Além da vida (Jimin Long Story)

Capítulo 7

Nunca na vida Jimin, um médico, pensou que estaria à procura de um médium, ele que nunca acreditou nessas coisas, nunca acreditou em vida pós a morte, ele que era um “homem da ciência”. Mas ele estava procurando um, e na atual situação em que se encontrava, com você, morta o fazendo companhia em casa, esse era a menos das loucuras.

Já fazia uma semana desde que ele começou a busca por um médium, ele já havia visitado certa de dez e todos eram fajutos. Ele estava cansado e particularmente não acreditava que poderia encontrar um médium que fosse verdadeiro.

-Acho melhor desistirmos – ele disse uma noite enquanto foleava a lista telefônica.

-Não seja assim – você diz enquanto olhava o livro sob o ombro dele.

-Nunca vamos achar um verd... – ele começa.

-Espera – você exclama enquanto ele passava uma folha – Volta.

Ele fez o que você pediu e voltou uma página na lista telefônica. Você ficou em silencio por alguns segundos. Sua presença tão próxima a dele o deixou de certa forma desconfortável, ele nunca se sentiu assim com nenhuma outra mulher.

-Ali – você diz apontando para a lista – Catarina Spancer, liga para ela.

-O que? – ele disse se virando para você – Eu já vi vários médiuns é muito provável que ela seja só mais uma fajuta.

-Jimin – você disse olhando fundo nos olhos dele – Eu estou com um bom pressentimento em relação a ela. Por favor, marque um horário e vai vê-la.

Ele desviou o olhar desconfortável e voltou sua atenção para lista telefônica. Que mal tinha de visitar mais uma?

-Ok eu ligo – Jimin disse por fim.

No dia seguinte Jimin estava andando pelas ruas em buscas do endereço da suposta médium Catarina Spancer. Depois de muito rodar ele finalmente achou. Era uma casa simples, não parecia uma casa de médium, não que casa de médium se parecesse com alguma coisa, mas era diferente do que Jimin imaginou.

Ele tocou a campainha.

-Oh Jimin – disse uma mulher de cabelos vermelhos igual fogo abrindo a porta – Eu estava te esperando. Entre.

Ele deu espaço e receoso ele entrou.
Ele havia dito o nome o horário que ele iria chegar, não era surpresa que ela soubesse o nome dele.

A casa era clara, não tinha velas, não tinha sangue, não tinha nada que anunciasse algo sobrenatural.

-Sente-se – a mulher disse apontando para uma poltrona.

Jimin senta e a mulher senta na poltrona de frente para ele, e assim ele aproveitou para analisa-la. Ela não aparentava ter mais de trinta, na verdade ela não aparentava ter mais de vinte e cinco, ela era miúda e tinha fortes cabelos vermelhos. Somando tudo ela tinha um ar calmo, um ar até que sábio.

-Então – começo Jimin – Você é Catarina?

-Sim – ela disse com um sorriso no rosto. –Como posso ajudá-lo?

-Você não sabe? – Desafiou Jimin

-Você não me disse – ela disse com um sorriso divertido – Como posso saber?

-Você não é a médium? – Continuou ele.

-Você perdeu alguém ou algo do gênero? – Ela tenta – A maioria vem até mim por esse motivo.

-Isso é uma perda de tempo – falou ele se levantando.

-Quem era S/n? – Perguntou a médium.

-Como? – Exclamou Jimin parando perto da entrada da sala.

-S/n era sua namorada? – Continuo ela – Por isso que você veio? Você quer contatar sua namorada morta?

-Não – ele diz se virando e encarando Catarina – Ela não é minha namorada.

-Então por que eu a vejo tão marcante na sua vida? – Indagou ela.

-Esperava que você me dissesse isso.