Transformação

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Votem no capítulo anterior. E nesse também rs

Diane abriu os olhos, não sabendo onde estava e o que aconteceu na noite passada, mas ao ver as costas nuas do Kol sobre a cama os flashbacks era inevitáveis. O álcool, a música, as conversas mais longa que os dois já tiveram e o beijo que acabou levando eles para um dos quartos da casa.

— Merda, merda, merda — resmungou para si mesma enquanto saia da cama buscando suas roupas da noite passada.

Kol por sua vez tentava dormir mais um pouco, mas o barulho de passos, xingamentos baixos e o sol entrando pelas brechas das cortinas, o impedia de tal feitio. Ao abri os olhos se deparou com a Diane, colocando o sutiã de a forma apressada.

— Quer ajuda?— ele questionou um tanto irônico, fazendo-a sobressaltar com  o pequeno susto que levou. — Está tudo bem?

Perguntou quando viu que a expressão facial dela estava diferente. Para o original a noite passada tinha sido maravilhosa, e ele ainda não tinha medido as consequências da noitada por enquanto ele só queria aproveitar aquele momento.

— Kol — ela suspirou e foi senta-se sobre a cama. — O que aconteceu na noite passada...

— Fica entre nós — ele falou estendendo a mão para segurar a dela. — Ninguém precisa saber. Principalmente o seu pai — ambos riram baixo. — Mas nós podemos repetir mais vezes.

Murmurou a última parte passando a mão delicadamente pelo rosto dela e os fios soltos do cabelo dela. Diane desviou o seu olhar, para a parede enquanto tentava buscar as palavras certas a se dizer.

— Vamos embora? Acho que o meu pai já nos procurou pela cidade inteira — ela falou tentando mudar de assunto enquanto se levantava novamente buscando as suas roupas.

— Claro — Kol sorriu de lado e se levantou.

O original começou a se vesti, enquanto a morena olhava pela janela vendo as pessoas aos poucos começarem a ir trabalhar. Vida normal, no fundo ela sentia uma certa inveja dessa normalidacomeçarem a ir trabalhar. Vida normalde.

— Vamos? — Kol a chamou que rapidamente assenti.

Ele estendeu a mão para ela que sorriu de lado, antes de segurar e começarem a sair do quarto. O corpo de alguns adolescentes estavam pelo chão, bêbados ou drogados. Assim que entraram no carro, a morena ligou o som baixo, para o caminho até a sua casa não ser totalmente silencioso. Mas ao ouvi a música Baby Come Home, do The Neighbourhood, ficou a pensar em tudo no que sua vida tinha se tornado nesses meses que se passará.

— Onde vocês estavam?— Elijah questionou preocupado assim que viu a filha e o irmão saindo da casa.

— Fomos a uma festa qualquer — Diane respondeu tirando a jaqueta e a pendurando. — Depois saímos a dirigir, fomos até Sky Hill e aqui estamos nós.

Kol olhou para a morena, surpreso com a capacidade dela mentir e soar como uma verdadeira verdade. Elijah olhou para o irmão, que confirmou a história com um olhar.

— Pelo menos alguém aproveitou a noite — a voz do Jesse ecoou pela sala, fazendo todos olharem para escada. — Pronta para começar o treinamento?

— Só deixa eu tomar um banho — ela respondeu para o irmão que assentiu.

— Alguém viu o Tim?— Rebekah questionou  entrando na casa, a limpar o sangue que escorria no canto dos lábios. — Ele ia caçar comigo essa manhã e não foi.

— Ele foi embora — Diane respondeu subindo as escadas. — Será melhor assim.

— O que diabos está acontecendo com ela?— Rebekah olhou para os três homens a sua frente, que apenas deram de ombros.

— Depois vou conversar com ela.

.

— Elijah, relexa. É normal perto de toda lua cheia o comportamento dos lobos mudar — Alec conversava com o original sobre a Diane. — Você melhor do que ninguém sabe disso.

— É, sei como é — um longo suspiro escapou dos lábios do moreno. — Você sabe alguma coisa da Ella?

— Não — murmurou, enquanto mexia em alguns fracos. — Eu vou falar para Diane hoje a noite.

— Ela vai querer nos matar.

— Disso eu tenho certeza. Vou deixar o Jesse ocupado ela, e dizer que ela está praticando magia com o Jax — Alec riu baixo. — Mas se tudo saiu como o meu cronograma, a Ella voltará hoje.

— E se não voltar?

— Ela vai voltar — Alec falou com convicção.

Mudaram de assunto quando ouviram passos da Diane, Jesse e Klaus descendo as escadas. A morena olhou para o pai e irmão mais velho e sorriu de lado.

— Klaus? Vai participar do treino também?

— Não tem nenhum outro lobo aqui, para guia-la — o híbrido falou cinicamente.

— Hoje vamos fazer a minha irmã treinar o lado lobinha — Jesse falou ironicamente. — Querem ver?

— Jesse — Diane encarou o irmão que apenas sorriu.

— Isso vai ser interessante — Alec olhou para os três.

— E como será — Jesse deixou um sorriso cínico aparecer no canto dos lábios.

*DIANE POV'S*

Meu pai, Jesse e Alec ficaram um pouco afastados quando chegamos na floresta. Klaus ficou a minha frente, enquanto começava a tirar as roupas. Comecei a tirar as minhas também.

— Não precisa tirar se tiver vergonha — Klaus murmurou com um sorriso nos lábios.

— Eu não tenho — falei tirando a minha blusa.

— A transformação pode ser dolorosa nas primeiras vezes, mas depois você se acostuma com a dor — isso não era motivador — O nosso lado lobo, é natural...Você pode senti-lo toda vez que tiver raiva, pense em alguém que você não goste.

— Isso é fácil — respondi me lembrando do Jac.

— Tem outro modos de ocorrer a transformação sem ser na lua cheia...Mas a raiva é a mais fácil. Então pense na pessoa que ele tirou de você — continuou a falar, enquanto meus pensamentos iam somente para a Layla. — E na que ele ainda irá tirar.

Ao falar aquilo, os olhos dele começaram a mudar e senti algo mudar nos meus também. Fechei os meus olhos, e quando voltei abrir senti minhas pernas falharem e cair no chão. Senti os ossos da minha coluna, mudarem de lugar, e alguns quebrarem, não aguentei a dor e cravei as minhas mãos na areia, enquanto erguia minhas costas sentindo os ossos mudando.

Por um breve momento me levantei, ficando de joelhos, e com as garras dos meus dedos, arranquei a minha pele, vendo os pelos escuros sobre o meu braço. Voltei a colocar as minhas mãos sobre a terra, e senti a pele das minhas costas se rasgando, abri minha boca sentindo algo querendo sair, e assim aconteceu, minha boca abriu cada vez mais, senti a mesma se rasgando até o canto das orelhas, e a cabeça do lobo querendo sair. As minhas mãos deram lugares a patas enormes. Por fim, não sentia mais nada, e balancei o meu novo corpo, tirando o rastro da minha pele humana.

Tudo estava mais intensificado, o cheiro, as cores menos vivas, a audição, tudo, completamente tudo tinha tomado um sentindo diferente do de antes. Alec, é meu pai olhavam para mim um tanto assustado, enquanto Jesse tinha um sorriso no rosto, e o Klaus por sua vez concluía a  transformação.

Assim que concluído ele olhou para mim e pude entender o que ele queria dizer. Ele começou a correr e eu o segui.

Hoje vou tentar terminar essa porra.

The Daughter *Elijah Mikaelson*Onde histórias criam vida. Descubra agora