Accident

249 21 5
                                    

Chandler
Helena não está feliz com isso. Antonella, pelo contrário, se diverte sozinha, já que eu também não estou satisfeito.
Olho para Helena, que agora pouco colocou seus fones e tem seu olhar no chão.
- Você é bem legal, sabia? - Antonella, diz e em seguida olha para mim. - Digo, vocês. - Ela ri e eu simplesmente assinto, mais vejo Helena revirando os olhos.
- Tenho de atravessar. - Ela se refere a rua. - Tchau Chan, Tchau Antonella. - ela diz e acena, e eu faço o mesmo.
- Tchau. - Sorrio.
Enquanto ela atravessa a rua, ouço um barulho de carro. E então, ela é atropelada. O carro preto passa direto por ela, fazendo-a voar por cima do mesmo, cair no final do carro e rolar no chão.
O que consigo fazer é correr até lá, pegá-la no colo e correr. Ela tem seus olhos fechados, arranhões e roxos por todo lado, e sua cabeça sangra. Olho para trás e vejo Antonella imóvel.
Ignoro-a e continuo correndo até o hospital mais próximo que conheço, a alguns quarteirões daqui.
Eu quase não sinto minhas pernas. Pensar que algo assim tenha acontecido com ela, me destrói. Minha respiração é pesada e eu estou quase lagrimejando, pedindo para ela ficar.
Quando chego no hospital, todos me olham.
- Por favor, ela foi atropelada. - Falo desesperado, e então, duas enfermeiras pegam uma maca e colocam na minha frente, e eu a ponho nela.
As enfermeiras a levam para um lugar do qual eu sei que não posso ir, sei que não posso fazer nada.
Sento e raciocino. Ela disse que tem Irma, e sei que seu nome é Ariana. Seu celular é a primeira coisa que me vem à cabeça. Levanto e começo a procurar pelo chão do hospital, mais não acho nada.
- Chandler? - Antonella chega pela porta, com o celular e os fones de Helena nas mãos. Não á respondo, simplesmente pego o celular de suas mãos e o desbloqueio com a senha que me foi dada. Vou aos contatos e pesquiso Ariana, e então ligo para o número indicado.
> Alô? - Uma voz feminina diz no telefone.
> A Helena sofreu um acidente, ela está no Piedmonts, já na sala de cirugia. - Digo rápido por conta do nervosismo.
Fica tudo em silêncio no telefone, até que ela desliga a ligação.
Eu estou ofegante, já que nada assim tinha acontecido antes, tão próximo de mim.
Aperto minhas mãos, ansioso.
A porta do hospital abre e uma garota loira de olhos castanhos aparece, desesperada.
- Helena, cadê ela? - A mulher que pelo visto, é Ariana, pergunta.
- Na sala de cirurgias. - Digo e me aproximo dela.
- Quem é você? - Ela pergunta, com os olhos arregalados.
- Chandler, eu, sou amigo dela. - Olho para o chão.
Ela me ignora e passa direto, indo até a recepção. Ela fala algo com a moça que a atende, e em seguida, ela corre até uma sala e fica observando pelo vidro.
Caminho até lá, e olho juntamente.
Vários médicos a operam, mais eu não consigo olhar por muito tempo. Desvio o olhar para o chão.
- Chandler? - Ela pergunta e em seguida olha para mim.
- Sim. - Assinto.
- Ela disse que você é legal. - Ela sorri. - E engraçado. - Ela também olha para o chão.
- Ela também é. - Sorrio. - Só que ela é mais. - Tiro meu sorriso quando lembro que ela está naquela sala, deitada naquela mesa sem consciência.
Ela não é só legal e engraçada, ela é inteligente, divertida. Alguém com quem você quer ouvir cantar, ou passar o tempo.
Ela volta seu olhar para sala, mais o meu não. Saio de perto e me sento. Antonella vem para perto de mim e se senta ao meu lado.
- Sinto muito. - Ela diz e abaixa sua cabeça. - Caso ela, - Antonella para um pouco. - Se vá, eu gostaria de ter me despedido. - Ela se vira para mim.
- Não fale isso. - Balanço a cabeça. - Além do mais, ela me disse que odeia despedidas. - Olho para frente e observo a parede Branca.
Ela fica calada, se encosta no banco e olha para o teto.
(...)
- Helena Andersson? - Um enfermeiro diz logo ao chegar na sala de espera.
Ariana se levanta, assim como eu. - Podem me acompanhar? - Ele pergunta. Nós assentimos e o seguimos. Ele nos leva por um longo corredor, do qual paramos no final.
- Como ela está? - Pergunto logo após ele parar.
- Ela teve sua coluna fraturada gravemente, então fizemos a cirurgia para colocar pequenos parafusos na coluna dela, assim dando-a suporte para manter-se de pé. - Ele diz. - Ela terá de ficar de repouso alguns dias, e quando sair, usará colete, além de fazer fisioterapia. - Ele olha para Ariana, que tem seus olhos fechados e mãos na boca. - E seu braço foi quebrado na queda. - Ele coloca as mãos nos bolsos do jaleco.
- Deus. - Digo e olho para o teto.
- Obrigada. - Ariana diz com a voz embargada e sai.
- Quando podemos vê-la? - Pergunto á ele.
- Daqui á algumas horas quando ela acordar. - Ele assente.
- Pode me ligar? - Peço a ele.
- Sim, seu número? - Ele pega uma caneta no bolso. Dito o número, ele escreve em sua mão, o agradeço e saio. Ariana está sentada em uma das cadeiras, chorando. Vou até lá e entrego o celular de Helena, do qual ela pega e guarda na bolsa. Sento-me ao seu lado.
- Ele me liga quando podermos vê-la. - Cruzo minhas mãos.
- Ligue para o celular dela, eu atenderei. - Ela limpa sua lágrimas. Assinto e me levanto. Vou até a saída, e começo a caminhar em direção a minha casa.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
- Eu disse para se prepararem, eu disse.
- Tão de repente, né?
- Eu gostei de fazer isso, na verdade. Tive de pesquisar pacas para saber sobre lesões na coluna, mais foi legal de fazer.
- Opa, opa galerinha.
- O pior ainda está por vir, genty. Não agora, mais daqui a uns muitos e muitos capítulos.
- Vocês acham mesmo que o Chandler decorou a placa do carro que atropelou ela? Então...
- Sirens ( música do capítulo ) é supostamente a música que Helena está escutando no início ( quando ela coloca o fone )
~~LunaAprilF~~

Change |C.R|Onde histórias criam vida. Descubra agora