What Happened?

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Helena
Acordo de súbito sozinha, e minha cabeça está quase estourando. Toco em minha testa e ela está quente, assim como toda eu. E este não é o meu quarto, não é minha casa. Desço da cama e tenho um choque térmico com o contato do frio, e então, sinto ânsia. Seguro minha barriga, minha boca e olho ao redor, e a porta do banheiro está aberta. Corro até lá e o vomito sobe em minha garganta, caindo no vaso sanitário. O gosto horrível e ardente fica, mais o vomito já passou, então lavo minha boca. Volto meu olhar ao quarto e vejo encima da escrivaninha de madeira escura uma pílula e água. Corro até lá e coloco a pílula em minha garganta e logo depois, água abaixo.
Abro a porta do quarto e me deparo com um corredor. Talvez bater de porta em porta não seja uma ocasião, já que eu nem sei onde estou. Atravesso o corredor e avisto uma escada, da qual eu desço e dou em uma sala Branca repleta de coisas, como retratos de família. Chego perto e vejo a família Riggs, e então, suspiro. Subo as escadas de novo, e quando chego no último degrau, uma porta abre e o meu primeiro instinto é sair correndo descendo a escada. Me escondo atrás do sofá marrom e consigo ouvir passos descalços, mais eles não descem as escadas. E então, outra porta é aberta e por alguns segundos, tudo é silêncio, até uma porta se fechar e o barulho de passos voltar a surgir, só que agora, eles descem a escada.
- Helena? Está aí? - A voz de Chandler me vem a tona, então, me levanto.
- Ah, oi. - Sorrio e logo depois tampo meu rosto com as mãos. - Me desculpe. É, por onde eu começo... - Me afasto do sofá e vou em sua direção, enquanto ele desce. - Não faço a mínima ideia do que aconteceu. - Toco em minha testa e a temperatura elevada não melhorou.
- Tá. - Ele desce completamente a escada. - Você foi para a balada com os seus amigos, e bebeu tanto que nem quis falar o endereço da sua casa, e então, eu te trouxe para a minha. - Ele sorri como se tudo isso fosse normal, e enquanto raciocino, lembro-me de Ariana, que deve estar p*ta.
- Ariana. Caramba a Ariana deve estar... - Paro um pouco. - Cadê meu celular? - Olho em seus olhos.
- Vou buscar. - Ele fala e logo em seguida se vira e vai até algum quarto em meio ao corredor. Começo a a andar em círculos, o que não seria muito bom, já que minha cabeça já está rodopiando. A porta abre de novo e eu paro e olho para a escada, onde Chandler aparece com o meu celular em mãos, desce a escada e me entrega o mesmo.
Digito a senha e vou aos contatos, e ligo para Ariana, da qual logo atende.
> Eu vou te matar, Helena. - Ela diz e logo em seguida ouço barulho de máquina de lavar ligando.
> Ok, olha, me desculpe, mais você sabia que isso ia acabar acontecendo. - Suspiro.
> Onde diabos você está? - O som da máquina vai devagar, diminuindo.
> Na casa do Chan. - Olho para ele, que está sentado no último degrau da escada olhando para o chão.
> Você só pode estar de brincadeira, Helena. - Consigo sentir a raiva dela pelo telefone.
> Eu vou de táxi até aí e te explico tudo, tá? Eu só não vou explicar detalhadamente por que... - suspiro. > Não me lembro. - Olho para o carpete cinza e fofo no chão.
> Vem logo. - E então, ela desliga na minha cara.
- Me desculpe, caso eu tenha te dado algum prejuízo, ou trabalho, não importa, me desculpe. - Sento-me ao seu lado e ele em seguida me olha.
- Está tudo bem. Foi até divertido. - Ele sorri e eu retribuo sorrindo de volta.
- Tem mais alguma coisa minha aqui além do meu celular? - Guardo o mesmo no bolso.
