Capítulo 12

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P.o.v. Kuro

Chara: Já falei que odeio esse apelido? - Eu assenti, sorrindo divertida. Chara suspirou, se aproximando e parando na minha frente. - Tanto faz. Olha só, vou ser bem direta, você não vai nesse encontro com o comediante. - Cruza os braços, com uma postura autoritária.

Kuro: Como assim? - Deixo a torta de lado, olhando para ela indignada.

Chara: Maninha, você pode ser tudo, mas com essas orelhinhas que tem, com certeza não é surda. - Puxou a ponta da minha orelha de lobo.

Kuro: Isso dói! - Dei um tapa na mão dela. - Por que não posso ir ao encontro?

Chara: Porque eu não quero que você vá. - Cruzou os braços, me olhando de forma desafiadora.

Kuro: Desde quando o que você quer é uma ordem? - Retruco me levantando.

Chara: Desde o momento que você é a mais nova. - Sorri debochada. - Mas é sério, você não pode ir nesse encontro, é perigoso. - Me olhou seriamente, se sentando na cama.

Kuro: Mas a Ikari disse que ficaria olhando de longe. - Digo em como uma medida desesperada.

Chara: Ela disse isso? - Assinto freneticamente. - Hum... - Coloca a mão no queixo pensativa.

Kuro: Chara, por favor! - Eu já estava a ponto de chorar.

Chara: Deixo você ir se me responder uma pergunta. Fechado? - Faço que sim com a cabeça. - Tem que ser sincera.

Kuro: Tudo bem, só faça a pergunta! - Ela suspira.

Chara: E também! Quando eu perguntar, você vai TER que responder. - Desvio o olhar pensativa, não pode ser uma pergunta tão ruim assim certo? - Não está tão certa se quer mesmo responder, não é? - Bufo irritada.

Kuro: Manda! - Exclamo determinada.

Chara: Certo, depois não diga que eu não avisei. - Dá de ombros. - Desde quando você gosta do lixo sorridente?

Kuro: D-desde quando eu g-gosto do Sans? - Coro com a pergunta.

Chara: Sim, e com detalhes. - Sorri presunçosa.

Kuro: Bem, isso foi à alguns anos...

Flashback on

Era Natal, foi à cinco anos atrás. Estavam todos lá, a mãe, o pai, meu pai biológico, meus tios, minhas irmãs, amigos, todos.

Toriel: E aqui estamos nós reunidos de novo. Isso me lembra das festas que íamos quando éramos jovens, Marshall! - Mamãe deu algumas cotoveladas nele, sorrindo empolgada. - Suas filhas vieram adoráveis, puxaram a Fi!

Marshall: Muito engraçado, Tori. Nem vou falar que seu filho puxou o gênio do Asgore. - Retrucou brincalhão.

Toriel: Nem me fale, ele é tão calminho. Mas a Chara mesmo não sendo minha filha de sangue, puxou um pouco de mim.

Asriel: Ei! Nós estamos ouvindo! - Reclamou, pelo fato dos adultos não perceberem a nossa presença ali.

Kuro: Ei, mamãe. Eu sou realmente adorável? - Pergunto abanando minha cauda felpuda.

Edgar: Você é a coisa mais adorável que eu já vi... - Tio Edgar me pegou no colo, ele cheirava à bebida.

Alucard: Você não está em condições de segurar uma criança! - Tio Alucard me tirou do colo de tio Edgar e me colocou na corcunda.

Sádica inocênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora