The Daughter *Elijah Mikaelson*

E Para Sempre.

Diane estava em uma das salas da casa, encarando pela janela seus irmãos junto com a Ella praticando algum feitiço de localização. Ela não percebeu quando o Elijah adentrou o local, a mente da morena estava bem longe dali, no papo que teve com o Jesse noite passada. Mas quando uma melodia suave começou a ecoar pelo quarto, fez a ela sorri baixo.

— Puck up loneliness, and hello tenderness, I've been waiting for you call for so long — Elijah cantarolou junto com o cantor.

— Loving You, do Paolo Nutini? Sério?— riu anasalado.

— ....been hard just to follow your soul, to stick to the road that your heart wants you to go — continuou Elijah, ignorando o comentário da filha e segurando a mão dela, que não hesitou em pegar.

E com passos lentos, ela foi se entregando as batidas da música, o original colocou a direita sobre a cintura da filha, enquanto a esquerda segurava a mão direita dela, e com sua mão esquerda Diane colocou no ombro do pai. Quando os olhos deles se encontraram, tinha um sorriso nos rostos de cada, e então, automaticamente a mentes deles foram para época que o Elijah a ensinou dançar.

 Flashback On 02/11/2006

— Desiste papai, eu não sei dançar  — Diane suspirou e sentou-se no chão emburrecida.

— E você vai desistir?— Elijah se sentou ao lado dela. — Qual é querida, imagina se Beethoven tivesse desistido de ser um compositor na primeira composição fracassada dele?

— Não teríamos a incrível melodia de Beethoven — ela riu baixo.

— Vamos fazer assim, vamos colocar a música do Paolo, novamente, só que dessa vez você sobe nos meus pés — ele se levantou e esticou as mãos para a morena.

— No que isso vai me ajudar? Se eu não vou está dançando, e sim apenas sendo levantada pelo senhor? — questionou confusa ao segurar a mão do maior.

— Você é esperta, você se lembrará dos passos — ele sorriu e recolocou a música.

— Obrigada — ela sorriu para o maior, quando já estava em cima dos pés do mesmo.

— Pelo o quê querida? — riu baixo.

— Por não desistir de me ensinar — seus olhos coloridos encararam ele.

— Eu nunca vou desistir de você — ele sorriu e pegou ela rapidamente nos braços. — Família nunca desiste.

Flahsback Off

— Como eu queria, voltar para aquela tarde — ela falou sorrindo. — Onde minha preocupação era apenas aprender a dançar.

— E a minha era apenas te proteger — ele a afastou girou e a puxou para ele. — E eu falhei com isso.

— Não pense, nem por um segundo que falho comigo — um sorriso apareceu nos lábios da menor, enquanto seguia os passos do pai. — Com você eu tive os melhores momentos da vida, você me manteve a salva dos monstros atrás das portas, me ensinou tudo que sei... Inclusive dançar — ele riu. — Eu já te disse que é magnífico quando o senhor rir?

— Umas vezes — ele murmurou e girou a filha. — Como você se tornou essa mulher incrível?

— Eu tive um pai incrível — ela sorriu. — Parece que faz meses desde que tudo aconteceu.

— Você se acostuma com o tempo — ele sorriu com tristeza. — Acho que não tive tempo de te dar isso.

Ele se afastou um pouco dela, e tirou uma pulseira de ouro do bolso. Diane sorriu de lado, e o original pegou a mão esquerda dela e colocou, então ela pode admirar mais aquele pequeno bracelete. Tinha as inicias dela.

— Eu mandei fazer antes de ir para New Orleans, ia te dar no seu aniversário — comentou.

— Obrigada pai — ela sorriu e seus olhos se encheram d'água. — Não só pelo colar, mas por tudo — mordeu os lábios tentando segurar o choro. — Você foi e sempre vai ser o melhor pai que eu tive. E eu amo muito o senhor.

— Diane, por que estás a dizer isso?— estranhou Elijah, com o coração apertado, a filha nunca era de demonstrar os sentimentos sem uma razão forte.

— Nada — murmurou secando as lágrimas. — Obrigada pelo presente.

Ela se apressou em sair da sala porém, o Elijah segurou fortemente o braço dela, a fazendo parar, em um movimento rápido ela o abraçou, e naquele momento deixou todos seus sentimentos de medo, angústia e dor aparecer. Elijah não entendia o porque dela está chorando, queria compreender, mas sabia que naquele momento ele só poderia abraça-la e conforta-la.

.

Diane estava se arrumando para ir mais uma vez atrás do pai da Lay, antes do escurecer. Assim que vestiu sua jaqueta, viu o Klaus parado próximo a porta.

— Você está bem?— questionou o híbrido, adentrando o quarto.

— O Elijah te contou?— ela sorriu de lado.

— Ele estava querendo conversar — deu de ombros. — Ele é seu pai, se preocupa com você.

— Eu sei, Klaus — ela suspirou e se sentou na cama. — Só que, o homem que se...

— Você se lembra o que eu te disse, quando estávamos naquele mundo?— ele a interrompeu e encarou os olhos dela.

— Foram tantas coisas — riu anasalado.

— Quando você perguntou como iríamos sair daquela situação — ele sentou ao lado dela.

— Você me disse: Como uma família — murmurou se relembrando, e um sorriso singelo apareceu nos lábios dela.

— Nós somos uma família Diane, você tem o sangue da nossa linhagem nas veias, o sangue do meu pai, seu descendente. Isso nos faz uma família.

— Eu só queria ser filha dele...De sangue, eu sei que sangue não significa nada quando se ama de verdade — ela encarou os olhos esverdeados do híbrido. — Mas a vida tem que ser tão...

— Complicada — murmurou. — Eu não sou filho do Mikael, só sou meio irmão do seu pai. Um bastardo. Mas isso não faz eu amar menos o meu irmão, ou meus irmãos. E mesmo com tantas brigas, eu faria de tudo para ver eles bem.

— Pela família enfrentamos nossos maiores medos — ela suspirou. — E os maiores dos medos.

— Eu não conheço o Jac, não sei o quão forte ele é...Mas sei que você não está sozinha, você tem o seu pai, sua amiga, seus irmãos, o Tim, o Kol, Rebekah, Freya, a mim... Você tem uma família, me custou um pouco aceitar isso, mas você... Você Diane, é uma Mikaelson tanto quanto qualquer um dessa família. — ele esticou a mão para ela, que segurou.

— E fazemos tudo pela família — falou apertando a mão dele. — Sempre...

— E para sempre.

Como ontem foi meu aniversário, resolvi da esse presentinho familiar para vocês. ❤