CINCO

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N/A: Aaaw gente, esse capítulo tá tão fofinho <3 Espero que estejam gostando dessa fic, Enjoy!




30 de setembro de 2012.

Abri meus olhos. O branco absoluto  vindo de todos os ângulos me irritava um pouco, até eu me acostumar. O sofá, desde a última vez que o vira aqui, continuava completamente branco, mas desta vez tinha algo sobre o mesmo. Era pequeno e quase se camuflava sobre o tecido do sofá. Um lírio branco com coloração rosa na ponta de cada pétala pousava delicadamente sobre o acolchoado, aguardando para ser tocado por mim. Tocando-o, pude sentir que seu cheiro era algo leve, porém atrativo e doce, assim concluí.

O ar da casa estava levemente frio, vez ou outra sentia pequenas correntes de ar gelado que faziam os pêlos da minha pele se eriçarem. As janelas estavam fechadas, assim como a entrada da lareira e a clarabóia acima da porta de entrada. Porém a porta de vidro do hall dos fundos estava aberta, dando visão para o jardim que mais parecia uma pequena clareira diante do início da floresta ao final desta. Nós não tínhamos uma floresta em nossa casa da vida real. Me aproximei da porta entreaberta. Assim que me postei diante do deck de madeira, notei que o céu estava completamente nublado. Tudo era cinza e branco, tirando o deck, a grama e a floresta. E ele. De longe eu podia sentir que sua áurea era extremamente colorida e erradiava algo aconchegante e bom. Me aproximei.

— Hey... Você está bem? – o cumprimentei e me sentei ao seu lado, ainda o fitando. Ele olhou para mim, seu sorriso se alargando e mostrando que minha presença o alegrou de imediato, isso fez com que eu me sentisse relativamente aquecido, embora minha pele ainda estivesse arrepiada.

— Estou sim... Estava apenas esperando por você. Esperando que você voltasse e que pudesse me acompanhar em uma breve caminhada. Não vai demorar muito – explicou. Ainda me encarava com seu sorriso e fui obrigado a voltar meus olhos para meus joelhos, já sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas pelo longo contato entre nossos olhos. — Você não quer?

— Sim, claro que quero... – o respondi antes que pudesse se sentir rejeitado e me levantei, rapidamente estendendo minha mão para ajudá-lo a se levantar também. Ele não só levantou como, com o impulso, acabou se esbarrando em mim, e ele estava tão perto... Olhou para meus olhos, vezes intercalando o olhar para minha boca, até se recuar e deixar um pleno espaço vazio e frio onde deveria estar seu calor. Aquilo me frustrou um pouco e a vermelhidão voltou novamente para o meu rosto, portanto me virei para as grandes árvores que estavam atrás de nós. — Acho melhor começarmos.

— Certo... – concordou.

Saímos da pequena clareira/jardim da casa e adentramos floresta a fundo. Pelo cheiro, parecia que havia chovido ali há não muito tempo, pois o cheiro de terra molhada, a textura do solo ao qual pisava e as teias de aranhas com inúmeras gotas cintilantes deixavam a perceber isso. Continuamos andando por mais alguns minutos, uns quinze, eu acho. Dois pequenos pássaros pretos com branco passaram voando sobre nós e os assistimos voarem como se nada os pudesse prender ao chão. Do nada, minha mão é agarrada por algo, e de imediato sinto que esse "algo", na verdade, é a mão dele. De primeira foi meio estranho, do fato de eu o conhecer há apenas dois dias, mas, se ele sabia tudo sobre mim e isto era justamente uma alucinação, eu automaticamente me vi me livrando deste peso tão rapidamente quanto o criei e continuei minha caminhada com este ilustre desconhecido de mãos dadas comigo. No momento em que o olhava de rabo de olho, ele fez o mesmo que eu, e com este breve contato, olhou para o lado e sorriu. Admito que aquela cena foi bem fofinha. Ótimo, minhas bochechas não voltariam a cor normal tão cedo...

— Gerard, feche os olhos, por favor – pediu enquanto nossos passos iam diminuindo até pararmos.

— Mas eu...

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