- Sim, a roupa que você me emprestou.
Ele se levanta e sobe as escadas, a porta é aberta e alguns segundos depois ele reaparece e me entrega a roupa.
- Obrigada. - Me levanto. - De verdade. Tipo, se eu estivesse no seu lugar, eu me deixaria na rua bêbada e sozinha mesmo. - Rio e ele faz o mesmo.
- De nada. - Ele sorri e se levanta.
Ando até a porta da frente e giro as chaves, dando-me permissão para abrir a porta.
- Então, te vejo, amanhã? - Pergunto logo após pisar na varanda e me virar.
- Sim. - Ele assente. - Tchau. - Ele mostra um sorriso sem dentes, mais verdadeiro.
- Tchau. - Digo e logo depois, me viro e caminho até a calçada, onde chamo o táxi.
(...)
São 14:00 e eu tenho de ir ao parque. Eu e Ariana tivemos uma longa "conversa" sobre todo o assunto de eu ter voltado tarde, ela saiu para o médico e eu fiquei sozinha.
Tiro os espessos lençóis das minhas pernas e me levanto, ando até a porta de entrada, onde tem o meu novo livro, sobre o reino protista. Pego-o, recolho as chaves e saio. O parque não é longe, é na verdade, uns 50 metros daqui.
Chego e o parque está lotado, não lotado como normalmente, está mais. Não tem nada de especial, eu digo, nada demais está acontecendo. Só está mais lotado que antes.
Procuro um lugar com sombra e sento. Abro o livro e começo.
- É... - Alguém para em minha frente, então levanto minha cabeça. Um garoto com olhos verdes e cabelos loiros me olha com um sorriso debochado em seu rosto pálido. - Minha faculdade pediu um trabalho para mim perguntar as pessoas sobre a idade, nome e faculdade ou escola. - Ele pega seu celular no bolso direito.
- Sua faculdade manda os alunos serem agentes do IBGE? - Ele ri, então Marco a pagina no livro. - 17, Helena Andersson e faculdade de Geórgia. - Sorrio sem mostrar os dentes.
- Geórgia? Eu também. - Ele sorri.
- Que bom. - Olho para o lado.
- Faz o quê? - Ele se senta.
- Ciências biológicas. - Mostro o livro.
- Eu faço medicina. - Seu sorriso fica em mim, que coro.
- E mandaram fazer um trabalho de agente do IBGE faz em uma faculdade de medicina? - levanto a sobrancelha esquerda.
- Na verdade, não. - Ele ri e fica aparentemente vermelho. - Eu só... - Ele para um pouco. - Te achei bonita. - Ele olha em meus olhos e eu fico vermelha.
- Acho que você é daltônico. - Rio.
- Na verdade, eu enxergo muito bem. - Ele olha meu livro. - Mais é sério, minha visão deve ser tipo, 97% perfeita. - Ele sorri e eu também. - Então, é... - Ele cora novamente. - Você quer sair comigo? - Seus olhos verdes tem sua concentração nos meus, que, por alguma razão estranha da qual eu não sei, estão coçando.
- Ah, sim... - Me refiro ao seu nome, olhando para ele.
- Ah, é Robert. - Ele sorri, envergonhado.
- Então tá, Robert. - Retribuo o sorriso. - Só preciso que me diga quando e onde. - Digo e me levanto, e, em seguida ele também.
- Ah... - Ele pensa um pouco. - No jardim botânico, amanhã, ás sete? - Ele se afasta um pouco.
- Sim, claro. - Olho ao meu redor.
- Então, eu te encontro, Helena? - Ele me olha.
- Sim. - Assinto e logo depois o vejo se afastando lentamente, com algumas viradas de cabeça.
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- Capítulo pequeno pois eu estou atrasada, desculpem.
- Cadê vocês?
- Votem, comentem e divulguem.
- O que acham do Robert?
~~LunaAprilF~~

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