de tal forma violento que tivemos de lhe dar um droga muito poderosa. Um calmante. Mais tarde, revelou-se que ele tinha alergia à essas substâncias químicas e morreu. Não havia nada que podessemos ter feito.

- Experiências!

- Harry!

- Isso mesmo! Ele era um cobaia para vocês!

- Tu estás mesmo fora de ti!

Harry recuou para trás com o dedo apontado à minha mãe e ainda um sorriso. De seguida, sentou-se na cadeira e enfiou a cabeça que lhe devia estar quase a arrebentar nas mãos. A minha mãe também se acalmou e foi sentar-se no sofá. 

- Ela está viva.

Todos olharam para mim quando no meio do silêncio, onde só se ouvia o barulho do vento, eu falei calmamente. 

- Tu também Milla?! - perguntou a minha mãe.

- A música que ela estava a cantar, Harry lembraste?

- Hum.... era qualquer coisa que uma lágrima apaga aquilo que não se consegue ser apagado com o sangue... e depois que havia uma tatuagem numa página... e depois... 

- Antes disso?

- Qualquer coisa sobre o facebook... - ele arregalou os olhos e fez uma careta.

- Isso mesmo. Alguns dias atrás eu estive a ler o caderno de um tal Vera, uma paciente do hospital. No início eu não prestei muita atenção à canção que Rachel cantava...

- Ai ela também canta? - riu-se a minha mãe.

- ... mas ao lembrar-me daqueles versos sobre a lágrima, uma ideia veio-me a cabeça e o Harry acabou de confirmá-la! Era a tal música no caderno da Vera! Eu não acabei de lê-la toda, mas agora sei a segunda parte. A sgeunda parte é aquela que a Rachel cantou...

- A Rachel está morta!

- ... agora diz-me mãe. Como o Harry pode saber a canção escrita num caderno de uma paciente se nunca a leu?!

A  minha irmã deu um passo para a frente e olhou-me.

- Tu podias ter-lhe dito. Vocês os dois estão nisto.

Apetecia-me mandá-la calar de tal modo...mas fiquei calada eu própria.

- E tu pelos vistos estás do lado da tua mãezinha..

- Que por sinal também é tua! - interrompeu pela milésima vez a minha mãe mas eu não lhe liguei.

- Eu nunca disse nada ao Harry. E se não acreditam, podem ir ler o caderno da Vera e confirmar com os vossos próprios olhos! A ainda há mais uma coisa. Mãe, ou melhor, Dra. Sheldon, por favor diga-me o quarto onde estava a Rachel West.

A minha mãe fez um ar pensativo, tentando se lembrar, e quando preparou-se para responder já eu tinha a interrompido, como vingança.

- Eu posso dizer-te.

- Então qual era?

- Liam - olhei para ele. Liam estremeceu e olhou para nós como se fosse a primeira vez que nos via. Depois resmungou qualquer coisa, mas logo concentrou-se. - Diz lá o quarto.

- Hum.. Milla... eu não sei.

- Sabes sim. Não te lembrar de nada do que ela nos mostrou?

Liam pensou um bocadinho e sorriu.

- Ela estava no quarto nº7.

A minha mãe olhou para ele e revirou lentamente os olhos.

- Qual era o quarto mãe?

- Pois... era o 7 sim.... mas vocês devem ter perguntado ao Dr. Wilson! 

Abanei a cabeça, não acreditando naquilo que estava ouvir e digiri-me até aos meus dois parceiros. Eles levantaram-se automaticamente e começamos a subir as escadas, deixando as minhas duas familiares que pareciam não querer acreditar em nós pro nada deste mundo, sozinhas.

- Então provavelmente alguém aqui está a mentir... - falei não olhando para trás.

- De certeza absoluta. - ela respondeu.

O Crime 4 - Harry Styles FanFicOnde histórias criam vida. Descubra agora