Parte 8

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NOVELA DA VIDA REAL: GAROTA DE PROGRAMA

PARTE 8

A Sophia queria colocar tudo na boca do Kenneth e ele tinha que comer, pensa em uma criança insistente.
Ele então me surpreendeu e me disse que estava tudo bem, eu poderia ficar com a Sophia no hotel.
Meu coração de mãe transbordava de felicidade, talvez ele não era tão ruim assim, afinal.
Depois do almoço, subi para o quarto, dei um banho na Sophia e a coloquei para cochilar, quando eu escutei uns toques na porta. Abri, e lá estava Kenneth, de bermuda e uma sandália, bem casual.
Eu bem surpresa perguntei o que estava acontecendo, ele disse que nada, só queria ficar um pouquinho com a Sophia.
Ele deitou do lado dela e dormiu um sono bem gostoso.
Os dias foram passando e já estávamos na metade da segunda semana, Sophia e Kenneth não se desgrudavam. Comecei a dormir na suíte com ele e a neném, mas até agora nada tinha acontecido entre nós dois.
Sophia o abraçava e beijava  toda hora. Juro que isso estava me incomodando, ele ia embora e minha menina ia sentir muito a falta dele.
Infelizmente o último dia dele no Brasil chegou, ele muito generoso me pagou uma quantia boa, vamos dizer que foi muito generoso; me deu um Iphone para que ele conversasse com a Sophia e tudo mais. Eu sempre soube que minha pequena era especial.
Fomos levá-lo ao aeroporto e na despedia a Sophia chorava muito, querendo ir com ele, mas infelizmente não era possível. Eu sabia que isso iria acontecer, eu não deveria ter envolvido a minha filha.
Ele  a abraçou e disse tchau com uma voz bem embargada. Notei que eles se conectaram de verdade, sabe? Algo sobrenatural, surreal, inacreditável. Como pode esses dois se grudarem assim?
Passado dois dias eu recebi um email, ele dizia que chegou bem, me enviou as fotos que ele tinha tirado conosco e disse que estava vivendo na Noruega. Ele trabalhava com petróleo e era responsável pelos navios que estavam em alto mar. Caramba, ele era pica das galáxias então, OMG.
Ele disse que queria que eu fosse visitar a Noruega com a Sophia e me enviaria o dinheiro para as despesas. Ele também começou a me enviar uma quantidade para que eu ficasse com ela em casa e largasse um pouco essa vida para cuidar dela.
Eu estava totalmente de acordo, claro que eu faria isso, jamais eu perderia uma oportunidade dessas.
Tirei meu passaporte e o da Sophia para fazer nossa primeira viagem internacional, compramos a passagem e embarcamos. Quando chegamos no aeroporto ele tinhas flores para mim e para a neném, vcs acreditam?
Fomos para a casa dele e que casa, diga-se de passagem. Maravilhosa, puro glamour.
Notei que tinha uma foto dele com uma mulher e um menino, mas fiz a louca e fingi que não vi. Quanto menos perguntar, melhor.
A Sophia corria naquela casa para cima e para baixo, fazia a maior bagunça e quanto mais ela fazia, mais ele amava.
Era primavera na Noruega, ele nos levava para parques e passeios que envolvia coisas para criança. Nem no Rodrigo eu vi esse carinho por ela.
Um dia, depois de passar o dia todinho fora de casa, eu coloquei a Sophia para dormir e fomos beber um vinho, ele perguntou sobre minha vida e eu contei toda a verdade.
Ele então me disse que por muito tempo não se sentia feliz assim, que tinha perdido a esposa e o filho em um acidente e ele se transformou em uma homem frio e se dedicou-se ao trabalho somente. Eu senti que ele queria chorar, então eu levantei e dei um abraço nele. Esse foi nosso primeiro contato físico e ocorreu o beijo.
Começamos a nos beijar e fizemos amor. Ja estava na casa dele por uma quinzena, já era hora de voltar para o Brasil, uma pena, porque eu de verdade, estava gostando dele.
Mais uma vez foi um chororô da Sophia no aeroporto e dessa vez, ele chorou a se despedir. Me beijou e me disse um até logo.
Ja estava por uma semana no Rio, ele estava mantendo a palavra dele em me ajudar financeiramente e mantendo a minha de não trabalhar na pista mais. Tudo estava tudo sobre controle, até que um dia eu fui em um evento grande na praia de Copacabana e dei de cara com a Elisangela e o Irmão dela Diego.
A Elisangela chorou muito, porque muito deles pensavam que já estava morta, ela me reencontrar foi até bom, sentia falta da minha origem, da minha essência. O irmão dela ficou louco comigo e me queria de qualquer jeito, engraçado, se não me pegou quando feia, não vai ser agora que vai me pegar. Desculpa querido, já não dou para pobre.
Fiz eles jurarem que não iam falar nada com ninguém e disse onde eu deixei meu número de telefone escondido, em caso de emergência.
Nos despedimos e fomos embora, nunca imaginei ouvir ou falar com eles de novo.
Um dia estava em uma das minha ligações longas com o Kenneth e fui interrompida por outra, quando eu atendi era a Elisangela dizendo que meu pai faleceu e me perguntava se eu iria ir ao velório dele, porque a mamãe não estava bem, tão pouco meus irmãos.
Meu Deus, o que fazer, que decisão eu devo tomar? Se a minha mãe me rejeitar?

Novela da Vida Real: Garota de ProgramaOnde histórias criam vida. Descubra agora