capítulo treze.

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Pérola.

Eu tentava controlar a minha respiração acima de tudo.  Eu precisava ter calma, mas não estava conseguindo no momento.

— vocês me amam né? Tem orgulho de mim...

— sim meu amor, te amamos e sentimos imenso orgulho de você.  Mas porque a pergunta? — disse minha mãe do outro lado da câmera.  Meu pai havia ido a cozinha pegar o chocolate quente que minha mãe havia feito.

— Pérola, independente do que aconteça você sempre será a minha garotinha — diz meu pai se sentando ao lado de minha mãe e entregando uma xícara de chocolate quente para ela.

— então, antes de mais nada eu irei entender a reação de vocês, porque não é fácil... Mas percebo que não posso esconder isso de vocês. — acabo sorrindo de nervosismo e esfrego as mãos uma na outra.  — Mamãe e papai, eu estou grávida.

O silêncio predominou durante alguns minutos na linha, minha mãe olhava estática para a câmera, enquanto meu pai parecia que estava morrendo.

— Mas filha, que notícia ótima.  A família está crescendo, eu adorei a notícia e você querido? — disse minha mãe olhando meu pai.  Ele olhou para a tela e abriu a boca algumas vezes e então começou a chorar.

— eu não sei o que dizer Kris, ela é a minha garotinha, o meu bebê.  Agora o meu bebê está carregando outro bebê. — ele disse chorando.  Eu fiquei olhando aquela cena e acabei chorando juntamente de meu pai.

— quando virá para a Áustria querida? Preciso alisar essa pequena barriga. — disse minha mãe alisando o rosto de meu pai.  Ele chorava feito um bebê, eu fiquei com pena dele.

— Em breve mãe, eu me demiti do emprego, vou focar em abrir a minha própria empresa e criar o meu filho.

Minha mãe sorri.  Parece estar feliz por mim, meu pai para de chorar e finalmente sorri para a câmera.

— Filha, eu nunca vou deixar de ter orgulho de você e pelo mulher que você se tornou! Desculpa o pai, fiquei emotivo.  Vocês crescem tão rápido.  Mas conte comigo para tudo, agora principalmente, serei avô. — ele disse e sorriu.  Ele disse as palavras com tanto carinho, que parecia que eles estava ali, bem pertinho de mim.

— Obrigada mãe e pai, eu preciso do apoio de vocês mais do que nunca! Vocês são meu porto seguro.  Eu preciso ir, ligo depois para dar certeza de minha viagem.  Amo vocês.

— amamos você também querida.  Que seja breve sua visita. Estamos com saudades.

Eu encerro a chamada, mas continuo a olhar a tela do computador.  Alícia entra no meu quarto com uma xícara com chá e me entrega.

— O que vai fazer agora?  Nicholas tirou tudo de você, até mesmo o seu conhecimento. — ela disse.  Eu abri uma página no Google Chrome.

— Ele tirou o conhecimento sobre uma boa administração, mas não tirou as ideias. — falo pesquisando por locais.  Alguns estavam a venda e eram um espaço grande. — Nicholas acha que toda mulher, vale apenas pelo sexo que faz.  Eu tenho valor pela mulher que sou, eu não preciso dele pra criar o meu filho, assim como minha mãe criou a mim e meus irmãos.

Ela me escutava atenta, até se arrumou ao meu lado na mesa do computador.  Eu pesquisei por várias pessoas, procurei até mesmo uma casa maior, preciso de mais espaço, já que terei uma criança. Eu marquei horários com um corretor de imóveis, tanto para ver um espaço de terreno para minha empresa, como para uma nova casa.

— Você tem certeza do que está fazendo não é?  Vai se reerguer ainda melhor do que era. — falou Alicia.  Eu a olhei de lado.

— Sim, tenho a maior certeza do mundo! Nicholas não esta lidando com uma das putas que ele come e depois de três orgasmos ele descarta.  Eu tenho o meu valor, minha personalidade e tudo mais.  Ele vai ter que ralar pra me conseguir novamente. — falo e dou de ombros.

Eu tomo um pouco do chá e sinto Alicia pegar em minha mão e a apertar.

— Sempre conte comigo, eu estarei ao seu lado para o que precisar.  E conte comigo para o designer de sua empresa viu — ela diz sorrindo.  Eu assinto sorrindo e aperto sua mão.   Nós saímos de frente o computador e minha tia pede alguns hambúrgueres para nós.  Hoje resolvemos, sair da rotina light e comer um pouco de caloria.

— Sabe, você pretende ter o que?  Menina ou menino? — pergunta Alicia.  Eu paro de morder o hambúrguer e penso um pouco.

— Eu quero muito um menino sabe, sei lá por ser um menino — dou de ombros e sorrio.  — se for menino, ele vai se chamar Jacquees.  Sempre amei esse nome, mas se for menina, vai ser Megan.

— Vejo que você já está mais decidida que eu nesse quesito — ela ri.  — eu nunca escolhi o nome dos meus filhos, sempre fiz uma confusão com isso. — ela diz e sorri.

— Bem, eu também mas quando eu fiquei grávida, eu fiquei apavorada por dentro.  Mas quando todos vocês, que realmente importam para mim, reagiram bem.  Cara, eu vi que é isso que eu quero mesmo.  Eu quero sim ser mãe, mas não aquela mãe que visita o filho de três em três meses.  Serei uma mãe presente.  Tudo começou a fazer sentido, depois daquele positivo.

Minha prima me olhava com carinho.  Ela sorriu e mordeu o seu hambúrguer.

— Sabe, eu realmente sou orgulhosa por ter uma prima madura meu Deus — ela diz e sorri.  — Se algum dia, eu fazer merda, pergunto a você e você vai me ajudar.

— Mas é claro — ri. — a senhorita está me ajudando agora, quando precisar, estarei disponível.

— Até mesmo quando eu estiver nua? — ela diz.  E eu a olho prendendo o riso. — porque vai que, um dos caras decide fazer suas fantasias e me prenda pelada e esqueça a chave em algum lugar. — ela diz e da de ombros.   Não consigo me segurar e acabo rindo.

— Você é realmente muito louca, e caso isso aconteça.  Sempre seja você a comprar esses tipos de coisas, para que não ocorra isso e eu não te veja pelada. — falo.  Ela cai na gargalhada enquanto eu continuo a  comer.

Mas é isso.  Eu apenas preciso deles pra viver.

O Cretino do Meu Chefe 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora