Capítulo 18

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Ana.

Minha mãe sorri quando chegamos em nossa casa, imediatamente ela se da bem com Lily, e as duas vão para a cozinha.

- O que aconteceu? - Pergunto ja olhando Marcos apreensiva.

- Nada amor...

- Esta mentindo, voce nao me olha nos olhos, e esta nervoso. O que aconteceu? E essa é a ultima vez que pergunto, Marcos.

Ele me olha e sorri, passa as maos pela minha cintura e me puxa.

- Meu pai vai pedir divorcio para minha mãe. - Sussurra com os labios contra minha testa.

- Divorcio? - Sussurro tentando o afastar para olhar em seus olhos.

- Calma. - Ele me segura pelo rosto e olha em meus olhos. - Esta tudo bem. Antes de voce eles ja estavam em crise e eu so fui muito cego para nao ver.

- Ei! - Acaricio seu rosto. - A culpa nao é sua. Voce so nao imaginava que seus pais iriam se divorciar, e eu aposto que seu pai disse que não é sua culpa, então nao se culpe.

- Eu te amo.

- Eu te amo mais.

***

A tarde passou maravilhosa, logo Marcos recebe uma ligação de um Henrique muito chateado.

Corremos para a casa de Marcos, onde Henrique disse estar esperando.

Marcos para o carro e nos deparamos com um Henrique acabado.

- Cara. - Marcos diz assustado. - O que aconteceu?

- Ela nao me perdoou, e Jordan esta ocupado como sempre. Ele esqueceu a gente! Culpa da sua chefe! Eu gosto dela, então posso culpar.

- Henri...

- Henri... - Ele começa a chorar assustando eu e Marcos.

- Porra cara. - Marcos resmungo o puxando do chão e o apoiando contra seu corpo.

- Vamos, vou fazer um café para ele. - Falo balançando a cabeça.

Coitado.

***

- Aqui, Henrique.

- Obrigado, voce é um anjo. - Ele resmunga e toma o café.

- O que aconteceu?

- Minha vizinha...

- A festeira.

- Sim. - Ele toma mais um gole. Me sento ao lado de Marcos e presto atenção no menino. - Eu me apaixonei... Apaixonei mesmo, do tipo que pensa em casamento, e filhos.

- Nossa... - Marcos sussurra impressionado.

- Eu sei. - Ele se joga mais contra o sofa. - Passamos momento maravilhosos. Meu caramelo é incrivel, ela é a coisinha mais perfeita que eu ja vi. Linda. Muito linda. Ai eu fodi com tudo. Depois de um dia incrivel ao lado dela, eu ataquei! Ofendi, e disse que ela era casada. Mas ela nao é!

- Casada? - Marcos franze a testa.

- Sim! Uma muralha sempre estava na casa dela, ai eu pensei que eles eram casados, namorados, nao sei. - Ele soluça. - Ai eu ofendi ela. Disse coisas ridiculas e ela jogo na minha cara que era solteira, o que eu achei muito apressado da parte dela, ja que se ela nao era casada, nos temos algo, isso a coloca em uma situação onde ela esta comprometida pelo menos.

Olho para Marcos e ele esta segurando a risada. Dou um beliscão em seu braço e o olho feio.

- Continue, querido. - Falo mansa.

- Isso tudo ontem, ai no meio da noite eu me senti um merda e invadi a casa dela, ai...

- Voce invadiu a casa dela? - Eu e Marcos perguntamos ao mesmo tempo.

- Detalhes! Foquem na coisa maior, pelo amor! Ai, eu invadi a casa dela, e o irmão dela, a muralha, que eu descobri que era o irmão, me deixou ficar, ela eu nao dei muita opção, ai nos passamos a noite juntos, so dormimos, mas foi lindo. Ai hoje de manha acordei sozinho, ela foi bem má, eu fiquei desesperado e fui atras da minha caramelo, então tudo viro um desastre, os pais dela chegaram, eu levei um soco do pai dela, e tive que me declarar na frente dos pais dela, nao foi bem uma declaração, eu so pedi perdão, mas ai ela foi mais má e viro as costas e foi embora pro quarto dela, me deixou la, dolorido, carente e na solidão. Eu sinto meu coração quebrar! Aquela mulher é má!

- Henrique... - Tento ser carinhosa. - Ela so precisa de um tempo, pelo o que eu entendi, voce a machucou, talvez ela so precise rever os sentimentos dela. Talvez um pouco de tempo.

- Ela nao pode ter seu tempo, comigo ao seu lado? - Ele diz e parece uma criança chorosa.

- Não. - Falo lentamente.

- Isso nao foi legal.

- O que nao foi legal foi voce ofender ela, e querer que ela te desculpe depois de ser um babaca. De tempo a ela.

- Voce ta sendo bem cruel comigo, Marcos! - Henrique aponta completamente indignado.

- Desculpa. - Marcos se aproxima de mim e sussurra. - Quando ele bebe e fica assim, ele fica bem carente e manhoso, tem que ter mãos de mãe para cuidar dele.

- Cade a mãe dele? - Questiono ja disposta a discar um numero.

- Morreu quando ele tinha 16 anos. Foi a primeira vez que ele bebeu, eu e Jordan cuidamos dele.

- Coitado.

- Eu quero meu caramelo. - Escutamos Henrique resmungar.

- Depois disso, ele jurou nunca se apaixonar.

- Tenso.

- Eu to aqui! Me deixem participar da conversa tambem. - Henrique se levanta e vem ate nos, se sente no nosso meio e deita a cabeça no meu ombro. - Nao sejam cruéis comigo, to sofrendo! Jordan me abandonou, ele prometeu ser meu melhor amigo, e agora me abandonou, e meu caramelo tambem, so tenho voces, me deem carinho. - Ele sussurra e sinto suas lagrimas cairem sobre meu ombro.

Eu e Marcos abraçamos Henrique ate ele dormir. Marcos o coloca deitado no sofa e tras uma manta, enquanto eu tiro sua jaqueta e seu sapato.

- Pronto, amanha ele ta melhor. - Marcos me abraça e caminhamos para nosso quarto.

Quando estamos quase pegando no sono, Henrique entra no quarto, coberto pela manta, e segurando seu travesseiro.

- Posso dormir aqui? Não quero ficar sozinho.

Marcos suspira e me olha, me sento e sorrio.

- Venha, querido.

Ele faz bico e caminha ate a cama, se joga no nosso meio e se embola dentro da coberta.

- Boa noite, e obrigado por nao me abandonarem. - Ele sussurra fechando os olhos, e parece dormir.

- Desculpa. - Marcos sussurra.

- Nunca me peça desculpas por cuidar do seu amigo. - Sorrio e me ajeito na cama. - Boa noite, amor.

- Boa noite, amor.

- Eu tambem quero falar ''boa noite, amor'', mas meu caramelo nao ta aqui, então boa noite pessoal. - Henrique resmunga e logo cai no sono. Sorrio e olho para Marcos, que sorri tambem.

Ao Seu Lado. Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora