Capítulo X- Noite de Jogos

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POV Kara

Depois de fazer as pazes com Lena, ou melhor dizendo, depois dela me perdoar e eu saber que ela não me odeia, parece que o meu mundo voltou a girar novamente. E o beijo? Não tinha nada melhor do que beijar Lena Luthor. Lutei até sorrindo contra Metallo, me sentia mais forte e confiante, sentia que nada poderia me abalar. Tudo isso graças à Lena. É claro que minha irmã me ajudou bastante e o dispositivo que Lena havia colocado no peito, não conseguiria vencer sem essa ajuda.

Quando acabamos com Metallo, eu voltei para CatCo. Mandei uma mensagem para Lena marcando para nos encontrarmos no meu apartamento à noite para jantar. Queria um tempo só nosso, sem a possibilidade de sermos interrompidas. Tudo estava as mil maravilhas, até que...

-Ei, Kara. -Disse James passando pela minha mesa com aquele seu sorriso irresistível. Confesso que há um tempo atrás, antes de conhecer Lena, ele era meu crush, mas nunca cheguei a dizer isso pra ele. -Vou levar pizza, algum sabor em especial?

OH RAO! Eu tinha me esquecido. Estava tão feliz pelo antídoto de Lena ter dado certo, de não sentir mais aquela sensação estranha de querer bater em todos a minha frente, que mais cedo havia convidado todos meus amigos para uma noite de jogos no meu apartamento.

-Não precisa ficar com essa cara. -Disse James rindo, provavelmente da minha cara de espanto. -Sei que são muito sabores, mas pode deixar que levo sua favorita. Até à noite, Kara.

Eu ainda pensava na burrada enorme que fiz, e nem reparei a hora que James tinha saído da minha frente. O que eu tinha com Lena era muito novo para ela conhecer meus amigos e vice e versa, bem, na verdade, eu já sentia algo pela dona dos olhos verdes mais lindos do mundo, mas não fazia nem 48hs que havíamos dado nosso primeiro beijo. Não queria que ela achasse que eu era louca e que estava indo rápido demais. Minha cabeça estava tentando pensar em algo para reverter essa situação, mas nada surgia.

-Kiara! -A Srta. Grant abanava as mãos à minha frente para chamar minha atenção. Provavelmente ela já tinha me chamado outras vezes, mas eu estava com a cabeça em outra galáxia.

-O-oi, Srta. Grant. -Prontamente fiquei de pé.

-Você está bem? -Ela perguntou, inclinando a cabeça me avaliando. -Está pálida.

-Estou bem sim. -Menti. Claro que a Srta. Grant não acreditou, me fez beber um pouco d'água e depois pediu para eu segui-la.

Pegamos o elevador, descemos dois andares onde ficava o núcleo de jornalismo. Tinha várias salas naquele andar, inclusive uma enorme que era a sala de reuniões. Também havia mesas com computadores espalhadas pelo centro do andar, e pessoas correndo para máquina impressora, ou indo atrás de algum furo de reportagem, ou simplesmente pegando outro café.

-O que estamos fazendo aqui? -Perguntei para Srta. Grant.

-Aqui é onde a magia acontece. E é aqui que você vai ficar a partir de agora. -Disse Srta. Grant com um sorriso.

Já tinha estado ali diversas outras vezes, mas só para fazer o que a Srta. Grant me pedia. Agora eu estava ali como uma repórter. Dei um enorme sorriso, estava tão feliz porque aquilo oficializava que eu era uma repórter e não mais a assistente da Srta. Grant, não que eu não gostasse, é que eu gostava mais do ramo jornalístico.

-Vem cá, conhecer sua nova sala. -Srta. Grant me chamou, abriu a última porta e deu espaço para eu entrar primeiro.

A sala não tinha absolutamente nada, nem uma janela e as paredes era pintadas de um verde musgo. Só tinha uma mesa e uma cadeira no centro da sala. Confesso que aquela sala era meio deprimente.

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