Capítulo 6

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Henrique.

Meses. Fazem meses que não converso com minha vizinha. A diabinha sai cedo e volta a noite. As festas diminuíram para os fins de semana. E sim, eu ainda não fui convidado.

Mas minha vizinha é uma bela de uma corna. Porque esses dias eu vi o namorado beijando outra, no shopping. Coitada. Como um idiota daqueles trai um monumento como aquele que ele tem em casa? Ela é perfeita. O corpo cheio de curvas, aquela bundinha arrebitada, aqueles peitos fartos e aquela cinturinha fina que da vontade de aperta e nunca mais solta. Aqueles cabelos num tom de castanho escuro, os olhos azuis como o céu, ela é perfeita.

Ligo a televisão e escuto um barulho na porta. Com certeza gigante chego. Sim, eu desisti, fiz uma entrada para ele. Fica mais facil pro coitado. Ele com aquele tamanho é dificil entrar pela janela.

- Oi gigante. - Para mim ele é o gigante, nada de Napoleão. - Sua dona esta deixando meu pau em apuros bichano. Eu preciso ter ela. - Ele sobe no sofá e se deita em cima de mim. - Voce concorda? É so uma foda, juro! - Ele me olha atento. - Ta bom, pode ser que eu queira umas duas. - Ele deixa a cabeça cair um pouco para o lado. - Ta, algumas vezes seria legal. Ela é gostosa demais.

O gato mia e eu volto a atenção para o jogo.

Do nada escuto uma gritaria do lado de fora. Me levanto rapido e gigante me segue. Olho para a janela e vejo minha vizinha brigando com o namorado. Ela esta gritando e puxando a orelha do grandão. Quase sorrio ao ver a cena, mas dou um tranco quando vejo ele segurar ela pela cintura e jogar ela nos ombros.

Ele não bateria nela... Bateria?

Fico olhando pensando que devo ir ate la, ou não. Ele não parecia agressivo nesses ultimos meses. E ela é sempre calma. Mesmo que so tenha conversado com ela uma vez, e rapidamente, eu vi como ela é calma.

Fico inquieto tentando pensa em algo. Gigante roça minha perna e uma ideia me atinge.

Pego ele no colo e corro ate a porta, abro e atravesso a rua para a casa de frente a minha. Chego perto e não escuto nada. Quando vou bater na porta um barulho de algo se quebrando me faz tremer. Bato na porta rápido, e se em dentro de cinco segundo ela não abrir eu vou arromba a porta e foda-se se ele é duas vezes maior que eu, eu vou quebrar ele no meio por encostar nela.

- Oi. - Ela abre a porta e não sei o que fazer. Ela é tão linda de pertinho assim. Vontade de pega-la e prende num potinho de vidro.

- Oi. - Estendo o gato que mia contrariado. - Ele invadiu novamente minha casa.

- Que coisa feia Napoleão. - Ela repreende mas vejo seu amor pelo gato nos olhos azuis. Ela me olha e depois suspira. - Quer entrar vizinho?

- Entrar? Eu? É... Sim. - Falo sem pensar muito.

- Otimo. Estou fazendo café e bolo. Gosta de bolo de chocolate? - Pergunta entrando na casa e me deixando a vontade.

- Amo. - Falo e olho sua bunda no shorts de pano curto.

- Venha. - Ela deixa o gato na sala e anda mais para dentro da casa.

- E o seu... - O que? E se eles forem noivos? Casados?

- O Aquiles? - Pergunta mas não me olha ou espera resposta. - Aquele lá deve estar no banho, depois vai cai na cama e dormir o resto do dia, não se preocupe. - Ela me olha e sorri. - Ele não morde. Claro, se voce não quiser.

- Não quero. - Falo rapido demais.

- Então não tem com o que se preocupar. - Ela tira uma panela do fogão e derrama a calda em cima do bolo. Pelo o que vi, esta recheado tambem. Bastante recheio, cobertura, perfeito.

Ao Seu Lado. Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora