capítulo onze.

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Nicholas.

Uma semana!   Exatamente uma semana se passou e ela nem sequer me ligou! Eu sou a mulherzinha da situação? Talvez sim!

Eu estava em meu escritório, preenchendo alguns relatórios que eram a obrigação de Pérola!   Ela deveria estar fazendo isso, não eu!. A porta de minha sala se abre e Natasha entra, com um jornal em mãos, ela mal chega em minha mesa e o joga em minha cara.

— Me explica que merda é essa aqui! — ela falou.   Seus olhos transbordavam a raiva que ela estava sentindo de mim.   Acho que ela poderia me matar.

— O que? — eu disse.   Eu peguei o jornal e vi uma foto minha beijando a Pérola.  Eu fechei os meus olhos e fiz uma pequena massagem em minhas pálpebras.   Eu ja estava de saco cheio disso sabe? Ter que explicar pra todos o que eu fiz, cara somos maior de idade!  Sabíamos o que estávamos fazendo.

— Anda Nicholas!   Explica — ela falou.  Eu tinha que explicar que transei com Pérola?  Qual é, sou adulto! Sai das fraldas faz 22 anos.

— Eu transei com ela ta legal? Quer que eu explique em hebraico? Árabe talvez? — falei sem paciência.  — Não peço que fique no meu lado, se quiser ir as portas estarão abertas, só ir! — falei.  Ela me olhou com os olhos marejados e enfim encarou a minha mesa.

— Você disse que me amava, que iríamos nos casar Nick!  Você se esqueceu do que me prometeu? — ela disse.  Sua voz estava trêmula, por conta do choro, mas eu não me importo! Não me interessa...

— Eu não esqueço das coisas que prometo Natasha, só que o que aconteceu comigo e Pérola foi um desejo meu!  Eu queria, eu fiz — falei seco.  Ela me olhava atenta — Aliás, somos adultos!  Você tem seus 26 anos, não é mais uma adolescente de 16 anos, e fica com esses joguinhos? Sério? Pensei que fosse mais madura que isso! — falei.   Ela desabou em minha frente, chorou ate seu soluço ecoar pela minha sala inteira, mas eu não me importo, eu não a amo.

— Eu vou embora Nicholas, e espero que você pense no que me disse ok? — falou ela.   Ela limpou seu rosto, pegou sua bolsa e saiu de minha sala com os seus saltos irritantes batendo no chão.
Ela bateu a porta da minha sala com tanta força, que se eu não estivesse investido muito bem na estrutura, ela já estaria caindo em minha cabeça a essa hora.

A porta foi aberta novamente, mas dessa vez era Christian que estava entrando.  Ele me olhou mas não disse nada, apenas se sentou a minha frente.

— Quanto tempo velho amigo — ele disse.   Eu o olhei, não estava no clima para isso.

— Estou sem paciência Christian! E nos vimos pela última vez, a uma semana! Nem é tanto tempo assim — falei me sentando.   Eu revirei os olhos, pegando o jornal que Natasha jogou na minha cara e o joguei no lixo.  — Você ficou sabendo também? Aliás, os sites de fofoca só fala nisso — eu falei.   Ele sorriu e assentiu.

— Você deve me agradecer!  Eu te ajudei a pegar a sua secretária gostosinha, me deve uma! Aliás, estamos quites — ele disse sorrindo.   Eu o olho surpreso — Peguei aquela garota que estava com ela, pensa numa mulher gostosa cara, preciso ver ela de novo! — falou.

— A prima de Pérola é um pé no saco!  Mas como você esta dizendo, não vou duvidar, até porque em quatro paredes, todas mulheres se revelam! — falei. — Se quiser, podemos usar Mia para ir ate a casa de Pérola! A prima dela não sai de lá — falei.   Ele então assentiu e sorriu.  Eu fechei os arquivos, e peguei o meu paletó.  

Saímos de minha sala e fomos ate o elevador.   Eu apertei os número da garagem e quando as portas se abriram novamente.  Eu e ele caminhamos ate o meu carro, e eu dirigi para a escola de Mia.   Ao chegar lá, encontramos ela brincando com uns amiguinhos enquanto me esperava.

— Mia? Vamos filha? — falei.  Ela me olhou e sorriu, pegou sua mochila da Barbie e veio saltitando para perto de mim. — O que acha de ir ver a prima Pérola hoje? Você me disse que estava com saudades dela — falei.   Seus olhos brilharam.

— Gostei papai — ela disse e sorriu — Oi tio Christian — falou sorrindo.   Ele a pegou no colo e voltamos para o meu carro, eu dirigi ate o prédio de Pérola. Ao chegar lá na frente, um arrepio percorreu a minha espinha.   O que será que isso esta acontecendo?

— Ah, vamos?  Ela deve estar em casa a essa hora — falei.   Nos descemos de meu carro e fomos andando para a recepção do prédio.   O homem me olhou então, nem questionou-me pois sabia quem eu visitava ali.
Nos entramos no elevador e eu apertei o número da cobertura.  

— Ela mora na cobertura?  Ate que ela tem um bom dinheiro — falou Christian.  Ele ficou brincando com Mia, atrás de mim.

— Ela é filha de bilionários Chris, ela tem uma fortuna!  Nem precisa trabalhar para mim — eu falei.  As portas se abriram novamente e nos dois saímos do mesmo.   A cada passo que dávamos para a porta do apartamento de Pérola, um grande arrepio me encontrava. Eu apertei a campainha e Christian colocou Mia no chão e eu a puxei para minha frente.

Demorou alguns minutos para que a porta abrisse e eu desse de cara com Alícia.   Ela me olhou dos pés a cabeça como quem procurava o porque de eu estar ali, ate ela ver Mia e abrir um enorme sorriso.

— Mia?  Que saudades meu amor — ela falou sorrindo.   Mia entrou na casa, deixando a mim e Christian lá fora. — Pérola?  Mia esta aqui — ela gritou e voltou a nos olhar. — Podem entrar, não sou tão má a esse ponto — ela disse e piscou.   Eu e Christian entramos na casa de Pérola, sentindo o cheiro de bolo.

Pérola apareceu na sala, com um avental, um sorriso maior que o mundo  e o cabelo preso em um coque.

— Oi gente, estão com fome? Fiz bolo! — ela disse.   Eu estava estranhando o jeito das duas, elas nunca foram assim, principalmente comigo. — Oi Mia, que saudades, como está? — ela falou olhando minha filha.

— Estou bem tia — falou Mia.   Ela foi ate Pérola e a abraçou, mas parecia não querer desgrudar mais!   O que será que esta acontecendo com elas?

O Cretino do Meu Chefe 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora