Ela Que Venha.

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2 Anos Atrás.

Diane estava sentada a beira do lago, olhando o pôr do sol. De longe eu escutava ela chorar baixo, enquanto abraçava a si mesma. Eu odiava vê-la assim. Após terminar de fazer a bebida de chocolate que ela mais gostava, me aproximei dela, que se assustou um pouco e secou as lágrimas rapidamente, e fingiu estar bem.

—Obrigada — ela disse após pegar a xícara —Colocou canela?

—Canela, cravo, café e marshmallow. Ainda não sei como você bebe isso — comentei sentando ao lado, dela e a mesma riu.

—Tem um gosto único — ela respondeu bebendo um pouco —E por incrível que pareça só você sabe fazer.

—É um dos meus dotes culinários — falei um pouco convencido e ela sorriu de lado.

Ela ficou quieta, enquanto bebia. Passei a mão no seu rosto, afastando uns fios de cabelos que caia sobre o seu rosto. Ela me encarou, e reparei que ela estava sem a lente. Ela tinha olhos lindos, mas insistiam em usar lentes verdes. Como se o azul e castanho dos seus olhos não fossem as cores mais linda.

—Vai me contar agora o que aconteceu? — perguntei após ela terminar de beber.

—Tinha um menino, mais velho. Eu gosto ou gostava dele — ela parecia confusa —Ele era legal comigo, sabe? — assenti —E nenhum menino tinha sido legal daquele jeito comigo, antes. Se lembra que eu pedi para sair com a Ella?

—Sim.

—Então, eu sair com ele — minha feição mudou —Não fica com raiva.

—Continua Diane.

—A gente foi para a praça Lokell — ela brincava com os dedos — Começamos a conversar, ai entre conversas a gente se beijou...Só que ele queria mais do que simples beijos, e eu não estava pronta para isso — as lágrimas começaram a encher os olhos dela.

—Ele te forçou? — senti cada parte de mim, querer matar esse garoto.

—Não, eu dei um soco nele, onde provavelmente ele não terá mais filhos. — mesmo entre as lágrimas ela riu baixo —Mas ele disse, que ia espalhar para a escola toda, que ficou comigo e que era uma puta. E isso está me assombrando, eu estou quebrada em mil pedaços e não sei o que fazer — os soluços se misturava entre as falas, e senti os braços dela me apertarem com força —Eu sou tão idiota.

—Não filha. Você não é. — a abracei de volta —Você simplesmente se apaixonou pela pessoa errada.

—Eu nunca mais vou me apaixonar de novo — ela respondeu enquanto as suas lágrimas molhavam a minha camisa —Garotos são idiotas.

—Então agora vai gostar de garotas? — tentei faze-la sorri.

—Não pai — ela sorriu.

—Sempre imaginei que você e a Lay faziam um casal bonitinho — ela riu —Olha Diane — sequei as lágrimas dela — Você ainda vai se apaixonar de novo, e vai doer da mesma forma que está doendo agora. Mas um dia, você encontrará alguém, que vai te amar dês do momento que olhou para você. E você vai ama-lo também, e eu provavelmente irei odiá-lo — rimos baixo — Mas não vai mais ter dor ou sofrimento. E você saberá que se apaixonar ou amar de verdade, é o melhor sentimento do mundo.

—E se eu nunca me apaixonar novamente? — ela me encarou, e eu virei, fazendo suas costas, encostar no meu peito.

—Olha, esse céu — a abracei —Não se preocupe criança, não se preocupe agora, o céu ainda tem planos para você.

Ela encostou a cabeça no meu peito, e tentou me olhar, e quando seus olhos encontraram os meus, ela sorriu, e apertou mais os meus braços envolta dela.

—Obrigada.

—Não precisa agradecer filha. Você é uma Mikaelson, Diane Mikaelson. Você é mais forte do que imagina.

Dias Atuais.

—Quem é 'Divindade', Elijah? — Klaus repetiu aquela pergunta, ela milésima vez —E nem adianta dizer que é a sua filha, pois eu não acredito. Vampiros não podem ter filhos — ele parou a minha frente.

—Mas ela é — falei com raiva, tentando me levantar. —Céus Klaus, me solta.

—Um bruxa me disse que uma tal de 'Divindade' iria me destruir, e que ela estava ligada a você — ele apontou a adaga na minha direção —E só para garantir quero te manter no caixão pelos próximos...Bom deixa eu pensar, pelos próximos quinhentos anos.

—Klaus, vá por mim a 'Divindade' não vai fazer mal algum para você — estava fraco — Pergunta a Rebekah, ela sabe quem é esse mal.

—Rebekah falaria tudo que você a mandasse falar. — ele disse com ódio. —Se lembra do Tim? Aquele vampiro que é o seu amiguinho?

—O Tim não tem nada a ver com isso. — o olhei.

—Mas, não é o que parece. Não que ele tenha me dito alguma coisa, pois está cheio de verbena. Mas assim que a verbena sair, eu irei perguntar tudo o que ele sabe.

—Klaus, é esse tipo de pai que você quer ser para Hope? — perguntei com a cabeça baixa, e exausto —Prendendo os seus próprios irmãos? Só por quê desconfia de algo?

—Ela ver, que faço o necessário para a manter bem.

—Prendendo e torturando os seus próprios irmãos? Imagina o que ela fará com você quando crescer — rir baixo, e rapidamente ele veio para a minha frente e levantou meu rosto.

—Não fale por ela — ele falou com raiva —O que estou fazendo aqui é por ela.

—Por ela? Ou por você?

—Elijah, eu não gosto disso ok? Mas se algo pode me matar, e está ligado a você. Você não faria a mesma coisa?

—Eu nunca prenderia meu irmão e o torturaria, pois existe uma coisa chamada confiança. Coisa que você parece ter só em você mesmo.

—Só me diz quem é 'Divindade', eu te solto e esquecemos esse episódio das nossas vidas.

—Eu já disse, ela é a minha filha.

—Então por que nunca a conheci? Ou a vi em reuniões familiar? — ele perguntou irônico.

—Eu a criei longe dessa família. Achei que ela merecia mais do que essa família tem a oferecer, e eu estava certo.

—O que ela é?

—Humana, Klaus, ela é humana — respondi sincero —Mas não será por muito tempo se você me deixar preso.

—Por quê? — ele se ajoelhou a minha frente, com um sorriso cínico nos lábios.

—Pois como a conheço bem, ela vai ou já está atrás de mim. E as bruxas não a deixaria vim sem alguma proteção. E essa cidade tira a pureza até de um anjo. Não vai restar nada bom nela.

—Bom, se ela for só humana, a matarei. Então te soltarei.

—Se você encosta um dedo nela, eu juro Niklaus. Eu não irei me importar se você é o meu irmão. Eu irei te matar. — falei com ódio.

—Bom, isso veremos — ele sorriu de lado antes de enfiar a adaga no meu coração —Como você vai me matar, estando em um caixão?

—Ela vai vim atrás de você Klaus. E não estará sozinha — falei antes de senti o meu corpo adormecer.

—Ela que venha.

Bem curtinho. Só para vocês saberem onde esta o Elijah, e por quê o Klaus está atrás da Diane. Bjs na teta.

The Daughter *Elijah Mikaelson*Onde histórias criam vida. Descubra agora