What the hell I did?

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Me levanto e começo a procurar, mesmo sabendo que não vai ter resultado.
Só que lá está ela.
Sua cabeça está abaixada e ela mexe na pulseira enquanto anda.
Meu maior desejo é ir lá e abraçá-la, só que não consigo.
Ela levanta a cabeça e me avista, e então se vira vai embora.
E agora?
Qual o próximo passo?
O que eu faço?
- Helena! - Grito de súbito.
Ela para, mas logo volta a andar.
Então corro até ela.
- Helena... - Olho em seus olhos e seguro suas mãos.
Tristes olhos.
Olhos que pedem socorro.
Ela se solta de minhas mãos e me ignora, passando direto. Não viro, apenas suspiro.
- Você. - Uma palavra é pronunciada com mera dificuldade de sua boca e eu me viro para vê-la. - Você me deixou quando eu mais precisava. - Ela se vira para mim. - Você era a pessoa que eu esperava que me abraçasse e me reconfortasse. Sabia que eu podia ter ligado para Alex? Eu liguei para você. - Ela aponta pra mim. - O sangue estava em minhas mãos mais espero que parte da culpa esteja nas suas. - Ela se vira e anda.
Isso foi pesado.
Agora a culpa está em minhas mãos.
Então, braços finos me abraçam por trás. Braços de Antonella.
- Sinto muito. - Ela vai para minha frente sem parar de me abraçar.
- Por quê tinha que me mostrar aquilo naquele dia? - Começo a lagrimar.
Eu preciso de Helena e isso que ela acabou de dizer foi uma facada.
Sem perceber, estou correndo.
Correndo em direção a Helena.
Abraço a por trás como se ela fosse um pequeno ser frágil que precisa de um desses. Ela começa a chorar, se encolhe e devolve o abraço. Todos estão olhando e, de algum jeito, eu me sinto bem. Me sinto bem em tê-la aqui.
- Vamos pra casa? - Sorrio sem soltá-la. Ela não responde, apenas concorda com a cabeça.
Ando sem tirar meus braços que a envolvem. Ela, tem sua cabeça em meu ombro, e não para de chorar.
Coloco-a no carro e entro, ligando o ar condicionado.
Ela já se acalmou e olha para o teto.
- Não. - Ela diz e olha pra frente. - Me tira daqui! - Ela começa a bater no vidro desesperadamente.
- Helena. - Coloco minha mão em sua coxa.
- Você ainda acredita nela, certo? - Ela olha para mim com serenidade, mesmo com seu rosto molhado por conta do choro.
- Era um audio da sua voz alta e clara - Falo alto.
- Foi sarcasmo! - Ela grita. - A idiota da sua namorada falsa me perguntou o que eu realmente achava de você e eu fui sarcasma, p*rra! - Ela revira os olhos e abre a porta.
Seguro seu pulso.
Mais ela o solta e sai.
Bato minha cabeça várias vezes contra o volante, já que estou atualmente me odiando. Mais que diabos eu fiz?
Não sei em quem eu realmente confio.
A explicação de Helena foi incrivelmente convincente, mais e se...
Deus, não sei o que fazer.
Não faço ideia de em quem devo confiar.
Olho para trás, procurando por Helena.
Ela tem seus fones de ouvido nas orelhas e não chora mais. Quando ela percebe que estou olhando-a, me dá cotoco e volta a andar.
- Car*lho! - Grito e bato no volante.
Ligo o carro e vou até minha casa.
Preciso me decidir.
Preciso saber em quem eu confio.
Entro em casa e jogo as chaves na mesa de centro, e logo depois, me jogo no sofá.
- Explique-me. - Grayson senta na mesa de jantar.
- Antonella me mostrou um áudio de Helena falando que me odeia e aí a irmã da Helena morreu, ela tá com raiva de mim e disse que o áudio foi sarcasmo. - Suspiro.
- P*rra, Chandler, tu é muito burro. - Ele revira os olhos. - É óbvio tipo muito óbvio mesmo que a Antonella mentiu. - Ele cruza os braços.
- Você acha? - O olho.
- Certeza. - Ele dá ombros.
Ele tem razão.
Isso, Helena.
Helena, tenho de ficar de seu lado.
Helena.
Pego meu celular e ligo para Antonella, que logo atende.
> Chan. - Sua voz é feliz.
> Vem, agora. - Digo e desligo a ligação.
- Tô saindo. - Grayson diz e sobe as escadas até seu quarto.
(...)
A campainha toca e eu abro a porta, tendo uma visão de Antonella.
- Oi. - Ela sorri de olho a olho.
Apenas ignoro e entro, deixando-a entrar também.
Deixo a porta aberta e me viro para olhá-la.
- Você mentiu. - Cruzo os braços.
- Quê? - Seu grande sorriso se desmancha.
- Perguntou para ela e usou o sarcasmo dela contra mim? - Rio. - Foi bem estupido. - Abaixo meus braços.
Ela permanece levemente assustada, mas não como se fosse uma novidade.
- Chan, eu posso explicar. - Ela coloca suas mãos em meu peitoral.
- Não. - Tiro-as de lá. - Você não consegue me ver com outra pessoa, certo? Então tirou Helena do jogo. - Rio. - Pensei que garotas como Brianna não iriam mais entrar na minha vida. - Bufo. - Quer saber de uma coisa? Da coisa mais certa? - Rio.
Ela não responde, apenas assente com a cabeça.
- Eu amo ela. - Admito em voz alta. - Eu amo Helena Andersson. - Suspiro.
Tenho de dizer, foi um grande fardo tirado de minhas costas.
- Eu, Chandler Riggs, amo Helena Andersson. - Falo alto.
E, de verdade, quero dizer mais vezes.
- Amo Helena Andersson. - Rio.
- Que bom. - A voz de Helena ecoa pela sala, fazendo-me virar para trás e vê-la, com os braços cortados do pulso até a metade dos mesmos.
Meu olhos são arregalados e eu não consigo me mexer.
- Porém. - Helena ri fraco. - Acho que já é tarde demais. - Ela sorri de lado e a vejo caindo no chão.
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- Única palavra sobre esse final: Tenso
- Achei o Chandler muito fofinho admitindo que ama ela.
- "P*rra, Chandler, tu é muito burro" KJKKJJJ
- Maratona chegou ao fim ;-; agora só daqui a 5 dias ( parece até um dos fins de temporada de twd )
- Reparem na tradução da música do capítulo, kakaka foi de propósito ( Attention, Charlie Puth )
- Acho que agora 6 tão com raiva de mim, kaalajahsha
- ( Ela caiu no chão pq faz tempo que cortou os braços ) // referência á Hannah Baker? Talvez.
- Tchauzinho, galere.
~~Luninha~~

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