Tente viver

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No raiar do dia Reita amanheceu fora da cela, ele foi acordado por um balde de água fervendo, aquilo era uma lei, chamada "o mais forte vencerá" Jogado no meio da quadra com o rosto queimando Reita acordou em um pulo e gritou de dor, aquela água fervendo dominou a textura de sua pele, e marcas de queimaduras surgiram em seu rosto.
Ardia pra caralho.
- Levante-se! - Gritou um homem, era uma roda de marginais loucos por sangue, Reita olhou em sua volta, o outro menino que estava jogado no chão também foi acordado com um balde d'Água fervendo.
- O jogo é simples! - o homem entrou no meio da quadra e observou os rapazes. - vocês vão lutar até a morte, e o vencedor terá o título de líder, o vencedor terá o seu próprio grupo. Torcida! Façam suas apostas!

O menino Drake observava de longe, os alunos estavam em cima de uma grande pedra, já que os homens eram o dobro do tamanho daquelas crianças. Os olhos perdidos de Drake estavam completamente atentos, ele estava assustado.
- Em quem você vai apostar? - Perguntou um jovem um pouco mas novo que Drake. - Eles fazem isso toda a semana, daqui algum dia, pode ser você.
- Porque eles fazem isso?
- querem pessoas mais forte, mais dominantes, aqui se você ficar até o final, você se torna um assassino completo. O meu primo morreu semana passada.
- Você não se sente triste?
- Aqui é cada um por si. Tente viver.

Aquele não era um bom dia, estava ficando pior...

           

O homem jogou duas facas sobre o chão, eram talheres comum, não eram facas pesadas, e sim pequenas facas de cerra, eles eram tão psicopatas a ponto de fazer algo daquele estilo, Reita pisou em cima da sua faca e arrastou a mesma para longe do rapaz que iria lutar com ele, por algum motivo a sua feição tinha mudado, mas na cabeça de Drake, aquele garoto lá na quadra não era um assassino. 

                O adversário de Reita era mas forte e bem maior, aquele cara voo em cima de Reita sem precisar de faca alguma, aquelas mãos pesadas socavam o rosto do rapaz com total facilidade, é claro, Reita batia também, mas não era o suficiente. Reita era um cara que aguentava levar porrada, ele cresceu apanhando, então perder aquela luta destruiria a total dignidade daquele rapaz. Com apenas um deslize do adversário Reita empurrou aquele cara e saiu daquela quadra, seu sangue fervendo escorria de seu rosto, ele não sentia dores, depois daquele banho de agua fervendo, nada o deixaria mais dolorido.

Aquele adversário era grande demais para lutar com Reita, ele também era pesado demais, Reita sabia que ele se cansaria fácil. Então foi brincando daquele jeito que Reita conseguiu cansar o cara. A luta já estava ficando chata. Porém foi brincando no campo que Reita marcou bobeira, ele tinha que ter se afastado, quando aquele gordo caiu sobre o chão ele agarrou Reita pelas pernas e apoiou a faca de cozinha em sua garganta.

A história não teria graça se Reita morresse agora, ou teria?

O coração de Drake acelerou, enquanto o rapaz via o adversário de Reita o colocar de joelhos, do outro lado da quadra, poderia ouvir as palavras do Rei Roche. "Se você morrer eu chutarei sua cabeça, pirranho"

Aqueles cabelos loiros e lisos foram agarrados pelas grandes mãos do adversário, ele brincava com a pequena faca de cerra.

- Devo estuprar você agora?

- Tente.

O grande adversário retirou suas calças e seu membro sujo foi revelado para todo o publico, o mesmo estava quase sendo esfregado no rosto de Reita.

Roche chegou a se levantar extremamente puto, mas ele foi impedido de caminhar para o centro da quadra, afinal, ele não podia se meter nos assuntos.

- Eu vou matar você, e vou começar cortando sua garganta.

- Fique a vontade. – Reita abaixou a cabeça, ele esticou sua língua para abocanhar aquela pequena faca de cerra que estava apontada em seu pescoço, o adversário deixou Reita ficar a vontade, então aquele menino de cabelos claros provocou mais do que deveria.

A pequena faca de cerra era muito afiada, tão afiada que Reita fez questão de arrastar toda a sua língua na mesma, fazendo um longo e profundo corte, onde o sangue era totalmente liberal, Reita era absurdamente sádico.

Enquanto o sangue escorria pela lateral de sua boca o adversário sentia um imenso acumulo de prazer.

Mas espera, onde estava a faca de Reita?

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