Shortfic.
Direitos autorais, história original : exclusivo a autora.
Karla Camila Cabello é uma menina mestiça, meio polonesa e meio judia, de 19 anos. Após passar 3 anos escondida em uma pequena fazenda com sua mãe, Sinuhe, e sua irmã caçula, Sofia...
Apesar de poucos, agradeço de coração vocês que se dispuseram a comentar, isso me deixa mais animada e motivada.
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Lauren's POV.
Berlim. Alemanha.
Junho de 1944
— Residência dos Jauregui.
Apesar de tudo o que estava acontecendo comigo, estava grata por meus pais e amigos, e pelo amor que eles sentem por mim, a compreensão e o apoio dado, pois isso é sem dúvidas o que mais preciso, e o que mais tenho.
Tudo dentro de mim estava uma confusão, as coisas estavam acontecendo rápido demais e eu não conseguia acompanhar.
Me forço a esquecer a todo momento que lembro que algo vindo daquele monstro cresce dentro de mim. Não voltaria na minha decisão de te-lo, não arriscaria a vida de ninguém, eu era forte sim para superar tudo o que aconteceu, aos poucos e com ajuda eu superaria, na verdade, eu suportaria. Nunca esqueceria.
Já era 1:30 da manhã, eu não queria dormir, toda vez que dormia eu revivia aquela noite, e não queria isso, então permanecia acordada o máximo que conseguia, até dormir de cansaço, só assim não deixava meu subconsciente dominar meus sonhos.
Vi a porta do meu quarto ser aberta, me sentei rapidamente assustada e acendi o abajur ao lado da cama avistando Camila, suspirei de alívio.
— Sou eu, Lauren, posso entrar?
— Sim - enquanto ela caminhava para mais perto, pude reparar no que vestia, era uma camisola simples de algodão, ela estava sem sutiã, seus pequenos seios apontavam no tecido, mordisco meu lábio inferior discretamente.
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Ela se sentou do lado oposto a mim na cama.
— O que faz aqui a essa hora, Camila?
— Vim te fazer companhia, enquanto não consegue dormir - suspirei bobamente. Ela sabia dos pesadelos por que contei a ela, mas não esperava que um dia tivesse essa atitude. Ela era tão boa para mim.
— Isso é muito bom - sorri enquanto ela deitava ao meu lado, estávamos uma de frente para a outra, com os rostos apoiados no travesseiro.
Seus olhos vidrados aos meus; o que me causava um certo nervosismo, e fascinação por vê-los brilharem para mim.
— Amo a cor de seus olhos - disse repentinamente — Eles variam de cor de acordo com suas emoções, são tão intensos, tão enigmáticos e tão profundos. Me faz querer desvendá-los... vidrada neles sem cansar - era incrível como às vezes nossas mentes se interligam, a mesma linha de pensamento em palavras diferentes. Enquanto eu pensava em seus olhos, ela pensava nos meus.
— Eu amo o seu olho dentro do meu. A forma como me olha é tão intensa, como se conhecesse minha alma. Castanho nunca antes havia sido minha cor favorita, mas você e seus belos olhos mudaram a minha concepção.
