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POV Vitor:

Eu realmente ia me sentir muito culpado se ela não acordasse, ela não merece isso.

Charlotte não aceita que terminamos, eu já tentei explicar pra ela mil vezes, mas ela teimava em me pedir desculpas e ainda me chamar de amor.

Eu estava no hospital com os pais de Alice.
Eles pediram pra mim ir embora várias vezes, pois não tinha necessidade, mas o culpado daquilo sou eu.

Então, 4:35 da manha resolvi realmente ir. Passei o dia inteiro no hospital, acho que estava na hora de eu ir.

POV Alice:

Quando eu acordei, as luzes que eu via antes tinham apagado, minha garganta doía, mas não tanto quanto antes.
Meus olhos continuavam embaçados, com muita dificuldade pra focar.

Eu estava sozinha no quarto, eu vi entre as cortinas, a minha mãe! Ela estava deitada no ombro do meu pai, ambos de olhos fechados.
Minha bolsa estava ali, do meu lado, eu não tenho nem ideia de como ela foi parar ali.

Peguei meu celular, era 4:45 e eu acordada.
Mandei mensagem pra minha mãe, dizendo pra ela vir até mim, "estou bem", menti.

— filha! Graças a Deus! - ela entrou no quarto me abraçando forte. - tem que avisar para os médicos que você acordou. Está bem? Tá com dor?

— calma! To bem...

— Filha eu estava tão preocupada — ela falou, me abraçando

— estou bem melhor que antes. Quando vou sair daqui? Não aguento mais.

— não sei... Vamos falar com teu médico hoje pra ver quando poderá sair. Te aviso.

— ok.

Eu realmente não aguentava mais ficar ali.

Era sempre a mesma coisa.

Algumas pessoas vinham, me mimavam, iam embora, eu comia, dormia naquela maca dura com cheiro de hospital e sempre era assim.

Stéfani sempre vinha alegrar meu dia, da ultima vez ela trouxe à Vênus, da qual apelidei de cabelo de algodão-doce, pois parece algodão-doce.

Eu fiquei lendo um livro que eu pedi pra Sté me trazer e apaguei, sem nem perceber.

A menina que colecionava borboletas Onde histórias criam vida. Descubra agora